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sexta-feira, 9 de julho de 2010

“São craques, mas não são deuses...”

Não acho que o Brasil seja favorito para ganhar todas as Copas... Acredito sim, que é este tipo de pensamento exagerado, verdadeiro preconceito esportivo, que banaliza e coloca todos os adversários numa espécie de vala comum da mediocridade, que nos torna na realidade, os primeiros derrotados em todas as edições do torneio.

Acreditamos mesmo que somos a última bala do pacote, o supra-sumo dos melhores futebolistas do planeta, e isso nos faz menosprezar adversários capazes e outras equipes com dinâmica de jogo, pra lá de inteligente... Não existem mais times “bobos de bola”, do ponto de vista tático. Quem não tem técnica, sabe muito bem como se fechar atrás e não deixar espaços à toa no gramado do campo de jogo.

Precisamos de planejamento, equilíbrio, um treinador consciente e experiente, e a mescla entre jovens e maturados talentos, na lida com a bola; e de uma imprensa e torcida, menos atabalhoadas e passionais fora de campo. Menos cegas, na busca dos seus interesses. Será que não dá para gerar uma espécie de pacto, em busca do hexacampeonato? Além de políticos de plantão, menos oportunistas e dispostos a tirar uma casquinha de tudo...

Somos o país dos 200 milhões de "treinadores de arquibancada", passionais ao extremo e todos sabemos o que o técnico da seleção tem que fazer. Já xingamos Feola, Coutinho, Zagalo, Aymoré Moreira, Scolari, Parreira, Luxemburgo, Falcão, Lazaroni, Zezé Moreira, e olhe que muitos dos citados, ajudaram a nos trazer fantásticas conquistas!

Neste ano, Dunga foi chamado de burro, por não ter levado ao torneio jogadores como Ronaldinho Gaúcho, Roberto Carlos, Adriano, Paulo Henrique Ganso e Neymar.

O primeiro, craque decadente na Europa; o segundo, lateral que simbolizou a maior falha da marcação brasileira na Copa da Alemanha; o terceiro, um verdadeiro “globetrotter”, jogador forte e habilidoso do futebol brasileiro e internacional, destruído pela falta de disciplina e os descaminhos dos morros cariocas; o quarto e o quinto, também foras-de-série, porém jovens demais para encarar as pressões do campeonato mais importante do planeta bola. Afinal de contas, não produzimos um Pelé todos os anos! Um dos jogadores citados não gosta de ser substituído, em função disso, não faz o que manda o treinador e o outro, cada vez mais, gosta de enganar os árbitros em lances desnecessários! Verdadeira “sinuca de bico” para quaisquer dos melhores e responsáveis treinadores do mundo. Hierarquia foi fundamental em 1958, 1962, 1970, 1994 e em 2002, com o atualmente “pai de todos”, Luiz Felipe Scolari, o Felipão.

Não vou aqui discutir e nem desmerecer o ex-técnico do Brasil, que também é volante campeão do mundo pela Seleção Nacional do Brasil, bem sucedido na edição do torneio em 1994. E que ousou desafiar durante a campanha da Seleção, o poder da maior rede de televisão do país, que manipula há anos e como quer a opinião pública nacional.

Prefiro lembrar, do fracasso de todos os grandes craques de todas as grandes seleções do mundo, promessas, que também disputaram a Copa da África do Sul, em 2010, e que como disse uma vez, o grande jornalista Armando Nogueira, provaram na prática, que "são craques, mas não são deuses"...

Kaká (Brasil), Cristiano Ronaldo (Portugal), Leonel Messi (Argentina), Fernando Torres (Espanha), Wayne Ronney (Inglaterra), Samuel Eto´s (Camarões), Didier Drogba (Costa do Marfim), Steven Pienaar (África do Sul), Franck Ribéry (França), Yoann Gourcuff (França), Thierry Henry (França), Park Ji-Sung (Coréia do Sul), Landon Donovan (Estados Unidos), Thomas Müller (Alemanha), Lukas Podolski (Alemanha) e Andrea Pirlo (Itália). Só para citar os principais... Todos eles pisaram feio na bola (ilustração). Será que o forte treinamento físico e as duras temporadas européias seriam co-responsáveis por este excesso de más atuações? Realmente, não sei afirmar se isso é verdade...

Na Copa do Mundo da África do Sul em 2010, todos os grandes jogadores decepcionaram, fracassaram, não jogaram nada! Deixaram suas torcidas esperando, querendo um mais, que simplesmente não veio. Tomara que na Copa do Mundo do Brasil em 2014, os craques do planeta inteiro, voltem a ocupar o seu lugar de direito!

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