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terça-feira, 29 de maio de 2012

Seria a Casa Lotada um presente de grego?

Costumo dizer que a torcida brasileira é sempre muito festiva! Para o bem e para o mal também, lamentavelmente. Muitas vezes, vamos ao estádio para fazer a festa e não para torcer. E bota otimismo exagerado nisso já que nem sempre o resultado dos jogos e das partidas decisivas, acaba sendo aquele que esperamos, principalmente em estádios com a "casa cheia". Por isso, acompanhe mais um comentário de Lund de Castro Lobo dos Santos, em mais um post, aqui "No campo de jogo"! Seria a casa lotada um presente de grego?

Texto de Lund de Castro Lobo dos Santos:

Folheando o excelente Guia Placar do Brasileirão 2012, notei um fato curioso. Na seção “Estatísticas”, há um pequeno grafico mostrando dados sobre os públicos de cada time. Média geral, média do ano passado, entre outros. Porém, uma barra chama a atenção: a que indica o maior público. E em cima dessas barras, algo me chamou a atenção: não raramente, os times têm resultados negativos quando tem recordes de público em casa. Esse fato indica o risco da pressão da torcida sob os jogadores, e chama a atenção dos treinadores para blindar os seus jogadores da própria torcida.

Dentre esses jogos, alguns se destacam, como por exemplo, Fluminense 1x1 Corinthians, em 1976. Esse confronto ocorreu no supremo Maracanã, o que indicaria que o Tricolor das Laranjeiras teria uma vantagem. Essa dica estaria certa em qualquer outro dia da história. Menos nesse. Essa foi a célebre “Invasão Corintiana” (foto acima), quando um genuíno êxodo alvinegro se fez presente na Via Dutra, e mais de 100.000 vozes gritaram pela equipe paulista. Nesse dia, a fantástica Maquina Tricolor foi derrotada nos pênaltis, num dos episódios mais tristes da história Pó-de-Arroz.

Clique no link abaixo e assista aos históricos momentos deste jogo e de uma das mais fantásticas decisões de fase semifinal do Brasileirão de 1976.

Corinthians 1 x 1 Fluminense - Semifinal do Brasileirão de 1976

(Gols do jogo Corinthians 1 x 1 Fluminense, realizado em 5 de dezembro de 1976, válido pela semifinal do Brasileirão daquele ano. Nos pênaltis, o Corinthians venceu por 4 a 1 e foi à decisão, mas perdeu para o Internacional. É a partida em que ocorreu a chamada Invasão Corintiana no Maracanã. A transmissão é da TV Tupi, com narração de Walter Abraão, comentários de Milton Colin e reportagens de José Rezende e Ely Coimbra. Exibido no programa Grandes Momentos do Esporte, da TV Cultura, no dia 29 de agosto de 2010).

Temos também duas finais: a de 1974, empatada em 2x2 entre Vasco e Internacional, que gerou um jogo extra vencido pela equipe cruz-maltina na qual despontava um jovem Roberto Dinamite, e a de 1978. Nela, um espetacular Guarani liderado pelo craque Zenon desbancava o Palmeiras em pleno Morumbi, cravando uma das maiores zebras do futebol brasileiro e colocando o clube campineiro no nobilíssimo rol dos campeões nacionais (ilustração ao lado, na realidade, um frame do vídeo da partida).


Clique no link abaixo e assista também aos históricos momentos deste jogo e de uma das mais fantásticas decisões do Brasileirão de 1978, em dois jogos. O primeiro no Morumbi e o segundo lá no Brinco de Ouro da Princesa em Campinas.

Guarani Campeão 78 - Esporte Espetacular 19/10/2008

(Matéria sobre o time campeão de 78 comandado por Carlos Alberto Silva e com craques como Zenon, Careca e Neneca). 

Tudo isso e muito mais no gráfico ao lado, que seleciona todos os jogos com recorde de público dos 20 clubes que integram o certame nacional em 2012. Confira!

Lund de Castro Lobo dos Santos, especial para o "No campo de jogo".

domingo, 27 de maio de 2012

A Revolução da Bola

Texto de Lund de Castro Lobo dos Santos:

No começo do século XX, o maravilhoso esporte chamado futebol já florescia no Brasil, e a ginga e a malandragem que iriam dominar o mundo décadas depois começavam a se formatar, porém encaravam um percalço tão primário que hoje, após a comercialização do futebol e todas as suas modernidades, é quase impossível de imaginar: o próprio estilo de jogo estava ficando antiquado em relação ao dos europeus.

Porém, foi muito graças a um homem que o Brasil avançou: Henry Welfare. Este sagaz inglês desembarcou no Rio de Janeiro em agosto de 1913, com 25 anos, para dar aulas. Como já havia jogado por alguns clubes ingleses em sua terra natal (entre eles o Liverpool), fez um teste no Fluminense e passou, entrando para o time titular ainda no mesmo ano.

Após seu ingresso no escrete tricolor, o futebol foi ganhando novos contornos com as perspicazes jogadas de Welfare, como o um-dois, e sua inteligência e vigor entre as quatro linhas. Por conta de sua forma física privilegiada, com 1,90m e 90 quilos, recebeu o apelido de “Tanque”.O lendário Mario Filho teria escrito na época: "Com Welfare o Fluminense usava uma metralhadora, enquanto seus adversários lutavam de espada".


Vale lembrar que naquela época o futebol era um esporte exclusivamente amador, a maioria dos jogadores tinha outra profissão além de atleta, o que só se dissiparia completamente em meados dos anos 1930. Esta condição entra em gigantesco contraste com a opulência dos atuais boleiros, note que vários players iam aos treinos a pé.


E foram por razões profissionais que o Tanque se afastou temporariamente do fute-bol, em 1915, já que precisava se dedicar mais ao seu ofício de professor no Gymnasium Anglo-Americano. Mesmo assim, um ano depois voltou à atividade novamente pelo tricolor. Ele estava prestes a entrar para a história.


Nos anos de 1917, 1918 e 1919, o Fluminense Football Club reinou supremo no futebol carioca. Nos dias após as partidas, as manchetes ainda recheadas de palavras emprestadas do inglês, relatavam as proezas daquele time aristocrático que conseguiu ganhar o seu primeiro tricampeonato carioca nesse período. Os mais notáveis jogadores, mas dessas três espetaculares campanhas, foram o fabuloso goleiro Marcos Carneiro de Mendonça e o center-forward Henry Welfare.


Aposentando-se em 1924, com 10 anos de serviço honesto, 4 campeonatos cariocas e 149 gols (só pelo Fluminense) no currículo, ele foi reconhecido com uma cadeira vitalícia no Conselho Deliberativo do clube, que só seria desocupada em 1966 após sua morte em Angra dos Reis. Mais um de tantos heróis esquecidos na rica história do futebol nacional.












Lund de Castro Lobo dos Santos, especial para o "No campo de jogo".

domingo, 18 de dezembro de 2011

Muito obrigado Doutor Sócrates!

Poucos jogadores de futebol chamaram tanto a minha atenção favoravelmente quanto o Doutor Sócrates! Ídolo da nação corintiana e dos torcedores brasileiros. Um dos maestros da Seleção Brasileira nos tempos saudosos de Telê Santana. Infelizmente, Sócrates faleceu no domingo, 4 de dezembro, data em que o seu Corinthians conquistou pela quinta vez, um campeonato brasileiro.

Na ocasião, vários deputados e políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores e até a Presidente Dilma Rousseff definiram Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira,  como "um brasileiro exemplar".

Em minha fascinada memória de não corintiano ficaram também seus geniais passes de calcanhar e seus gols fantásticos! Obrigado Magrão! Para homenageá-lo como se deve, o meu amigo corintiano, Anderson Dias. São seus, os comentários e os sentimentos que seguem abaixo!

Texto de Anderson Dias:


Na verdade eu estou meio triste com o querido Magrão, não estava combinado que eu perderia o único ídolo que tive no futebol, ainda mais numa tarde onde milhões de pessoas tiveram que se dividir entre dois sentimentos diante da quase certeza de um título corintiano.

Por muito tempo eu achei que tinha ídolos apesar de ter sido ensinado e criado dentro de alguns conceitos religiosos que naturalmente me impediam de fazer alguma idolatria, no entanto, admiração profunda é possível sem o fator doentio da idolatria e foi isto que aconteceu eu descobri na manhã de sua morte que admiração profunda eu tinha por muito poucos, e um deles era você Magrão.

O fato é que eu passei minha infância inteira tentando imitar o Dr. Sócrates quando comemorava um gol, foram dezenas de vezes que eu driblei um, driblei dois, driblei três, talvez nem tenha driblado tanto assim, mas eu fazia o gol naquela rua de asfalto no bairro da Penha em São Paulo e saía com o braço estendido para o alto imitando o maior jogador que vi vestir a camisa alvinegra de Parque São Jorge.


Eu tinha muito orgulho de ir para a escola ainda cursando o ensino fundamental e dizer para os meus amigos e adversários que o maior craque do futebol paulista jogava em meu time de coração e na seleção brasileira que só aprendi a amar por causa de gente como você e o Zico.

Na manhã de 4 de dezembro quando soube pela tevê da sua morte Magrão, tive a estranha sensação de que por um instante haviam roubado parte da minha infância, as melhores lembranças do futebol, as minhas primeiras idas ao Pacaembu ver o Sócrates ao lado do meu pai, tudo aquilo que magicamente cercava minha cabeça durante toda a vida, parecia ter sumido. Não é verdade, as lembranças sempre estarão aqui, mas é que a saudades de uma criança parece doer mais que a do adulto, e eu me vi de novo com 10, 11 e 12 anos tentando entender o que estava escrito na camisa do Corinthians, o que significava a palavra democracia? O que era aquilo de fato e alguns anos depois quase na vida adulta, percebi o quanto o Sócrates era genial dentro e fora dos gramados, aí então passei a ouvi-lo com mais atenção e não apenas pela admiração futebolística.

Como eu gostaria de ter estado no Pacaembu naquele circulo central e levantar o braço junto com os jogadores em homenagem a você Dr. Sócrates, mas na minha casa em meio a lágrimas que eu covardemente tentava conter e não conseguia, eu também te homenageei na minha memória.

Não foram poucas às vezes que eu vi você numa entrevista dizer que não tinha jogado tanto assim, a ausência de vaidade era mais um fator de glória em sua vida. Você jamais falou de si  mesmo, mas os grandes do futebol falaram; eu vi o Zico dizendo do prazer que era tocar e receber a bola dos seus pés, eu ouvi Michel Platini reverenciá-lo, vi o capitão da seleção italiana de 1982 Dino Zoff falar que o mundo perdeu um grande e nada disso está ligado a paixão clubística que você conseguiu passar por cima e por que não citar o craque sãopaulino Raí que disse inúmeras vezes que o seu irmão era muito acima da média mundial.

Vou guardar para sempre imagens a seu respeito, mas algumas delas com mais carinho como as vezes que vi você cantando o hino nacional com a mão no peito e sabendo toda a letra do início ao fim e hoje vejo meu filho de 4 anos dizendo que quer aprender a cantar o hino, com certeza vou ensiná-lo com muito carinho.

Outra imagem será você no palco do movimento “diretas já” bradando palavras de ordem, esperança e convicção e mostrando que o futebol  pode ser muito mais que o ópio do povo.

E por fim dois gols, um no jogo contra a União Soviética em 1982 quando perdíamos por 1 x 0 e você pegou uma bola na diagonal da esquerda pra direita, driblou dois adversários e mandou um pombo sem asa na gaveta do Dasayev empatando a partida e saiu comemorando com o braço erguido abraçado por todos os jogadores que te admiravam como grande capitão.

E para terminar, o gol na final do campeonato paulista de 1983 contra o tricolor, quando o Zenon domina a boa na entrada da área, espera você passar e ironicamente toca de calcanhar como você fazia e na passagem entrando na área, com frieza e classe você toca no canto do grande Valdir Perez e faz o gol do título com a massa ensandecida.


O mundo conheceu um homem comum, simples, bem magro, alto que sabia usar os pés e a cabeça como poucos em todos os tempos. Com os pés Deus não me deu o seu dom, mas eu prometo que com a cabeça eu vou me esforçar, aliás, já venho me esforçando desde adolescente para entender e discutir um mundo melhor.

Se eu tivesse algum poder dentro do Sport Clube Corinthians Paulista, a camisa 8 seria eternizada num monumento na porta do Parque São Jorge.

Obrigado Dr. Sócrates por ter me dado a magia que toda criança precisa na infância!

Anderson Dias é bacharel em comunicação, pós-graduado em comunicação e marketing, apaixonado por futebol.

Para saber um pouco mais sobre o Doutor Sócrates, clique no link abaixo e assista ao filme: "Ser Campeão é Detalhe: Democracia Corinthiana". Vale a pena!


Crédito das Imagens: Fotos - Terra/ UOL e Lucas Manfré Barreiro 

domingo, 7 de agosto de 2011

O Batismo de Fogo

O futebol é um esporte fantástico, emocionante mesmo, e sempre propicia um grande aprendizado de superações. No momento em que o futebol dito profissional, nos desgasta e entristece, mostrando a sua faceta repleta de negociatas e maus exemplos, é oportuno resgatar a experiência de meu sobrinho Lund, filho de minha irmã Ana Cristina, nas Olimpíadas Internas do Colégio "Dante Alighieri".

Um simples e autêntico exemplo de esportividade que contagiou seus colegas. Em uma das mais fantásticas partidas disputadas na edição do torneio deste ano, Lund (goleiro) parou o ataque adversário e demonstrou o quão gostosa, divertida e fascinante pode ser uma partida de futebol. Ofereço a narrativa também ao grande amigo jornalista, eterno padrinho, professor de várias ocasiões e também um goleiro pra lá de dedicado: Mauro Beting.

Lembrei de um jogaço da Copa da Aeda, nos já longínquos anos 80, em que o nosso time de futebol de salão, com apenas três jogadores esforçados na linha (inclusive eu mesmo) pôde contar com a estrela de um grande goleiro inspirado. Fator que realmente pode apontar toda a diferença, num dia de jogo difícil. Por isso, vale a pena acompanhar o texto do Lund. Bom entretenimento!

Texto de Lund de Castro Lobo dos Santos:

No dia 18 de maio de 2011, fiz meu primeiro jogo oficial como goleiro. Algo sem importância. Apenas um jogo de futsal, valendo por uma Olimpíada interna, sem o glamour de fotógrafos ou emissoras de televisão. Nada de estádio lotado, a partida foi realizada em um ginásio com, no máximo, 500 pessoas. Mas sem os momentos simples, o que seria da vida?

Entrei no jogo com uma camisa azul com o número “1” atrás, uma boina na cabeça e tal como Atlas, o mundo nas costas. Em quase todos os aspectos, à primeira vista, éramos um alvo fácil. Tínhamos jogadores mais baixos, menos fortes, e, no conjunto, menos habilidosos. Nosso humilde uniforme laranja, adquirido com enorme sacrifício, entrava em contraste com o uniforme preto, chique, feito sob medida para o lado oposto.

Qualquer um que batesse o olho, certamente diria que estávamos perdendo nosso tempo. E eu, como arqueiro, estava em um silencioso desespero. Sabia que o peso da derrota cairia sobre mim. Após o apito inicial, sabia que tudo estava em jogo. Este seria o meu batismo de goleiro.

Não muito tempo após o começo do jogo, que a bem da verdade estava um tanto truncado, apesar do equilíbrio, vi um chute rasteiro, de longo, entrar no meu canto direito. O mundo havia desabado. Começara o massacre. Sabia que eu precisava me manter frio, como todo bom goleiro.

Após um primeiro tempo sem muitos destaques, entramos no segundo tempo (ambos de 15 minutos). Bola alçada na área. Um atacante do outro time chuta de chapa, redondinha... E um vulto azul e preto entra no caminho da redonda, que vai para escanteio! Pensei que seria um mero consolo. Mas o futuro guardava-me surpresas...

A verdade foi essa: fui impiedosamente bombardeado. Bolas rasteiras, altas, de rebote, e, para meu espanto, o placar não se mexia! Fui segurando a meta, forçando contra ataques com meus longos tiros de meta, sem muito sucesso. Porém, um click: um contra-ataque iniciado por mim resultou em gol! Não há muitas palavras para descrever o acontecido. Mas uma delas, com certeza, é: inacreditável.
 
Claro, não apenas as minhas defesas, mas a atuação irretocável da minha zaga. Meus aguerridos companheiros de time repeliam bravamente cada contra ataque. Quase não atacamos. Mas nos defendemos como um time uruguaio. E claro, também, à sorte. Mas, pergunto eu: o que seria dos goleiros sem sorte?

Enfim, como as redes insistiram em não se estufar mais, a decisão foi para os pênaltis. Imediatamente tremi nas bases. Se no futebol, onde há 5 metros entre a bola e o gol, imagine no futsal, onde dificilmente há mais de 2? Eu pensei que seria impossível. Para mim, já estava acabado. A batalha terminara. Porém, a esperança é a última que morre.

Começam os segundos que definirão o jogo. Nosso time chutou, e o pênalti foi brilhantemente convertido com um balaço no ângulo esquerdo. Foi à cobrança do outro time. Procurei evocar o grande Lev Yashin, e durante 5 segundos, tive mais pensamentos do que tive em muitas horas. Era tudo ou nada. 8 ou 80. A cobrança foi na altura da minha coxa. Abaixei-me e espalmei a bola para cima. Com outro toque, evitei que a bola entrasse. O impossível ocorrera. Para mim, era como se desse um passo na lua, ou descobrisse a América. O ginásio explodiu em alegria, sensibilizado por meu desafio imposto aos antagonistas de meu time.

Após outras duas cobranças, conseguimos ganhar. Simplesmente inacreditável. Uma zebra com todas as listras que tem direito. Com a bola no pé e a vontade no coração, eliminamos um time que quase nos humilhou. Nada mal para um arqueiro estreante.

Imagens: Divulgação Colégio "Dante Alighieri"




Lund de Castro Lobo dos Santos, especial para o "No campo de jogo".

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O mandatário máximo do País do Futebol

Ricardo Teixeira é o mandatário máximo do futebol do Brasil. Ninguém manda mais do que ele. Deixou isso claro, na sua última entrevista, publicada pela revista Piauí, na semana passada. Xingou tudo e todos! Passou até dos limites da boa educação.

A certeza de impunidade é tanta que ainda ameaçou boa parte dos seus críticos afirmando: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou”. Veja mais no blog de Cosme Rímoli no Portal de Notícias R7, acessando o link abaixo:


Na verdade, hipocrisias à parte, ele é um retrato da média dos dirigentes de futebol do Brasil, alguns claramente comprometidos com ele, e que controlam um esporte, que cada vez mais, torna-se apenas outra modalidade de negócios, sem nenhuma consideração com aspectos lúdicos ou meritórios. Um ramo de negócio que arregimenta pessoas oportunistas em vários setores. O que é muito lamentável mesmo! E que mexe com os sonhos da nossa juventude...

Adoro futebol desde criancinha! Acho linda a festa das cores e das torcidas! Das celebrações das tradições e da rica história dos nossos clubes. Narrativas de superação e de muito trabalho e suor, em nome do crescimento das agremiações. Não interessa se a instituição é de elite ou popular. No campo de jogo da esportividade, todos deveriam ser tratados igualitariamente, mesmo não sendo!

Só para lembrar... Enquanto nos enfraquecemos, os ingleses estão se preparando bastante, e na surdina, para realizar a Copa do Mundo em 2014. Lá, as obras já foram naturalmente realizadas ao longo dos tempos. A grande maioria dos estádios congrega públicos de mais de sessenta mil pessoas e não precisam de isenção fiscal para levantar estruturas faraônicas.

Sempre é bom lembrar que apesar de terem passado por muitas guerras e sofrimentos também, não precisam nem de constituição escrita!

E quem ganha dinheiro por fora vai para a cadeia, se isso ficar comprovado! Os ingleses querem realizar a Copa do Mundo e vão fazer lobby forte para conseguir isso, paralelamente à sucessão dos imbroglios, que acontecerão aqui no País Tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza! Ainda bem que estamos num momento forte, econômica e internacionalmente falando. Abençoada seja então a crise econômica internacional que faz do Brasil, a bola da vez, e deixa tanto político populista orgulhoso, com discurso ufanista na ponta dos lábios.

Só que na grande ilha onde se localiza o País da Rainha, os direitos do Manchester United e do Blackburn Rovers são idênticos. Eu os estou comparando aqui, propositadamente, à semelhança de Corinthians e Avaí! Quem compete com dignidade, sempre merece respeito. Não importa o tamanho da torcida ou de suas origens.

Apenas para finalizar: abram os olhos, amigos torcedores brasileiros, de norte a sul e de leste a oeste! Ninguém é melhor do que ninguém e todos os clubes merecem respeito igualitariamente. Existem limites para chacotas e brincadeiras. E para patriotadas! Mas não podemos permitir que nos façam de palhaços!

Por que ninguém pensou em modernizar o Pacaembu, aqui em São Paulo, que é da municipalidade, e portanto, 100% do povo? Nestes tempos de construção de "elefantes brancos", todo o cuidado é pouco e depois da Copa do Mundo do Brasil em 2014 (que vai com toda certeza se realizar no Brasil, já que afinal de contas, existem muitos interesses políticos e econômicos favoráveis para que isso aconteça), todos nós iremos pagar a conta. E deixo claro que não tenho nada contra a construção do novo estádio do Timão, só que não com dinheiro público, que é de todos os paulistanos, inclusive os não corintianos!

Isenções fiscais aprovadas de forma oportunista são sempre lesivas aos cofres públicos! Aurélio Miguel é muito mais do somente torcedor do glorioso São Paulo FC. É defensor do erário público, que diz respeito diretamente, a todos os cidadãos desta metrópole!

Finalizando...

E nada mesmo vai acontecer de mal com o Ricardo Teixeira até 2015. Lamentavelmente. Palavra de quem realmente tem o poder nas mãos! Ponto final.

sábado, 2 de julho de 2011

Copa do Mundo de Futebol Feminino da Alemanha 2011 - O Show das Gatas que encantam os olhos!

Chega de preconceito! Futebol também é esporte de mulher, sim. E de belas gatas, beldades que desfilam ao mesmo tempo beleza e muita capacidade técnica, na Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA, atualmente disputada na Alemanha.

O jogo das gatas é muito mais cadenciado e nos faz recordar com certeza, de um futebol mais artístico e menos dependente das explosões musculares e do poder do pique dos jogadores do futebol masculino atual, de muito mais força do que real habilidade. E não que as mulheres não atentem para o detalhe da preparação e do condicionamento físico!

Afinal de contas, como cresci também numa família de origem italiana de valores tradicionais conservadores, me acostumei a ouvir as pérolas do tipo: “futebol não é jogo para mulher”, “futebol é jogo de macho”; transformando as mulheres que jogam bola, em bizarrices estereotipadas, mulheres machonas e masculinizadas, mulheres sem delicadeza, sem nenhum grau de feminilidade.

Felizmente as tolices, bandalheiras e besteiras que assolam os valores e o padrão (ou a falta dele) de educação, tipicamente latinos, não têm mais eco na Europa e em muitos dos melhores países e nações deste planeta com cultura cada vez mais globalizada.

Hoje, as mulheres também jogam bola e ponto, não deixam de serem gatas e beldades para fazerem isso!

Como é o caso da jogadora meio-campo alemã Fatmire Bajramaj, que já vive o clima de deslumbramento dos paparazzi, sempre que se aproxima para entrevistas. A atleta se transformou literalmente, na “menina dos olhos” destes fotógrafos.

Além dela, a goleira norte-americana, Hope Solo; a também zagueira da Seleção dos Estados Unidos, Ali Krieger; e as atacantes suecas Lotta Schelin e Josefine Oqvist, encantam os olhos de todos que assistem seus jogos e descobrem suas belezas, muito além de suas habilidades!

Copa do Mundo da Alemanha 2011

A sexta edição da Copa do do Mundo de futebol feminino está sendo realizada de 26 de junho a 17 de julho de 2011.

A Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA (Campeonato Mundial de Futebol FIFA) é um campeonato de futebol feminino realizado a cada quatro anos pela FIFA (Fédération Internationale de Football Association).

As eliminatórias para a Copa do Mundo de 2011 inciaram suas disputas durante 2009 e finalizam em 2010.

A FIFA havia considerado a possibilidade de aumentar o número de equipes de 16 para 24, de modo a reflectir a crescente popularidade mundial de futebol feminino e da Copa do Mundo de Futebol Feminino. No entanto, a 14 de março de 2008, o Comité Executivo da FIFA decidiu manter o número de participantes em 16, pois mais equipas poderiam diluir a qualidade do jogo. A ideia de ter 20 equipes participando, que havia sido discutida, foi impossível de concretizar em termos de planejamento e de suporte logístico.

A nação anfitriã, Alemanha, teve qualificação automática, enquanto as restantes equipas nacionais qualificaram-se através das suas confederações continentais: Copa da Ásia, Campeonato Africano, Campeonato da Oceania, Campeonato Sul-Americano e Copa Ouro da CONCACAF. Os grupos relativos à UEFA foram os primeiros a ficar definidos através de uma eliminatória específica.

Alemanha, Brasil, Estados Unidos e Japão foram previamente selecionados como os cabeças-de-chave, integrando os grupos A, B, C e D, respectivamente. Algumas condições foram estabelecidas para evitar que equipes da mesma confederação caíssem no mesmo grupo. A única exceção foi o grupo A, que contaria obrigatoriamente com duas seleçoes europeias (incluíndo a anfitriã Alemanha).

Desta forma, Austrália e Coreia do Norte não poderiam cair com o Japão no grupo B, assim como Canadá e México estavam impossibilitados de cruzar com os Estados Unidos no grupo C. Para evitar que as duas equipes sul-americanas (Brasil e Colômbia) caíssem no grupo D, a primeira equipe sorteada no pote 3, desde que não fosse a Colômbia, seria automaticamente destinada para esse grupo.

Brasil:

Esquema cada vez menos utilizado no futebol mundial, o 3-5-2 é a tática da Seleção Brasileira há alguns anos, e se repete sob o comando do treinador Kleiton Lima na Copa do Mundo Feminina de Futebol, na Alemanha. Na competição, também é raro ver equipes atuarem dessa forma, mas o técnico brasileiro tem uma justificativa direta para o fato: "fiz um estudo sobre isso no Brasil e é difícil achar laterais, inclusive entre os homens", alega Kleiton Lima, no cargo desde 2009.

"As nossas laterais avançam muito e deixam espaços nas costas, não fecham por dentro e são fisicamente inferiores, e também mais baixas, que as europeias", argumenta Kleiton, que apenas manteve o sistema que já era utilizado por Jorge Barcellos e Renê Simões, seus antecessores.

Em seus dois últimos grandes torneios, Olimpíada 2008 e Copa 2007, a Seleção atuou dessa forma e conquistou dois vices-campeonatos. Contra a Austrália, na estreia do Mundial 2011, repetiu o sistema com Aline Pellegrino, Daiane e Erika na primeira linha e não sofreu gols.

Imagens: Terra

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Maior Festa do Futebol Brasileiro

Terminados os campeonatos regionais, hoje acompanhados infelizmente com menor entusiasmo, começou novamente neste final de semana, o Campeonato Brasileiro da Série A - 2011, sem dúvida alguma, a maior festa do futebol brasileiro para os torcedores dos 20 clubes da elite da 1ª Divisão Nacional. Me desculpem aqueles que não concordarem comigo, mas são sem nenhuma dúvida, os vinte clubes mais importantes do nosso futebol na atualidade.

Numa época em que imperam teses revisionistas e visões de mundo extremamente socializantes, é bom lembrar que o futebol pentacampeão, nada seria, se não fossem as histórias de superação, os exemplos e a tradição de clubes como Flamengo, Atlético - MG, Santos, Grêmio, Vasco da Gama, América - MG, São Paulo, Internacional, Botafogo, CruzeiroPalmeiras, Bahia, Coritiba, Atlético - PR, Fluminense e Corinthians, que se juntam oportunamente aos exemplos vitoriosos mais recentes de Ceará, Atlético - GO, Avaí e Figueirense, na mais nova edição do torneio nacional mais importante e representativo.

Também é indiscutível a superioridade do futebol de São Paulo, mais forte política e economicamente falando, nestes tempos de "novo milagre econômico brasileiro", pós-plano Real (criado pela equipe de economia do então presidente Fernando Henrique Cardoso).

O Campeonato Brasileiro de Futebol, o Brasileirão, apesar de já ter experimentado várias fórmulas, vem sendo disputado de 1971 para cá. Apesar de tudo, a CBF, de maneira pra lá de acertada, reconheceu recentemente, todos os campeões de torneios nacionais, disputados de  1959 para cá: antigos campeões do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e da Taça Brasil, que já reuniam os cinco melhores times de São Paulo e do Rio de Janeiro, os dois primeiros de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e os campeões de Paraná, Bahia e Pernambuco.

O Palmeiras conquistou duas edições do "Robertão" (apelido carinhoso dado ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa), o Santos uma e o Fluminense foi campeão da última edição. Afinal de contas, o futebol já era disputado no Brasil, muito antes da Ditadura Militar de 1964, que transformou o esporte mais popular do país, à partir de 1970, numa ferramenta de importância e exploração política.

Em 1971, na primeira edição do Brasileirão, o Atlético - MG, comandado por Telê Santana, sagrou-se campeão. Na última edição, realizada no ano passado, foi a vez do Fluminense do Rio, dirigido pelo técnico Muricy Ramalho, novamente surpreender e sagrar-se campeão.

Nesta era de pontos corridos, o time da Toca da Raposa, o Cruzeiro, está bem mais valorizado para o campeonato deste ano. Apesar do São Paulo, seguir líder na frente e muito distante dos demais (já foram 568 pontos, de 2003 até o ano passado), o time celeste de Minas Gerais soma agora 527 pontos, no mesmo período, graças ao vice-campeonato de 2010. 

O maior artilheiro da história do Campeonato é Roberto Dinamite, com espetaculares 181 gols de 1971 a 1992. Edmundo marcou 29 gols na campanha de 1997 e é o maior artilheiro em uma edição do campeonato.

Os clássicos regionais pré-marcados para as últimas rodadas da competição parece que diminuem a chance de maracutaias na hora da decisão. Mas, esperemos também que a grande maioria dos árbitros escalados, possa mesmo passar despercebida, depois das 38 rodadas do Brasileirão 2011.