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segunda-feira, 28 de março de 2011

A Marca do Goleiro-artilheiro e o fim do tabu

Um domingo para que nenhum são-paulino se esqueça da data. 27 de março de 2011... O dia do centésimo gol marcado por Rogério Ceni. O final de um intragável jejum de vitórias em cima do Sport Club Corinthians Paulista, o clube mais paparicado do momento pela imprensa de São Paulo.

Além da quebra da invencibilidade, o resultado pôs o Tricolor na vice-liderança do Campeonato Paulista, com 34 pontos, um a menos que o Palmeiras, que no sábado fez a lição de casa ao bater o Bragantino. O Timão tem a mesma pontuação da equipe do Morumbi, mas caiu para a terceira colocação por ter uma vitória a menos. Pelo estadual, os dois times voltarão a jogar no final de semana. No domingo, o São Paulo receberá o Mirassol no Morumbi. No mesmo dia, a equipe de Parque São Jorge irá a Ribeirão Preto para enfrentar o Botafogo.

A Partida

Paulo César Carpegiani mandou o São Paulo a campo em um 4-4-2 em linha, com o zagueiro Rhodolfo fazendo papel de lateral direito, Jean e Rodrigo Souto como volantes, Ilsinho e Carlinhos Paraíba abertos pelos lados, e Dagoberto e Fernandinho na frente. Do lado corintiano, Tite usou o esquema habitual: Ralf e Paulinho como volantes, Dentinho e Jorge Henrique abertos, Morais centralizado e Liedson isolado na frente.

O clássico começou tenso, com o São Paulo se postando na defesa com duas linhas de marcação. O Corinthians teve mais a bola nos primeiros minutos, mas com as atuações abaixo da média de Jorge Henrique, Morais e Dentinho, não conseguia acionar Liedson na frente. A primeira chance alvinegra veio aos 8 minutos em vacilo de Miranda: Liedson roubou a bola do zagueiro São Paulo, Morais pegou a sobra e chutou, mas Alex Silva cortou no meio do caminho.

Jogando aberto pelo lado esquerdo, Carlinhos Paraíba arriscou de longe aos 9 minutos e mandou para fora; dois minutos depois, após cobrança de escanteio, Jean ficou com a sobra e finalizou de fora da área, mas mandou por cima. A partir daí, o Corinthians voltou a dominar as ações, apesar de não conseguir criar chances graças à eficiente marcação do São Paulo.

Chicão teve a chance de abrir o placar em cobrança de falta do bico da área aos 18 minutos, mas pegou muito mal e mandou por cima do travessão. Defendendo-se bem, o São Paulo tinha dificuldades para encaixar um contra-ataque, com Dagoberto e Fernandinho muito longe do resto da equipe; quem mais recebia bolas era Ilsinho, pela direita, que tentava lances individuais.

Os jogadores de frente do Corinthians passaram a se movimentar mais e, aos 24 minutos, Dentinho deu bom passe para Liedson na área, mas Rogério Ceni saiu bem e cortou a tentativa de drible do artilheiro - porém, o lance já estava parado por impedimento. Sofrendo para acertar passes em profundidade, a equipe do Parque São Jorge arriscou em chutes de longe aos 27 minutos e aos 34 minutos, mas as tentativas dos volantes Ralf e Paulinho erraram o alvo.

Em uma partida com poucas chances claras, o São Paulo enfim conseguiu acertar um contra-ataque aos 39 minutos. Ilsinho avançou pela direita e encontrou Dagoberto com muito espaço na intermediária; o atacante puxou para o pé direito e acertou um chute forte no canto de Júlio César, abrindo o placar em Barueri com um golaço.

O Corinthians sentiu o golpe e quase sofreu o segundo aos 44 minutos, em novo contragolpe são-paulino. Rogério Ceni ficou com a bola e deu lançamento certeiro com o pé para Dagoberto, que enfiou para Fernandinho na área; o camisa 12 se livrou de Leandro Castán e bateu de pé direito, para fora. A melhor chance corintiana até então veio aos 46 minutos do primeiro tempo: Fábio Santos deu ótimo cruzamento da esquerda e Dentinho, sozinho na área, cabeceou para fora.

As equipes voltaram sem alterações para a segunda etapa e o Corinthians quase empatou aos 2 minutos, não fosse por excelente defesa de Rogério Ceni. O capitão tricolor espalmou para escanteio um desvio à queima-roupa de Jorge Henrique, após cruzamento da esquerda de Fábio Santos.

100º gol foi marcado no Corinthians

O panorama da partida seguiu o mesmo - Corinthians com a bola, São Paulo no contra-ataque - até que, aos 8 minutos, veio o momento que a torcida do clube do Morumbi esperava. Fernandinho sofreu falta na entrada da área e Rogério Ceni partiu para a cobrança. Sem sentir a pressão, o goleiro acertou o ângulo de Júlio César, marcando seu primeiro gol de falta contra o rival alvinegro, ampliando a vantagem são-paulina para 2 a 0 e chegando a 100 gols em sua carreira.

As expulsões e a falta de controle emocional dos jogadores do Timão

Vendo que o Corinthians ainda tinha dificuldades para criar chances apesar da posse de bola, Tite trocou os inoperantes Morais e Jorge Henrique por Ramírez e Willian. Pouco depois, porém, o técnico corintiano "ganhou" um problema: Alessandro deu entrada forte em Dagoberto e recebeu o cartão vermelho direto do árbitro Guilherme Ceretta de Lima.

Quando a situação parecia mais complicada para o time alvinegro, Dentinho diminuiu. Aos 22 minutos, o atacante recebeu a bola em cobrança rápida de falta e finalizou rasteiro de fora da área, vencendo Rogério Ceni. Já no minuto seguinte, Dagoberto fez falta por trás, recebeu o segundo amarelo e também acabou expulso de campo, deixando os dois times com dez jogadores.

O jogo seguiu muito nervoso e a igualdade numérica entre as equipes durou pouco. Aos 28 minutos, Dentinho chutou Rodrigo Souto após disputa de bola e também foi expulso. Apesar de contar com apenas nove atletas em campo, o Corinthians se lançou à frente como pôde para tentar o empate: aos 33 minutos, Ramírez cruzou da direita, Liedson mergulhou para cabecear e Rogério defendeu firme no meio do gol.

Com o time corintiano todo em busca do empate, o São Paulo voltou a explorar os contra-ataques e quase definiu o jogo aos 42 minutos: Jean fez ótima jogada individual e concluiu para excelente defesa de Júlio César. Os últimos minutos foram muito movimentados - com direito a bicicleta de Liedson defendida por Ceni - mas o placar não se mexeu mais e confirmou o fim do tabu que já durava quatro anos.

Ficha Técnica - São Paulo 2 x 1 Corinthians

Gols: São Paulo: Dagoberto, aos 39 minutos do 1º tempo, e Rogério Ceni, aos 8 minutos do 2º tempo/ Corinthians: Dentinho, aos 22min do 2º tempo

São Paulo: Rogério Ceni; Rhodolfo, Alex Silva, Miranda e Júnior César; Ilsinho (Marlos), Jean, Rodrigo Souto (Casemiro) e Carlinhos Paraíba; Dagoberto e Fernandinho (Rivaldo). Técnico: Paulo César Carpegiani

Corinthians: Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos (Danilo); Ralf e Paulinho; Dentinho, Morais (Ramírez) e Jorge Henrique (Willian); Liedson. Técnico: Tite

Cartões amarelos: São Paulo: Dagoberto, Rogério Ceni, Júnior César, Ilsinho e Rhodolfo/ Corinthians: Jorge Henrique

Cartões vermelhos: São Paulo: Dagoberto/ Corinthians: Alessandro e Dentinho

Parabéns a Rogério Ceni! Parabéns ao São Paulo! Parabéns ao equilíbrio de forças dentro do Campeonato Paulista 2011!

Crédito da foto: Terra

Clique no link abaixo e confira um dos momentos mais importantes da história do futebol brasileiro em todos os tempos:

O centésimo gol de Rogério Ceni, goleiro do São Paulo FC

Imagens: youtube/ Rede Globo

quinta-feira, 17 de março de 2011

Liga dos Campeões da UEFA: Bayern x Inter (e que volta!)

Mais uma vez conto com a inestimável ajuda e o auxílio do Lucas Ayres que acompanhou a partida entre a equipe do Bayern de Munique e a Internazionale de Milão pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões de UEFA (terça-feira, 15/03/2011). Ele garante que foi mesmo um jogaço: 3 x 2 para o time da torcida italiana. Confira a sua análise do que foi mais este confronto entre duas grandes forças do futebol europeu da atualidade!

Texto de Lucas Ayres:

Em mais uma partida da rodada de volta das oitavas-de-final da Uefa Champions League, Bayern de Munique e Inter de Milão se enfrentaram na Alemanha.

No primeiro jogo, vitoria dos alemães, que foram à Itália e venceram por 1 a 0 com um gol nos minutos finais.

O time bávaro, apoiado por mais de 60 mil torcedores foi escalado pelo técnico Louis Van Gaal no tradicional 4-2-3-1, com três meias ofensivos e com os brasileiros Breno e Luiz Gustavo ( zagueiro e volante, respectivamente) no time titular.

Já o time do técnico Leonardo foi a campo num esquema diferente do jogo passado: 4-3-1-2, com o meia holandês Sjneider servindo a dupla de ataque formada por Eto’o e Pandev. Foram quatro brasileiros no time titular e um no banco de reservas.

Antes que qualquer analise pudesse ser feita, a Inter abriu o placar com Eto’o, que recebeu, impedido, bom lançamento de Pandev na área e tocou para as redes. Foi o oitavo gol do atacante na competição.

Mesmo com o gol, o time da casa não se desesperou: manteve a mesma estratégia, tocando bola com velocidade no campo ofensivo, enquanto o time visitante recuava e chamava o ataque adversário até sua área.

Com seus principais jogadores, os meias Robben e Ribéry bem marcados, o Bayern avançava com bolas alçadas na área. A Inter, antes fechada, se soltava e se aproximava do gol.

Ainda assim os muniquenses conseguiram marcar. No único momento em que esteve livre, o holandês Robben fez sua eficiente jogada característica: levou pela direita, cortou para o meio e bateu com efeito. O goleiro Júlio César, assim como no primeiro jogo, deu rebote, aproveitado (assim como no primeiro jogo) pelo atacante Mario Gomez, que empatou o jogo.

A partir daí, o meia Robben mudou o jogo. Movimentou-se, driblou, tabelou e abriu espaços para seu time. Foi dele a jogada do gol da virada, na qual fez um passe mal cortado pela defesa adversária e a bola sobrou nos pés do jovem atacante Müller, que toucou na saída do goleiro.

No ritmo de seu craque e com uma torcida ensandecida, os anfitriões foram para cima e quase ampliaram o placar, esbarrando na própria incompetência das finalizações, numa das melhores atuações do time na temporada, mesmo que por 30 minutos.

Enganaram-se quem pensou que o ritmo cairia no segundo tempo. Os muniquenses voltaram a campo com a mesma pegada, ameaçando o gol dos milaneses.

Para tentar mudar a situação, o técnico Leonardo trocou o volante servo Stankovic pelo meia brasileiro Philippe Coutinho, mudando o esquema do time para o 4-2-3-1, semelhante ao do time adversário.

A mudança tardou a fazer efeito e os alemães continuaram pressionando, contidos pela boa defesa italiana, que voltou mais organizada para a etapa final. Quando fez efeito, foi eficiente: troca de passes entre os meias e a bola chegou em Eto’o, que ajeitou para Sjneider, que bateu forte da entrada da área para empatar o placar.

O Bayern sentiu o gol. Robben saiu para entrada do meia turco Altintop e o time fechou-se no campo defensivo, já que ainda tinha vantagem ( apenas a derrota o desclassificaria).

A partir daí o jogo ficou muito bom. Ataque e contra-ataque. A Inter atacava com muita movimentação de seus três meias, bem marcados, enquanto os bávaros respondiam em contra-ataques puxados por Ribéry.

Chegando o fim do jogo, o time da casa abdicou do ataque. O experiente zagueiro Van Buyten deu lugar ao jovem Badstuber, da mesma posição. Os visitantes trocaram o lateral romeno Chivu pelo japonês Nagatomo.

Se o toque de bola da Inter não surtiu efeito, o jeito foi a “ligação direta” (palavra chique para chutão). Balão da defesa para o ataque e o camaronês Eto’o (sempre ele) ,depois de percorrer a área adversária inteira, ajeitou para a chegada de Pandev, que fuzilou o ângulo direito do goleiro Kraft, aos 42 minutos.

O meia Kharja entrou para ganhar tempo para os Nerazzuri e o meia Toni Kroos para fazer um milagre para os bávaros, o que não aconteceu.

Placar final, 3 a 2 para La Grande Inter, que se classificou heroicamente num jogaço, marcado bela belíssima atuação do meia Robben e pelo poder de decisão do atacante Eto’o.



Por Lucas Ayres, especial para o "No campo de jogo".


Clique no link abaixo e confira os gols deste emocionante duelo da Liga dos Campeões da UEFA.

Bayer de Munique 2 x 3 Inter de milão (15/03/11) Liga dos Campeões

Crédito das imagens: ESPN.com.br

terça-feira, 15 de março de 2011

Liga dos Campeões da UEFA: Barcelona x Arsenal (a volta!)

Lucas Ayres também está de volta! É dele mais uma vez, a análise da partida entre Barcelona e Arsenal, segundo e decisivo confronto nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA, realizado em plena terça-feira "gorda" de Carnaval (08/03/2011). Mais uma aula de futebol de uma das melhores escolas do esporte na atualidade, o time do Barcelona, evidentemente. Confira!

Texto de Lucas Ayres:

Mais uma partida encerrada pela UEFA Champions League. O confronto entre Barcelona e Arsenal, no Camp Nou, valeu pela rodada de volta das oitavas-de-final.

A primeira partida, na Inglaterra, terminou com a vitoria dos anfitriões por 2 a 1. Desse modo os Gunners foram a jogo de volta por um empate.

Na Espanha, o time da casa foi ao jogo no seu tradicional 4-3-3, com um miolo de zaga improvisado, com os brasileiros Daniel Alves e Adriano nas laterais e ainda Maxwell no banco além do perigosíssimo ataque formado por Pedro, Messi e Vila.

Os visitantes, com a vantagem, foram num esquema cauteloso, 4-4-1-1, liderado pelo meia espanhol Fábregas. O volante brasileiro Denílson ficou como opção no banco do técnico do time, Arsène Wenger.

No primeiro tempo, o Arsenal foi com uma estratégia defensiva diferente: fechou o meio, para marcar o temido setor de criação do Barcelona, deixando os lados do campo livres.

Esse é o único destaque do time inglês no primeiro tempo. Recuado, foi facilmente dominado pelo time espanhol, que por sua vez não foi muito criativo, devido à forte marcação nos meias Xavi Hernández e Iniesta, impedindo o atacante argentino Messi de receber a bola em boas condições.

Sem espaço no meio, o time da casa apostou em seus laterais. Livres e avançados, chegavam facilmente à entrada da área adversária, mas não conseguiam fazer o último passe. Em compensação a equipe recuperava rapidamente a bola, ainda no campo ofensivo, anulando os contra-ataques rivais.

O goleiro Sceszny machucou-se, e deu lugar ao experiente goleiro Almunia, pelos visitantes.

O jogo seguiu assim até o fim do tempo regulamentar. Mas nos acréscimos o Barça abriu o placar. Em (mais uma) roubada de bola, a redonda sobrou nos pés de Andrés Iniesta, que deu belo passe para Lionel Messi que com toda sua categoria, tocou por cima do goleiro, e completou para o gol com a canhota. Um golaço, digno de toda a habilidade de quem o fez.

O jogo voltou ainda melhor no segundo tempo. O Arsenal procurou ocupar o inabitado campo de defesa adversário, dando espaço para o mesmo, que continuou dominando o jogo. Mesmo assim o time conseguiu empatar o jogo: em cobrança venenosa de escanteio pela esquerda, Busquets desviou para o próprio gol.

O time de Londres voltou a se fechar, esperando o ataque rival. Quando a equipe ameaçava uma virada, o atacante holandês Van Persie foi expulso, num lance polemico, freando qualquer pretensão ofensiva do time inglês.

Com um a mais, o Barcelona conseguiu jogar com seus meias e passou a rondar a área adversária, usando principalmente os laterais para tabelar com os homens de frente.

Mesmo assim, o time do técnico Arsène Wenger continuou com a mesma estratégia defensiva, fechando o meio. E foi exatamente por aí que Iniesta arrancou, tocou para Vila, que deixou Xavi na frente gol para desempatar o jogo para o time do técnico Pepe Guardiola.

Mal deu tempo dos ingleses pensarem em reagir que os espanhóis aumentaram a conta. Daniel Alves recebeu belo lançamento da direita, tocou para Xavi que rolou de primeira para Pedro, que caiu na área. O juiz marcou o pênalti, muito contestado pelos adversários, muito bem convertido por Messi (na foto ao lado).

A partir daí o time azul-grená passou a prender a bola, rodar o jogo e manter-se no campo ofensivo. O meia holandês Afellay entrou no lugar do espanhol Vila, e deu mas velocidade ao time.

O time alvirrubro continuava buscando o gol, já que um 3 a 2 classificaria a equipe. Para isso promoveu a entrada dos atacantes Arshavin e Bendtner nos lugares dos meias Fábregas e Rosický, apagados.

A mudança quase deu certo. O passe errado de Adriano (que depois deu lugar à Maxwell) chegou aos pés de Bendtner, que dominou mal, e foi travado por Mascherano (que saiu para a entrada de Keita), no meio da área.

O placar manteu-se: 3 a 1. O Barcelona se classificou as quartas-de-final, em um jogo marcado por lances polêmicos e lances belíssimos. Mais um ótimo jogo na conta da competitiva Liga dos Campeões da Europa.

E quem consegue parar o Barcelona?


Por Lucas Ayres, especial para o "No campo de jogo".




Para assistir aos melhores momentos do jogo, clique no link abaixo:

Barcelona x Arsenal

Crédito das Imagens: ESPN.com.br

quinta-feira, 3 de março de 2011

De Ministrinho a Michael Jackson

O Palmeiras, ao longo de sua história, sempre teve atacantes rápidos, irreverentes e habilidosos. Muito lá no passado, o famoso ponta-direita Ministrinho, foi um deles... Nos anos setenta, César Maluco, Leivinha... Mais tarde, uma verdadeira legião de craques: Edu, Edmundo, Picolé, Toninho (catarinense), Evair, Euller, etc.

Mas, agora, parece que chegou a hora e a vez, de Adriano "Michael Jackson", contratado frente ao Bahia, e que tem barbarizado contra as defesas adversárias nos jogos desta semana que antecede o Carnaval 2011. Marcou um gol contra o São Paulo FC, no clássico do Paulistão, realizado no domingo, e agora mais quatro contra a fraca equipe do Comercial - PI, pela Copa do Brasil 2011, nesta quarta-feira à noite (3/3/2011). O placar foi de 5 a 1 para o Palmeiras.

Cada um deles, comemorado com a famosa dancinha, ao estilo "Michael Jackson". Que os deuses do futebol o iluminem e que ele continue assim. Já são seis gols marcados, desde o começo do ano!

Principais lances do jogo no Primeiro Tempo

No início da partida, o Palmeiras abusou das jogadas pelos lados do campo. Ora com Gabriel Silva, ora com Cicinho, o Palmeiras encurralou o Comercial nos primeiros 20 minutos de jogo. Na melhor chance do Alviverde até então, Tinga e Valdivia tabelaram, e o chileno ficou cara a cara com Neto, mas perdeu o gol, logo a 6 minutos.

Sete minutos depois, Marcos Assunção cobrou falta fechada, Neto defendeu e, no rebote, Kléber se embolou com a zaga piauiense.

Mas o Comercial mostrou que não veio à São Paulo somente à passeio. Aos 8 e aos 26 minutos, a equipe do Piauí chegou com liberdade à área palmeirense, mas nas duas vezes o bandeirinha Marcelo Bertanha Parisson assinalou impedimento. No primeiro lance, equivocadamente.

O Palmerias teve uma baixa aos 25 minutos, quando Kléber sofreu lesão na coxa direita e deixou o time para entrada de Luan. O camisa 21 entrou em campo com disposição e participou de dois bons lances aos 28 e aos 34 minutos.

Sem o Gladiador, sobrou até para o zagueiro Danilo carimbar a trave do goleiro do Bode e animar a torcida presente no Pacaembu, já nos minutos finais da primeira etapa.

Show de Michael Jackson

No segundo tempo, o Verdão começou disposto a mudar o panorama da partida. Logo a 6 minutos, Adriano "Michael Jackson" ficou cara a cara com Neto e foi derrubado por Rafael. Cartão vermelho para o zagueiro do Bode e pênalti para o Verdão. Sem muita empolgação, Valdivia foi para a cobrança e bateu fraco no canto direito do goleiro piauiense.

Cinco minutos mais tarde, o árbitro Márcio Chagas da Silva lembrou que Evandro, que já tinha cartão amarelo desde o primeiro tempo, deveria ser expulso após falta em Cicinho, e assim o fez. Foi a segunda expulsão no Comercial.

Com dois jogadores a mais, ficou mais fácil para o Verdão deslanchar: em quatro minutos, Adriano marcou duas vezes. Aos 16, após passe de Patrik, e aos 20, depois de cruzamento na medida de Marcos Assunção.

O Bode descontou em contra-ataque mortal, que Binha aproveitou, aos 27 minutos.

Mas Adriano "Michael Jackson", mais uma vez, tratou de acabar com o clima ruim no Pacaembu. Em três minutos, ele botou mais dois gols na conta. E os dois foram de cabeça, aos 32 e aos 34 minutos. Assim, com dancinha e tudo, Adriano finalizou sua noite de show: quatro gols em uma só partida.

E tinha mais: quando o atacante iria marcar seu quinto gol no jogo, aos 38 minutos, o goleiro Neto defendeu parcialmente e a bola sobrou para Gabriel Silva dar números finais.

O próximo adversário do Verdão na Copa do Brasil é o Uberaba (MG), em partida (a de ida) a ser disputada no dia 16 ou 30 de março. Pelo Paulistão 2011, o Verdão enfrentará o Santo André no próximo sábado, no Pacaembu.

Ficha Técnica:

Palmeiras 5 x 1 Comercial - PI
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 2/3/2011 às 21h50

Árbitro: Marcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares: Marcelo Bertanha Parisson (RS) e Tatiana Jacques de Freitas (RS)

Renda/público: R$ 134.461,00/ 3.509 pagantes
Cartões amarelos: Marcos Assunção, Cicinho, Thiago Heleno (PAL); Evandro, Izael, Tiaguinho (COM)
Cartões vermelhos: Rafael, 6'/2ºT (COM); Evandro, 11'/2ºT (COM)

GOLS: Adriano, 16'/2ºT (1-0); Adriano, 20'/2ºT (2-0); Binha, 27'/2ºT (2-1); Adriano, 32'/2ºT (3-1); Adriano, 34'/2ºT (4-1); Gabriel Silva, 38'/2ºT (5-1)

Palmeiras: Deola, Cicinho (Patrik, 15'/2ºT), Thiago Heleno, Danilo e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção (Chico, 21'/2ºT), Tinga e Valdivia; Kleber (Luan, 25'/1ºT) e Adriano. Técnico: Felipão.

Comercial: Neto, Barata, Junior Soares, Rafael e Tiaguinho; Ivanzinho, Fred, Evandro e Izael (Binha, 18'/2ºT); Tony (Paulinho, 42'/2ºT) e Zé Rodrigues (Bizerra, 13'/2ºT). Técnico: Anibal Lemos.

Fotos: Agência Estado e Gravadora EPIC/ Legacy (imagens de divulgação)