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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Maldito Futebol Clube

Realidade ou ficção? Não importa. As questões levantadas dentro do corajoso roteiro do filme "Maldito Futebol Clube", recentemente lançadas em DVD pela Sony Pictures dão uma ideia da distância entre o profissionalismo do futebol inglês e o brasileiro, demonstrando inclusive, que lá, não se tem mais medo de se enfrentar as estruturas organizacionais ou tradicionais, que imperam nos bastidores do futebol. Bem ou mal, se assume publicamente que se o futebol é paixão e delírio por parte de torcedores, jogadores, técnicos e dirigentes, também é um grande, poderoso e orquestrado tipo de negócio.

"Maldito Futebol Clube" conta a história cheia de humor e confrontos de Brian Clough, brilhantemente interpretado pelo ator Michael Sheen (Frost/ Nixon), e seus 44 dias, vividos nos anos 70, no cargo de dirigente de um time campeão de futebol da Inglaterra, o Leeds United. Sem o seu fiel parceiro Peter Taylor, com quem havia formado dupla vencedora em vários times do futebol do interior (principalmente, uma histórica passagem pelo Derby County, da segunda para a primeira divisão, Brian Clough assumiu o cargo de treinador de uma equipe de jogadores que ele julgava serem fiéis ao seu arquirrival Don Revie, interpretado por Colm Meaney (Con-air, Jornada nas Estrelas - A Nova Geração, O Informante).

O resultado é uma prova sem precedentes do orgulho, arrogância e agressividade de Brian em um período de 44 dias. É a história contada em Maldito Futebol Clube.

Dá até para lembrar de muitos treinadores famosos que atuam aqui pelo Brasil. O filme ainda aborda o comportamento da imprensa esportiva dita especializada e mostra a relação e a "real" importância relativa entre treinadores, jogadores e dirigentes.

Paradoxalmente, Brian Glough ainda é visto como técnico moderno, à frente de seu tempo, na defesa de muitos conceitos atualmente respeitados no futebol inglês. Com muito menos pompa do que Sir Alex Fergunson, ele nunca dirigiu a Seleção Inglesa de Futebol, mas marcou a cena e conquistou seu lugar entre os grandes treinadores que dirigiram o Nottingham Forest nos anos setenta.

Boa diversão e digna de reflexão sobre a importância da realidade que cerca os bastidores do jogo e que na maioria das vezes, nem chega ao conhecimento do grande público. A divulgação das informações que cercam o jogo de futebol, parecem muitas vezes restritas e evidentemente manipuladas, como se pertencessem a cartórios já pré-estabelecidos.

Uma realidade pra lá de maldita!

Dê uma olhada, em uma das cenas do filme, clicando no link abaixo:

Worthy Champions

Crédito da Foto: Divulgação da Sony Pictures

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mérito de campeão

Continuo apaixonado por futebol. Pelo esporte e não pelo negócio. Pelos craques autênticos, como o Conca (foto) do campeão brasileiro 2010, o Fluminense, que joga como legítimo meia armador, à antiga, coisa que o futebol brasileiro deixou de produzir depois do Neto.

Jogadores essencialmente criativos, inteligentes, que tem constância durante uma partida e que se dedicam a fundo em ganhar o jogo. Sempre com produtividade e regularidade. Assim como o argentino Conca, que levou os torcedores tricolores cariocas a vibrar, depois de 26 anos.

Mas confesso também que o futebol anda me deixando mais triste do que feliz, e isso não tem nada a ver com o fato do meu time (Palmeiras) apresentar algo que preste ou não. Comecei a torcer por futebol e a gostar do esporte e não do negócio, insisto, durante os 16 anos do primeiro jejum de títulos da Sociedade Esportiva Palmeiras. Se não gostasse muito, mas muito mesmo do jogo, teria desistido de acompanhar os torneios, campeonatos, maravilhosas Copas do Mundo que pude acompanhar, independentemente de ver ou não também, o Brasil campeão. Gosto demais do esporte chamado futebol. Como bem disse a letra da música do Skank, é eletrizante, fascinante, maravilhosa, linda mesmo, uma partida de futebol. Com suas variações, ataque e contra ataque, vinte e dois jogadores brigando e lutando pela posse de bola e correndo em busca do objetivo do gol e da vitória. A mais bonita batalha simulada dos esportes coletivos.

Estou chateado é por causa do clima que se forma em torno do futebol atualmente... Do ódio sentido por torcedores de equipes rivais que não sabem confraternizar civilizadamente... Da suspeita em que muitos times tenham sido ajudados por arbitragens duvidosas para permanecerem no topo da tabela classificatória... E da suspeita de que alguns times (São Paulo, Palmeiras, Vasco da Gama) tenham "encenado" resultados para que outros times rivais (Corinthians e Fluminense) não fossem favorecidos. Quero, de coração, acreditar que isso não tenha ocorrido, mas como diz o ditado: onde há fumaça, há fogo! Onde muito se comenta, é porque existe mesmo a indicação da verdade, a comprovação da verdade! Por mais que ninguém esteja realmente preocupado em provar nada...

Será que o esporte futebol, deu mesmo lugar a uma modalidade, uma variação de negócio, com claros interesses políticos, econômicos e sociais. Um ramo de negócios da pior categoria? Mas, o que fazer com os craques, os sonhos de conquistas das torcidas (sempre enganadas), a magia do drible autêntico e a beleza de um gol (quase sempre tirado da imaginação do jogador fora-de-série ou do artilheiro insofismável)?

Se não houver mais a autêntica, proba e ilibada disputa em um jogo de futebol profissional no Brasil e no Mundo, onde fica o mérito, o merecimento verdadeiro em se sagrar campeão?

Se foi só uma jogada de mestre ou arroubos de esperteza de dirigentes e empresários, além do jogo de cena dos atletas que se enfrentam e dos juízes que adotam critérios de arbitragem tão díspares, qual a real graça e o valor de se gritar: é campeão? Será que continuamos mesmo vivendo, no País do Vale-Tudo?

Vamos torcer então, para que algo mude em 2011, na consciência de todos, para que a modalidade esportiva, chamada futebol, sobreviva com seu brilho natural. Vale mesmo a pena!

Crédito da foto: Jornal O Globo

domingo, 7 de novembro de 2010

Duelo de Titãs: São Paulo x Corinthians

Neste domingo (07/11/2010), São Paulo e Corinthians se enfrentam em situações bastante distintas. O Tricolor Paulista recebe o Timão pensando numa vaga para a Taça Libertadores 2011 e a equipe alvinegra de Parque São Jorge luta pelo título da temporada, no tão celebrado ano de seu centenário. Do lado corintiano, Ronaldo Fenômeno, mesmo fora das condições físicas ideais espera mais uma vez demonstrar toda a sua técnica apurada e marcar mais gols no arquirival.

Mesmo com a concorrência da largada do Grande Prêmio de Fórmula 1, que ocorrerá as 14 horas deste mesmo domingo, os torcedores dos dois principais times da metrópole paulista, prometem comparecer ao Estádio Cícero Pompeu de Toledo para prestigiar o jogo. A maioria de torcedores deverá ser tricolor nesta tarde.

A lastimar apenas e mais uma vez, a escolha do árbitro da partida, o sempre autoritário e polêmico Carlos Eugênio Simon, que deve ter sido escolhido a dedo para partida tão importante. Talvez porque neste momento, outros juízes como Sálvio Spínola e Paulo César de Oliveira, não sejam do agrado do Presidente do Corinthians, Andres Sanchez. Sempre é bom lembrar que recentemente, o primeiro árbitro anteriormente citado, anulou dois gols de Ronaldo Fenômeno no jogo contra o Guarani em Campinas. Já o segundo, tem em seu histórico, o fato de ter confirmado um gol com a mão de um famoso atacante são paulino (Adriano) no Paulistão 2008.

A expectativa de uma grande decisão

Com a rivalidade no estágio máximo, São Paulo e Corinthians podem encher a boca para falar do jogo deste domingo, às 17 horas, no Morumbi. É uma decisão com muitas fichas em disputa. De um lado, um anfitrião doido para quebrar uma escrita incômoda, seguir forte na briga por uma vaga na Libertadores e, de quebra, atrapalhar o caminho do rival. De outro, um visitante ávido por um título a ser conquistado de qualquer forma no ano de seu centenário e motivado por manter o oponente em um jejum ainda mais longo no histórico dos confrontos.

Há três anos e dez meses que o Tricolor não sabe o que é vencer o Timão. Desde então as equipes se enfrentaram dez vezes, com seis vitórias para o Alvinegro, e quatro empates. Mas o momento é favorável para mudar a escrita. O São Paulo vem de uma vitória importante sobre o Cruzeiro, um dos candidatos ao título, por 2 a 0 fora de casa. Conta com Paulo César Carpegiani, que desde que chegou ao Morumbi só perdeu uma partida, para o Ceará, também como visitante. E aposta na ofensividade do quarteto formado por Lucas, Fernandão, Dagoberto e Ricardo Oliveira para desnortear a defesa corintiana. Com 50 pontos, o anfitrião sabe que se perder praticamente dá adeus à vaga na Libertadores.

O Timão sabe com o que vai lidar. E espera ter o sucesso do primeiro turno, quando atropelou o rival com um 3 a 0. Agora está com 57 pontos, um a menos do que o líder Fluminense, e precisa manter o tabu para não fraquejar na busca pelo título. E terá um reforço que não teve naquela partida: Ronaldo está confirmado. A defesa são-paulina passou a semana elogiando o Fenômeno.

Confira as escalações

São Paulo: Rogério Ceni, Jean, Alex Silva, Miranda e Renato Silva; Rodrigo Souto, Casemiro, Lucas e Fernandão; Dagoberto e Ricardo Oliveira.

Corinthians: Julio Cesar; Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Bruno César; Dentinho (Iarley) e Ronaldo.

Carlos Eugênio Simon é o árbitro mais forte do futebol brasileiro, politicamente falando. Sempre se envolve em polêmicas e escapa delas, como se nada tivesse acontecido. Seria interessante imaginar como seria sua carreira, numa realidade em que o apito eletrônico, pudesse ser adotado. As duas equipes também possuem vários jogadores pendurados com cartões amarelos e se levarem uma nova advertência, não poderão atuar na próxima rodada. É bom lembrar que num torneio tão equilibrado e nivelado por baixo como este, não contar com atletas importantes daqui pra frente, pode fazer toda a diferença.
 
Simon é bastante pontual quando exibe seus cartões em algumas partidas. Em outras, prefere ignorar os lances mais apelativos e até violentos. No São Paulo, estão pendurados, Rogério Ceni, Renato Silva, Samuel, Diogo, Rodrigo Souto e Cléber Santana. Já pelo Corinthians temos Dentinho, Paulo André, Leandro Castan, Moacir, Paulinho, Jucilei, Elias e Bruno César. Todos jogadores fundamentais nos esquemas dos treinadores Paulo César Carpegiani e Tite, na sequencia da competição.
 
Vamos então torcer mais uma vez que tenhamos na tarde deste domingo (7/11/2010), uma grande partida e que interesses populistas ou popularescos não se sobreponham a qualidade do futebol a ser jogado! As tradições fantásticas de dois grandes clubes como Corinthians e São Paulo são suficientes e devem falar por si só.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um complô contra o Corinthians

Definição de complô: s.m. Resolução traçada em comum e secretamente contra alguém, e particularmente contra a segurança interna do Estado. Maquinação, trama, conspiração, conluio, armação, manipulação.

O Corinthians sequer é líder do Campeonato Brasileiro, mas mesmo assim é o time mais visado na briga pelo título da competição. Essa é a impressão que o volante Elias teve, logo após o empate por 1 a 1 com o Flamengo, na quarta-feira (27/10/2010), no Engenhão. Na volta a São Paulo, ele reclamou da divisão desigual da tabela e minimizou as provocações do zagueiro são-paulino Alex Silva.

"Só Corinthians e Flamengo jogaram nesta quarta-feira. O Fluminense vai ter um dia a mais para descansar antes de jogar. É impressionante o que estão fazendo para tirar o título do Corinthians", disse o atleta, revoltado, afirmando que deve existir um complô contra o Corinthians.

Inicialmente, a partida contra o time rubro-negro, assim como os demais jogos do Nacional, seriam realizados no final de semana.

Só que no domingo passado, no entanto, foi disputado o segundo turno das eleições 2010, vencido pela candidata do PT do Presidente Lula e do Presidente Andres Sanchez, Dilma Rousseff. Assim, a CBF teve de adiantar o duelo entre as equipes de maiores torcidas no Brasil. Na quinta jogaram Fluminense e Atlético-PR, contra Grêmio e São Paulo, respectivamente. O terceiro colocado Cruzeiro só entrou em campo no sábado (30/10/2010), para pegar o Prudente. Ambas as equipes tiveram competência para vencer os seus jogos.

"Como não conseguimos fazer a nossa parte fora de casa, agora vamos ter que torcer contra os outros", afirmou Elias, ciente de que o número de pessoas que está "secando" o Corinthians também é grande.

O último a admitir abertamente que não quer que o time paulista fique com o título foi o zagueiro Alex Silva, hoje no São Paulo. Os clubes da capital se enfrentam em clássico na 34ª rodada, em 7 de novembro próximo.

"A verdade é que ninguém quer ver o Corinthians campeão. Nossa rivalidade não é com o Alex Silva, mas temos uma rivalidade natural entre Corinthians e São Paulo, assim como existe entre Corinthians e Santos", minimizou.

O zagueiro William concorda com Elias. "O Corinthians incomoda bastante gente mesmo, mas seria estranho se ele dissesse o contrário", afirmou.

Os Pendurados

O Corinthians entra em campo, nesta quarta-feira (03/11/2010), às 21h50, diante do Avaí, com o pensamento cauteloso para o clássico contra o São Paulo, no próximo domingo, às 17 horas, no Morumbi. Sete jogadores estão com cartões amarelos: Bruno César, Elias, Jucilei e Paulinho (que deve substituir Ralf, suspenso) são os titulares pendurados. Será que o juiz da partida dará cartões para estes atletas, se eles fizerem por merecer ou se o fizer, irá deixar claro que existe um complô contra o Corinthians? Este clima de denuncismo, acaba beneficiando quem?

CBF antecipa partida para não desfalcar o Corinthians

Convocados pelo técnico Mano Menezes, ex-treinador do Timão, para o amistoso da seleção brasileira contra a Argentina, em 17 de novembro, Jucilei e Elias asseguram que não irão desfalcar o Corinthians na reta final do Campeonato Brasileiro. Eles prometem ajudar o clube na corrida pelo quinto título nacional apesar do desgaste pela viagem de 14 horas até Doha, no Catar.

Antes de viajar com o time de Mano Menezes, a dupla corintiana terá um duelo decisivo contra o atual vice-líder Cruzeiro, em 14 de novembro, no Pacaembu, pela 35.ª rodada (partida novamente antecipada pela CBF). Após o jogo da seleção contra os 'hermanos', os atletas ficarão à disposição do técnico Tite antes da partida contra o Vitória, no Barradão, em 21 do mesmo mês.

Essa situação não é novidade para Elias. O volante atuou com a camisa verde e amarela na partida contra a Ucrânia, em 10 de outubro, na Inglaterra, e dois dias mais tarde se reapresentou ao Corinthians para enfrentar o Vasco, em São Januário. Ele destaca sua juventude e sua força para repetir feito e não prejudicar o Corinthians no momento em que apenas mais nove pontos estarão em disputa no Brasileirão.

Gostaria de perguntar novamente ao volante Elias, desta vez, beneficiado de forma evidente com a antecipação do jogo, se existe mesmo um complô contra o Corinthians? Será que o complô, não seria na verdade contra Fluminense e Cruzeiro, ou qualquer outro que se aproxime de fato com o Timão? Deixa pra lá, então... Vamos esperar e conferir...

Parece que o ano do tão celebrado Centenário, não pode mesmo fechar em branco!

Foto: Alexandre Loureiro/Vipcomm/Divulgação

sábado, 30 de outubro de 2010

O Maior Campeonato Regional do Planeta

Houve um tempo, em um passado não muito distante, que o Campeonato Paulista de Futebol era conhecido e até alardeado como o Maior Campeonato Regional do Planeta. Um torneio disputado no mais poderoso Estado da Nação e que reunia clubes da importância de Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, São Caetano, Santo André, Internacional de Limeira, Paulista de Jundiaí, XV de Novembro de Piracicaba, XV de Novembro de Jaú, dentre muitos outros. Uma competição que ao lado do Campeonato Carioca, históricamente falando, reunia os principais atletas e jogadores de futebol do Brasil. Naquele período, Rio Grande do Sul, Bahia e Minas Gerais eram apenas coadjuvantes.

Com pelo menos cinco ou seis meses de disputa, o Campeonato Regional de São Paulo era difícil, extenso, mas ao mesmo tempo, emocionante. Era tão importante conquistá-lo, esportivamente falando, como qualquer outro torneio de importância nacional ou internacional. Hoje, infelizmente, e também curiosamente, depois em que adotou um formato mais rápido em turno único com quadrangular final, o Campeonato Paulista tem sido menosprezado pelos torcedores das principais equipes do Estado e também por muitos jornalistas especializados. Vários jogadores, atletas profissionais, não dão mais o mesmo valor por ter este título em seu curriculum. Será que não estamos acompanhando mais uma inversão de valores num país de valores tão emocionais quanto individualistas. Ou é o resultado do predomínio da cultura das estratégias de marketing e interesses comerciais, numa modalidade esportiva que cada vez mais se assemelha a um tipo de negócio?

O Campeonato Paulista de Futebol 2011 e suas novidades

O Presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero (foto) já informou que o Campeonato Paulista de 2011 terá novidades em relação à edição passada. Nesta terça-feira, após reunião entre representantes dos 20 clubes e a Federação Paulista de Futebol, ficou definido que o torneio, agora, terá oito classificados para a fase final. Além disso, cada jogo terá seis árbitros: o trio de arbitragem tradicional, mais o quarto árbitro e dois auxiliares, um atrás de cada gol.

O jogo de abertura será em 16 de janeiro, em Lins. O Linense, campeão da Série A-2, receberá o Santos, atual campeão paulista. Entre os outros grandes, o Corinthians pega a Portuguesa, em casa, o São Paulo estreia contra o Mogi Mirim, no interior, e o Palmeiras recebe o Botafogo de Ribeirão Preto. Veja abaixo e confira, a tabela da 1ª rodada.

"Quanto mais olhos (árbitros), menor a chance de errar" disse Marco Polo Del Nero. No mais, as regras são as mesmas do ano passado: todos os times se enfrentam em turno único. A diferença é que não são mais quatro, e sim oito os classificados. Quartas de final e semifinal serão disputadas em jogo único, na casa do clube com melhor campanha. A decisão, em dois jogos, ocorre nos dias 8 e 15 de maio.

O novo formato agradou aos clubes, até mesmo os grandes. O presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, destacou a importância de uma fase eliminatória para atrair a torcida.

"Gostei dessa ideia de oito classificados, entendemos que é melhor para torcida, mídia etc. Por pontos corridos já temos o Brasileiro, então é legal mexer com a emoção do torcedor. O Santos entra para defender o título" garantiu o presidente.

O presidente da Federação, Marco Polo Del Nero, explicou a utilização de dois árbitros a mais em campo. Localizados atrás dos gols, eles não poderão interferir em marcações da arbitragem principal.

"A Fifa autorizou que colocássemos mais dois árbitros atrás dos gols. Quanto mais olhos, menor a chance de errar" destacou o presidente.

O Torneio do Interior está mantido, e só começa após a definição das semifinais. Isso porque se alguma equipe do interior do estado for eliminada nas quartas, ainda poderá disputar o prêmio de consolação.

Na tabela ainda consta o nome do Guaratinguetá, que está de malas prontas para Americana após o final da Série B do Brasileirão. No entanto, Marco Polo Del Nero confirmou que faltam apenas pequenos detalhes para a mudança ser consumada.

Jogos da 1ª Rodada do Paulistão 2011:

Linense x Santos
Mogi Mirim x São Paulo
Corinthians x Portuguesa
Palmeiras x Botafogo
Noroeste x Santo André
Guaratinguetá x Bragantino
São Bernardo x Grêmio Prudente
Mirassol x Ponte Preta
Paulista x Ituano
Oeste x São Caetano


Relembre todos os campeões paulistas da história:

2010 - Santos (campeão) Santo André (vice)

2009 - Corinthians (campeão) Santos (vice)

2008 - Palmeiras (campeão) Ponte Preta (vice)

2007 - Santos (campeão) São Caetano (vice)

2006 - Santos (campeão) São Paulo (vice)

2005 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

2004 - São Caetano (campeão) Paulista (vice)

2003 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

2002 - Ituano (campeão) União São João de Araras (vice)

2002 - São Paulo (campeão) Ituano (vice) - Supercampeonato

2001 - Corinthians (campeão) Botafogo (vice)

2000 - São Paulo (campeão) Santos (vice)

1999 - Corinthians (campeão) Palmeiras (vice)

1998 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

1997 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

1996 - Palmeiras (campeão) São Paulo (vice)

1995 - Corinthians (campeão) Palmeiras (vice)

1994 - Palmeiras (campeão) São Paulo (vice)

1993 - Palmeiras (campeão) Corinthians (vice)

1992 - São Paulo (campeão) Palmeiras (vice)

1991 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

1990 - Bragantino (campeão) Novorizontino (vice)

1989 - São Paulo (campeão) São José (vice) 

1988 - Corinthians (campeão) Guarani (vice) 

1987 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

1986 - Internacional  de Limeira (campeão) Palmeiras (vice)

1985 - São Paulo (campeão) Portuguesa (vice)

1984 - Santos (campeão) Corinthians (vice)

1983 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

1982 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

1981 - São Paulo (campeão) Ponte Preta (vice)

1980 - São Paulo (campeão) Santos  (vice)

1979 - Corinthians (campeão) Ponte Preta (vice)

1978 - Santos (campeão) São Paulo (vice)

1977 - Corinthians (campeão) Ponte Preta (vice)

1976 - Palmeiras (campeão) XV de Piracicaba (vice)

1975 - São Paulo (campeão) Portuguesa (vice)

1974 - Palmeiras (campeão) Corinthians (vice)

1973 - Santos e Portuguesa  (campeão) Palmeiras (vice)

1972 - Palmeiras (campeão) São Paulo (vice)

1971 - São Paulo (campeão) Palmeiras (vice)

1970 - São Paulo (campeão) Palmeiras e Ponte Preta (vice)

1969 - Santos (campeão) Palmeiras (vice)

1968 - Santos (campeão) Corinthians (vice)

1967 - Santos (campeão) São Paulo (vice)

1966 - Palmeiras (campeão) Corinthians (vice)

1965 - Santos (campeão)  Palmeiras (vice)

1964 - Santos (campeão)  Palmeiras (vice)

1963 - Palmeiras (campeão) São Paulo (vice)

1962 - Santos (campeão)  Corinthians e São Paulo (vice)

1961 - Santos (campeão) Palmeiras (vice)

1960 - Santos (campeão) Portuguesa (vice)

1959 - Palmeiras (campeão) Santos (vice)

1958 - Santos (campeão) São Paulo (vice)

1957 - São Paulo (campeão) Santos (vice)

1956 - Santos (campeão) São Paulo (vice)

1955 - Santos (campeão) Corinthians (vice)

1954 - Corinthians (campeão) Palmeiras (vice)

1953 - São Paulo (campeão) Palmeiras (vice)

1952 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

1951 - Corinthians (campeão) Palmeiras (vice)

1950 - Palmeiras (campeão) Santos e São Paulo (vice)

1949 - São Paulo (campeão) Palmeiras (vice)

1948 - São Paulo (campeão) Santos (vice)

1947 - Palmeiras (campeão) Corinthians (vice)

1946 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

1945 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

1944 - Palmeiras (campeão) São Paulo (vice)

1943 - São Paulo (campeão) Corinthians (vice)

1942 - Palmeiras (campeão) Corinthians (vice)

1941 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

1940 - Palestra Itália (campeão) Portuguesa (vice)

1939 - Corinthians (campeão) Palestra Itália (vice)

1938 - Corinthians (campeão) São Paulo (vice)

1937 - Corinthians (campeão) Palestra Itália (vice)

1936 - LPF: Palestra Itália (campeão) Corinthians (vice)

1936 - APEA:  Portuguesa (campeão) Ypiranga (vice)

1935 - LPF:  Santos (campeão) Palestra Itália (vice)

1935 - APEA:  Portuguesa (campeão) Ypiranga (vice)

1934 - Palestra Itália (campeão) São Paulo da Floresta (vice)

1933 - Palestra Itália (campeão ) São Paulo da Floresta (vice)

1932 - Palestra Itália (campeão) São Paulo da Floresta (vice)

1931 - São Paulo da Floresta (campeão) Palestra Itália e Santos (vice)

1930 - Corinthians (campeão) São Paulo da Floresta (vice)

1929 - APEA: Corinthians (campeão) Santos (vice)

1929 - LAF: Paulistano (campeão) Internacional (vice)

1928 - LAF: Internacional (campeão) Paulistano (vice)

1928 - APEA: Corinthians (campeão) Santos (vice)

1927 - APEA: Palestra Itália (campeão) Santos (vice)

1927 - LAF: Paulistano (campeão) Hespanha (vice)

1926 - APEA:  Palestra Itália (campeão) Auto SC (vice)

1926 - LAF : Paulistano (campeão) Germânia (vice)

1925 - São Bento (campeão) Paulistano e Corinthians (vice)

1924 - Corinthians (campeão) Paulistano (vice)

1923 - Corinthians (campeão) Palestra Itália (vice)

1922 - Corinthians (campeão) Palestra Itália (vice)

1921 - Paulistano (campeão) Corinthians e Palestra Itália (vice)

1920 - Palestra Itália (campeão) Paulistano (vice)

1919 - Paulistano (campeão) Palestra Itália (vice)

1918 - Paulistano (campeão) Corinthians (vice)

1917 - Paulistano (campeão) Palestra Itália (vice)

1916 - LPF: Corinthians (campeão) União da Lapa (vice)

1916 - APEA: Paulistano (campeão) São Bento (vice)

1915 - LPF: Germânia (campeão) Campos Elíseos (vice)

1915 - APEA: AA das Palmeiras (campeão) Mackenzie (vice)

1914 - LPF: Corinthians (campeão) Campos Elíseos (vice)

1914 - APEA: São Bento (campeão) Paulistano (vice)

1913 - LPF: Americano (campeão) Ypiranga (vice)

1913 - APEA: Paulistano (campeão) Mackenzie (vice)

1912 - Americano (campeão) Paulistano (vice)

1911 - São Paulo Athletic (campeão) Americano (vice)

1910 - AA das Palmeiras (campeão) Americano (vice)

1909 - AA das Palmeiras (campeão) Paulistano (vice)

1908 - Paulistano (campeão) Germânia (vice)

1907 - SC Internacional (campeão) Paulistano e Americano (vice)

1906 - Germânia (campeão) SC Internacional (vice)

1905 - Paulistano (campeão) Germânia (vice)

1904 - São Paulo Athletic (campeão) Paulistano (vice)

1903 - São Paulo Athletic (campeão) Paulistano (vice)

1902 - São Paulo Athletic (campeão) Paulistano (vice)

Um campeonato disputado desde 1902 não pode ser desprezado! Está em nossas raízes e nas melhores tradições do futebol brasileiro. Que seja então, uma grande disputa em honra dos antepassados de todos nós!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Farsa de Sete Lagoas

A história do futebol brasileiro está repleta de episódios de "jogos de cena" (mise en scène). Infelizmente... Em mais de trinta e cinco anos como fã ardoroso do esporte bretão, já tinha visto lambanças, encenações, palhaçadas, mas nunca, o que o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique e os bandeirinhas Alessandro Álvaro Rocha e Erich Bandeira, fizeram na partida entre o Atlético - MG e o Palmeiras, disputada em Sete Lagoas, na noite desta quarta-feira (27/10/2010).

O fato a destacar é que o Palmeiras foi muito prejudicado pela arbitragem em Sete Lagoas. Poderia ter ganho por 2 a 0, acabou empatando em 1 a 1. Numa fase eliminatória, em que ainda por cima o gol fora tem peso maior, erros nessa proporção são simplesmente inaceitáveis. Deixam a gente muito triste, descrente de poder acreditar no que acontece no mundo do futebol brasileiro.

O erro mais grave de todos não foi técnico. Está mais do que claro que houve interferência externa. Alguém, não sei quem, avisou ao bandeira Alessandro Matos do impedimento de Lincoln no lance do pênalti. Muitos, agora, depois do prejuízo ocorrido, irão minimizar e negar esta possibilidade. Estamos no País em que os "mortos" tem sua conduta julgada e condenada, porque se deixaram ser "assassinados".

O Palmeiras prepara um protesto formal à Conmebol. Não duvido que o árbitro Marcelo de Lima Henrique sofra alguma punição. Mas, logo depois do período de gancho, voltará a apitar normalmente.

E é muito pouco, dadas as circusntâncias. Há quem diga que era caso de anulação do jogo. O desgaste emocional sofrido por uma equipe de futebol quando sofre injustiças não tem como ser medido. O lado intuitivo dos atletas que é sempre muito importante na hora da decisão das jogadas fica evidentemente perturbado.

O que acontece dentro das quatro linhas não deve ser alterado. Mas, no caso de Atlético/MG x Palmeiras, uma decisão importante foi tomada fora do campo. Essa decisão não poderia ter tanto valor assim! Fica claro que o time de Palestra Itália não tem mesmo força de lobby alguma nos bastidores do jogo, senão isto não teria acontecido novamente com o alviverde das crises que são reforçadas constantemente! Os times que atualmente estão na crista da onda e são bajulados pela grande maioria dos jornalistas dito especializados, times de gente realmente poderosa no contexto nacional, não são tão prejudicados desta maneira. Estão na ponta de competições e disputando títulos.
 
Seus presidentes vão a programas de TV, reclamam que foram prejudicados e não são nem contestados. Parece que existem dois pesos e duas medidas. Para os mais fortes e para os mais fracos. O que apoiaram o "rei" e os que não o apoiaram. Basta eterna dúvida e a forma de tentar demonstrar com provas, quem é o "rei"?
 
O Palmeiras atualmente é a quarta ou quinta força política nos bastidores do esporte futebol em São Paulo.
 
A Fúria de Scolari
 
Luiz Felipe Scolari até tentou se conter e não comentar sobre a arbitragem no empate em 1 a 1 entre Palmeiras e Atlético-MG, pela primeira partida das quartas de final da Copa Sul-Americana. Mas o silêncio do treinador palmeirense durou pouco depois da partida em Sete Lagoas. Depois de ter dito que não falaria sobre o assunto e que faria um protesto em súmula, Scolari acabou comentando sobre o desempenho do trio comandado por Marcelo de Lima Henrique.

De acordo com Felipão, o Palmeiras foi informado sobre uma suposta informação de fora do campo, que teria influenciado na decisão da arbitragem de voltar atrás no pênalti marcado na segunda etapa a favor do Alviverde. No lance, Lincoln foi derrubado, e o juiz logo apontou a penalidade. Depois de conversar com o auxiliar Alessandro Álvaro Rocha Matos, porém, mudou a opinião e marcou impedimento do meia palmeirense na jogada.

"A partir de hoje, vamos fazer uma pesquisa, porque nos foi passado que o bandeira recebeu uma informação pelo rádio de alguém de fora das quatro linhas. Vamos pesquisar para saber que equipe de TV, rádio, que força tem esse pessoal para influenciar no pênalti que tinha sido marcado" reclamou Felipão.

Os jogadores do Palmeiras também reclamaram da indefinição da arbitragem. Valdivia, que deixou o jogo ainda na primeira etapa, por sentir dores na parte posterior da coxa esquerda, disse que preferia deixar o assunto para a diretoria.

"Não podemos falar da arbitragem, senão vamos pegar um gancho f... e o único prejudicado seria eu. Isso fica com a diretoria" afirmou o meia chileno.

O Palmeiras acionará, a partir desta quinta-feira, seu departamento jurídico para cuidar do caso. A reclamação do Alviverde deve chegar à Conmebol por meio da Confederação Brasileira de Futebol.

"Isso foi uma brincadeira. Vamos fazer um protesto veemente na Conmebol. Chegando em São Paulo, vou acionar o departamento jurídico. Quero que o árbitro seja punido pelo que ele fez no campo. Vou me basear nisso, não quero pensar nisso. Seria um absurdo" afirmou Wlademir Pescarmona, diretor de futebol do time paulista, descartando algum tipo de relação entre o erro na partida e o retorno do G-4 ao Campeonato Brasileiro.

Será que estas coisas estão ocorrendo sempre com o Verdão, porque o clube não tem apoiado fora do campo de jogo, as personalidades e celebridades "certas" na vida política, pública e esportiva do País? Se isso for verdade, seria lamentável. Vamos aguardar... Afinal de contas, esta tribuna é livre, mas há qualquer momento pode deixar de ser e todos nós que pensamos diferente podemos ser acusados de mentores ou criadores de verdadeiras teorias da conspiração. Mais uma vez, espero estar totalmente equivocado.

Tire as suas dúvidas sobre o penalti marcado a favor do Atlético - MG e confira tudo que aconteceu no jogo, acessando o link abaixo. Que a conclusão final seja sua! Para mim, sobra apenas desapontamento... Estão fazendo de tudo para transformar o Palmeiras em uma nova Portuguesa de Desportos, o clube que perdeu força dentro do cenário esportivo nacional depois de tantas vezes prejudicado pelas arbitragens, no campo de jogo!

Atlético - MG 1 x 1 Palmeiras

Crédito da foto: Lance/ Ramon Bittencourt
Imagens: youtube

domingo, 24 de outubro de 2010

Corinthians do Lula 1 x 0 Palmeiras do Serra

Acabou mais um Derby Paulista. No dia em que o Atléta do Século, Pelé, celebra 70 anos de idade, o Corinthians (time do Presidente Lula - PT) derrota o Palmeiras (time do candidato à Presidência da República José Serra - PSDB) por 1 a 0.

Depois de reclamar muito das arbitragens, que parece, estão "prejudicando" a sua equipe, o Presidente do Timão, Andres Sanchez, também integrante do Partido dos Trabalhadores, deve ter comemorado a escolha de Héber Roberto Lopez, o juiz mais "caseiro" e burocrático do Brasil, para apitar a partida deste domingo (24/10/2010), no estádio do Pacaembú.

No primeiro turno, quando o mesmo Presidente do Corinthians ainda não "reclamava" tanto, o árbitro Paulo César de Oliveira validava gol em total impedimento do atacante alvinegro Jorge Henrique (de letra) depois de receber um passe do colega atacante Iarley. Naquela oportunidade, o jogo terminou em 1 x 1, com a maior parte da torcida do estádio (o mando era do Palmeiras) saindo frustrada.

Verdade seja dita, neste domingo, não houve nenhum "erro" de arbitragem favorececendo ou prejudicando, alguma das duas equipes.

Corinthians vence Palmeiras e afasta má fase

Neste domingo (24/10/ 2010), após sete jogos, enfim o Corinthians voltou a vencer no Campeonato Brasileiro. O triunfo voltou ao caminho do time justamente no clássico com o Palmeiras, vencido por 1 a 0 neste domingo no Pacaembu, na estreia de Tite no comando alvinegro. De quebra, a equipe do Parque São Jorge encerrou uma sequência de sete partidas sem derrotas do rival alviverde. O último revés ocorreu no jogo com o São Paulo, também no Pacaembu. Bruno César fez o gol solitário da partida.

O Corinthians chega a 53 pontos na tabela do torneio, colocando pressão no Cruzeiro, que enfrenta o Atlético-MG ainda neste domingo. O time também contou com o tropeço do Fluminense, que foi derrotado pelo Atlético-PR na Arena da Baixada. Já o Palmeiras fica no meio da tabela, com 44 pontos, mas distante da briga por uma vaga na Copa Libertadores via Campeonato Brasileiro.

O jogo contou com a presença de Mano Menezes, ex-técnico do Corinthians e atual comandante da Seleção Brasileira, nos camarotes do Pacaembu. O treinador acompanha as principais partidas do Brasileiro para observar jogadores passíveis de convocação.

Tite escalou o Corinthians em sua equipe "ideal", com uma linha de quatro na defesa e um forte meio de campo. Jucilei e Ralf formaram a dupla de volantes, enquanto Bruno César e Elias ficaram responsáveis pela criação. Na frente, setor em que o time mais sofre com desfalques, Iarley fez companhia a Ronaldo.

Já o Palmeiras teve surpresas a seu torcedor. Titular no confronto com o Universitario de Sucre, pela Copa Sul-Americana, Valdivia ficou como opção no banco. O técnico Luiz Felipe Scolari escalou Lincoln entre os titulares, com Luan no ataque ao lado de Kleber. Na lateral direita, o garoto Luiz Felipe fez sua estreia como profissional.

Bruno César abre o placar com um golaço

O jogo começou animado, com as equipes trocando passes de primeira no meio de campo e dando trabalho às defesas. Aos 7 minutos, Jucilei dominou pela esquerda e chutou cruzado, mandando a bola com perigo à esquerda do gol de Deola. O Corinthians era quem arriscava mais, e ameaçou novamente aos 12 minutos, em chute de Ronaldo que foi por cima do gol.

O Palmeiras esperava o adversário, atraindo o time alvinegro à sua defesa. Elias e Bruno César trocavam passes com velocidade, mas não conseguiam entrar na área. E foi num chute de longe que o placar foi alterado, aos 22 minutos. Bruno César arriscou de fora da área e contou com desvio em Marcos Assunção para enganar Deola e marcar seu 12º gol no Brasileiro.

A equipe alviverde passou a sair mais para o jogo após ser vazada, dando trabalho a Júlio César. Aos 25 minutos, o goleiro defendeu em lance cruzado pela esquerda que contou com desvio de Kleber. Dois minutos depois, o arqueiro agarrou com segurança depois de falta cobrada por Marcos Assunção.

O Palmeiras passou a trocar passes no meio de campo, procurando espaços na defesa corintiana, mas quem ameaçou foi o rival. Aos 35 minutos, Ronaldo tocou para Iarley, mas a bola passou e encontrou Bruno César. O meia chutou forte e Deola fez grande defesa. Marcos Assunção teve nova chance em bola para aos 40 minutos, mas acertou a barreira.

O Segundo Tempo

A atuação tímida do Palmeiras no primeiro tempo fez com que Felipão resolvesse mudar o time no intervalo. A equipe voltou com Valdivia e Patrik no lugar de Lincoln e Luiz Felipe. E quem ameaçou nos primeiros minutos foi o Corinthians, em chute cruzado de Iarley que passou perto da trave esquerda de Deola.

Marcos Assunção era quem ameaçava o gol corintiano, tanto na bola parada quanto em cruzamentos. O meio-campista cobrou falta aos 10 minutos, e viu Júlio César defender. O Corinthians parou de jogar, e o Palmeiras usava chutes de longe para buscar o empate. O time alvinegro só voltou a criar perigo aos 17 minutos, em falta de Chicão que passou próximo ao gol de Deola.

Como o Corinthians apostava no contra-ataque, o time alviverde ficou mais no ataque, e o Júlio César voltou a se destacar. Primeiro ele defendeu cabeçada de Luan aos 23 minutos. Cinco minutos depois, o goleiro fez uma linda defesa em cobrança de falta de Marcos Assunção que buscava o ângulo.

Os contragolpes do Corinthians não funcionavam, mas a equipe não dava espaços ao Palmeiras atacar. O time passou a tocar a bola no campo de ataque, buscando gastar o tempo que ainda restava. Nos minutos finais, o clássico teve seu ânimo esquentado, quando Ronaldo arriscou uma jogada de efeito e Edinho acertou entrada em Jucilei.
 
Uma ironia do destino. Desta vez, Ronaldo saiu de campo com uma vitória sobre o arqui-inimigo Palmeiras, mas foi incapaz de deixar a sua marca nas redes do Verdão. Quando Ronaldo marca gol no Palmeiras, o Corinthians não ganha o Derby. Para o Timão, o momento é de dar a volta por cima e tentar finalmente conquistar um título, no ano do tão festejado centenário. Ao Palmeiras, batido depois de oito partidas, basta sacudir a poeira e vencer o Atlético - MG no meio de semana, pela Sul-Americana.
 
Por uma "coincidência" do destino, para quem acredita nisso, Fluminense e Cruzeiro também não venceram seus jogos na rodada e deram ao Timão, o "fôlego" que ele precisava. E para completar, o time do Lula deu uma "surra" no time do Serra! Vai valer a pena ter participado daquela festa de uma torcida só, em pleno Vale do Anhangabaú, não é Presidente???

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A Taça Libertadores é obsessão...

"A Taça Libertadores é obsessão, tem que jogar com a alma e o coração"... Assim cantam muitas torcidas de grandes times brasileiros, deixando clara a importância da participação e da disputa no mais importante torneio de futebol do continente. É onde se encontram, em tese, os melhores times dos melhores países. Mas, será que uma Copa, uma competição que se divide entre fase de grupos e depois mata-mata, tem mesmo que ser o objetivo mais importante dentro do cronograma de treinamentos das maiores equipes do Brasil? O próprio campeonato brasileiro da modalidade parece que perde uma certa importância, se comparado ao torneio organizado pela Conmebol - Confederação Sul-Americana de Futebol. Isso sem falar nos regionais, praticamente desvalorizados e na Copa do Brasil e agora a Sul-Americana, que só ganham repercussão porque são competições intermediárias, meios para se atingir a um fim, a própria Libertadores.

Libertadores

A Copa Libertadores da América ou Taça Libertadores da América, cujo nome oficial atual é Copa Santander Libertadores por motivos de patrocínio é a principal competição de futebol entre clubes profissionais da América do Sul, organizada pela Conmebol - Confereração Sul-Americana de Futebol. É disputada desde 1960. Desde 1998, quando começou a ser patrocinada pela montadora japonesa Toyota, aceita também a participação de equipes do México.

A partir de 2008, o patrocinador oficial da competição passou a ser o Grupo Santander (espanhol). O nome do torneio é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul: José Artigas, Simón Bolívar, Dom Pedro I, José de San Martín, Antonio José de Sucre e Bernardo O'Higgins. É uma das competições entre clubes mais prestigiadas juntamente com a Liga dos Campeões da Europa.

Da primeira edição em 1960 até 2004, o campeão da Libertadores enfrentava o campeão da Liga dos Campeões da Europa em uma ou duas partidas, no que se chamava de Mundial Interclubes, Copa Intercontinental ou ainda Copa Europeia/Sul-Americana. Somente a partir de 2005, o campeão da Libertadores passou a disputar a Copa do Mundo de Clubes da FIFA (FIFA Club World Cup), competição criada em 2000 e que reúne os campeões de todos os continentes.

Em março de 2009, a Conmebol anunciou a criação de um torneio continental feminino, com a participação de 10 clubes sendo um de cada país associado. A primeira Copa Libertadores Feminina foi realizada no Brasil e classificou uma equipe para o também inédito Mundial de Clubes Feminino da FIFA. A equipe brasileira do Santos sagrou-se campeã.

A forma de classificação para a competição é geralmente baseada nos resultados dos campeonatos nacionais dos países do continente, assim como a Liga dos Campeões da UEFA, na Europa. Mas há confederações que se utilizam de torneios próprios, independentes dos campeonatos nacionais propriamente ditos, para definir pelo menos algumas vagas como a Copa do Brasil, no Brasil, desde 1989, a Liguilla Pré-Libertadores, no Uruguai, desde 1974, e a InterLiga no México, a partir de 2004. Conheça então, todos os campeões do torneio mais desejado do continente:

Os campeões

1960 - Peñarol (Uruguai)
1961 - Penãrol (Uruguai)
1962 - Santos
1963 - Santos
1964 - Independiente (Argentina)
1965 - Independiente (Argentina)
1966 - Peñarol (Uruguai)
1967 - Racing (Argentina)
1968 - Estudiantes (Argentina)
1969 - Estudiantes (Argentina)
1970 - Estudiantes (Argentina)
1971 - Nacional (Uruguai)
1972 - Independiente (Argentina)
1973 - Independiente (Argentina)
1974 - Independiente (Argentina)
1975 - Independiente (Argentina)
1976 - Cruzeiro
1977 - Boca Juniors (Argentina)
1978 - Boca Juniors (Argentina)
1979 - Olimpia (Paraguai)
1980 - Nacional (Uruguai)
1981 - Flamengo
1982 - Peñarol (Uruguai)
1983 - Grêmio
1984 - Independiente (Argentina)
1985 - Argentinos Juniors (Argentina)
1986 - River Plate (Argentina)
1987 - Peñarol (Uruguai)
1988 - Nacional (Uruguai)
1989 - Atlético Nacional (Colômbia)
1990 - Olimpia (Paraguai)
1991 - Colo-Colo (Chile)
1992 - São Paulo
1993 - São Paulo
1994 - Vélez Sarsfield (Argentina)
1995 - Grêmio
1996 - River Plate (Argentina)
1997 - Cruzeiro
1998 - Vasco da Gama
1999 - Palmeiras
2000 - Boca Juniors (Argentina)
2001 - Boca Juniors (Argentina)
2002 - Olimpia (Paraguai)
2003 - Boca Juniors (Argentina)
2004 - Once Caldas (Colômbia)
2005 - São Paulo
2006 - Internacional
2007 - Boca Juniors (Argentina)
2008 - LDU de Quito (Equador)
2009 - Estudiantes (Argentina)
2010 - Internacional

A Volta do G4 no Brasileirão 2010

A Conmebol resolveu em reunião nesta segunda-feira devolver uma vaga brasileira na Taça Libertadores. Com isso, o quarto colocado do Brasileirão passa novamente a ter direito a uma lugar na principal competição do continente. A decisão foi tomada depois que a CBF reclamou a perda de um posto no torneio e teve a requisição avaliada nesta segunda-feira (18/10/2010).

O imbróglio começou quando a Conmebol anunciou, há cerca de um mês, que o país do campeão da Libertadores teria uma vaga a menos na edição seguinte, por conta de o próprio campeão ser o ocupante deste posto. O que estava previamente acordado é que o país do vencedor da Copa Sul-Americana teria uma vaga a menos (dada a este campeão).

Como o Internacional é o atual detentor do título da Libertadores, o Brasil perderia uma de suas vagas, mais especificamente a do quarto colocado do campeonato nacional. Mesmo com a decisão desta segunda, a hipótese de o G-4 voltar a virar G-3 ainda existe. Para isto, basta que algum clube brasileiro seja campeão da Copa Sul-Americana (Palmeiras, Atlético-MG, Goiás e Avaí seguem vivos na disputa).

Se o Brasileirão terminasse hoje, o Atlético-PR, sexto colocado (46 pontos), seria o último classificado tupiniquim para a Libertadores 2011. Isto ocorre porque Santos (quarto) e Internacional (quinto) já têm suas vagas garantidas por serem, respectivamente, campeões da Copa do Brasil e da Libertadores 2010. Os outros três classificados seriam Cruzeiro, Fluminense e Corinthians (no momento, os três primeiros do Brasileirão).

O retorno da quarta vaga vai esquentar ainda mais a reta final do Brasileiro. A oito rodadas do fim, seis clubes estão separados por cinco pontos e têm condições de brigar. São eles: Atlético-PR (46), Grêmio (46), Botafogo (45), São Paulo (44), Palmeiras (44) e Vasco (41). Então, é isso aí! Tem mesmo que jogar com garra, com raça e com coração! Vale vaga na elite do futebol do continente... Somente para os melhores! Principio do esporte reservado por merecimento, somente aqueles que superam seus limites dentro do espaço de competição, que demonstram tecnicamente, que foram realmente os melhores e sem nenhuma forma de apadrinhamento... Seria tão bom se não existissem esquemas e lobbys extra-campo! Não é verdade?

Imagens de Divulgação: Santander/ Libertadores

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As más arbitragens de sempre

Quem acompanhou a última rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol 2010 e ainda acredita que o esporte que está virando um negócio deveria ser mais justo, deve ter ficado cismado com dois gols anulados em duas importantes partidas disputadas por duas equipes pretendentes ao título máximo desta temporada. Um dos lances aconteceu no jogo do líder Cruzeiro, que estava enfrentando o Grêmio em Porto Alegre. A sensação que ficou para os torcedores mais observadores é que desta vez, o time líder não podia disparar mesmo.

O sempre polêmico (já validou até gol com o braço em um São Paulo x Palmeiras), Paulo César de Oliveira, teve que ouvir poucas e boas do técnico Cuca, do Cruzeiro, revoltado com a anulação de um gol do atacante Wellington Paulista, aos 20 minutos, quando a partida estava empatada em 1 a 1.

"Estou disputando um título e tenho um gol que valeu anulado. Não adianta. Deixa... Vamos embora. Ele mete a mão. Gol que não está impedido ele anula. E o gol que você faz para ganhar o jogo, ele dá impedimento onde não tem. Não quero falar besteira, mas..." - disse o treinador.

Outro ponto de reclamação da equipe celeste com a arbitragem de São Paulo, é no excesso de acréscimos do primeiro tempo. Foi no último minuto, aos 49, que o Grêmio conseguiu o gol de empate, marcado por Júnior Viçosa.

No jogo do Corinthians (também interessado no título) em Campinas, diante do Guarani, um dos gols marcados pelo sempre eficiente Ronaldo Fenômeno (apesar de ainda fora do peso) e depois anulado, foi também clamorosa, a falha do trio de arbitragem comandado, coincidentemente, por outro juiz paulista, o também sempre polêmico, Sálvio Spínola Fagundes Filho.

"Falar o que (da arbitragem), meu Deus? Estamos ali para fazer (o gol) e hoje (domingo, 17/10/2010), a arbitragem foi péssima. No meu modo de ver, (o árbitro) estava perdido no jogo em vários momentos, dois gols anulados. Está todo mundo sujeito... " - também reclamou, o Fenômeno.

Mas, conhecem aquele ditado: "aos perdedores, as batatas"? Acaba sendo o resultado final da competição, o que realmente conta. E os meios, sempre justificam os fins e os objetivos principais. Não gosto de advogar teorias da conspiração, mas num esporte onde tantos erros acontecem atualmente e nada se moderniza, se altera, fica sempre a desconfiança no ar. O futebol, onde as regras são sempre "interpretadas", ao bel prazer dos árbitros, fica sendo o esporte da malandragem, em que algo pode estar sempre rolando por fora. Nos países de cultura latina, muito mais do que os outros, esta é uma combinação que acaba sempre favorecendo a corrupção. Há quem interessa este tipo de perturbação, com suspeita de ingerência?

Correção de arbitragem, no futebol, mas nem nas telas de playstation, onde as simulações eletrônicas da moda (FIFA 11 ou PES 11), fazem de tudo para ser cada vez mais fiéis. Lá também são mostrados os erros de arbitragem. Parece até que para influenciar uma consciência coletiva nos fãs do esporte.

Então... O que fazer, diante das más arbitragens de sempre? Como fã genuíno apaixonado pelo esporte e não somente por uma determinada agremiação, estou chateado com o cenário atual. Acabo sempre ficando "rendido". Será que teremos modificações algum dia?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Queda de Treinador

De repente, um zagueiro não corta uma bola fácil... Alguns jogadores considerados "titulares" não saem do Departamento Médico... Aquele volante, antes "confiável", não marca mais ninguém... Os atacantes se perdem em jogadas fáceis... Derrotas, antes impensáveis, acabam acontecendo. Os torcedores, antes fiéis, se irritam facilmente e elegem estes ou aqueles bode expiatórios como os principais responsáveis pelo resultado do jogo.

Comenta-se até que o técnico, o treinador sempre  responsável pelo comando de um grupo de atletas de "elite", mesmo que seja na direção do Time do "Povo", perdeu a sua ascendência sobre os jogadores que não o respeitam mais, ou que nunca o respeitaram, desde o primeiro momento em que foi contratado. Vai ver não estava utilizando em seu esquema de jogo também, algum dos jogadores preferidos e escolhidos a dedo para ter sua oportunidade, deste ou daquele empresário famoso.

Geralmente, é assim que acontece, antes da queda de um treinador, uma das peças mais frágeis no cínico jogo dos bastidores de uma equipe de clube grande, dentro do famigerado futebol brasileiro. Um ambiente que transpira e celebra muita malandragem e esperteza. Nem sempre à serviço do seu torcedor.

Foi assim que aconteceu com o técnico Adilson Batista do Corinthians, no último domingo (10/10/2010), frente ao Atlético - GO, e em pleno Pacaembu, na derrota por 4 x 3. E olhem que o elenco ainda ensaiou uma reação, para deixar evidente que poderia mais. Cinismos e hipocrisias se misturam num caldeirão de mentiras que acaba por deixar claro que mais uma vez, a corda se esvai e se rompe, sempre do lado mais fraco. Resta apenas uma pergunta: se o técnico era tão incompetente, porque foi contratado? Será que apenas para se poder apontar um responsável, no caso de um fracasso perante a opinião pública?

Na coletiva de imprensa que sempre acontece no final das partidas, Adilson Batista não deixava totalmente claro se havia pedido realmente demissão do cargo, ou se tinha sido convidado a se retirar do comando do Corinthians em pleno ano do tão festejado Centenário.

Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians

Na partida disputada na noite desta quarta-feira (13/10/2010), só deu Vasco. No primeiro tempo, a equipe de São Januário foi soberana. Preocupado demais em proteger a sua defesa, desgastada pelos 14 gols em seis jogos, o Timão do interino Fábio Carille, que até o Presidente Andres Sanchez desconhece quem seja, se resguardou demais no início da partida, enquanto o clube carioca aproveitou bem os espaços pelas pontas.

Foi assim que chegou ao primeiro gol, aos dez minutos. Carlinhos fez bom cruzamento da esquerda e Zé Roberto, sozinho em posição de impedimento, completou para a rede. De qualquer maneira, a zaga corintiana nada fez para tentar evitar o gol. Parou, como se estivesse em pane. Do mesmo jeito das últimas rodadas.

Zé Roberto e Felipe comemoram o primeiro gol do Vasco no jogo. Por falar nisso, aos 21, novamente o Vasco soube, inteligentemente, aproveitar as falhas defensivas do rival. Felipe deu ótima assistência para Eder Luis. O atacante entrou em velocidade na grande área e chutou colocado, no canto esquerdo de Julio Cesar. Depois do segundo gol, os anfitriões diminuíram o ritmo.

Mas e o Corinthians? O Corinthians errou passes, perdeu bolas e não teve chance alguma de reação. E quando a fase é ruim, até Chicão, um exímio cobrador de falta, acabou acertando o companheiro William em vez do gol. E o Timão ainda teve uma baixa. Aos 29, Alessandro, machucado, deu lugar a Boquita.

Melhor para o Vasco. Envolvente e com Felipe em noite inspirada, os donos da casa colocaram o Corinthians na roda. Pelas pontas, pelo meio... O Timão só chegou com perigo real aos 18, quando Danilo cruzou, e Iarley acabou perdendo gol incrível. Apenas um detalhe perto dos inúmeros erros de passe e de posicionamento.

Timão em desgaste

No retorno para a segunda etapa, as duas equipes estavam com as mesmas formações. E as mesmas posturas. O Vasco tentando o terceiro gol, e o Corinthians ainda tentando se achar em campo, mas encontrar forças para reagir.

Logo em seguida, vaias. Souza deixou o campo para entrada do argentino Matías Defederico. Na saída, reprovado por corintianos e vascaínos, o atacante fez gestos obscenos para os cariocas. Ouviu em troca um “Uh, vai morrer, uh, vai morrer”.

Com a entrada do argentino, o Timão esperava ter mais velocidade. Mas não, a noite não estava para os paulistas. Mesmo com o Vasco mais lento, cadenciando o jogo, a equipe pouco fazia para reagir.

O Vasco, então, resolveu não correr riscos. Administrou sua vantagem, tocou a bola de um lado para o outro, deixou o adversário ainda mais nervoso e investiu nas bolas paradas. Mas não conseguiu ampliar o marcador. Ampliou, sim, a crise no Corinthians e sua autoestima.

O Vasco dominou praticamente o jogo inteiro, inclusive, o Fernando Prass só foi trabalhar mesmo faltando dez minutos para o final, e mesmo assim não foi muito exigido.

Souza, na etapa final, ao tentar dominar uma bola caiu sozinho, e na sequência foi substituído pelo Defederico que infelizmente teve pouco tempo para demonstrar alguma coisa.

O "sócio do clube", Ronaldo Fenômeno, anunciou que voltará contra o Guarani no próximo domingo (17/10/2010), mas, infelizmente para seus torcedores, o Corinthians começa a dar adeus a um título que estava praticamente nas suas mãos… Será que a queda de treinador, aconteceu mesmo em boa hora? Ou o corintiano deve lamentar mesmo, é a saída de Mano Menezes para a Seleção Brasileira? De toda forma, tudo isso se deve também, ao fantástico poder político outorgado pelos corintianos ao Presidente Andres Sanchez...

Crédito da Foto: Jornal O Globo.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Palmeiras: como é lindo te ver golear!

Olha... Fazia tempo! Na noite desta quinta-feira (07/10/2010), no Estádio Municipal do Pacaembu, o Palmeiras realmente se sentiu em casa e goleou a equipe do Avaí por 4 x 1. Foi o troco, por uma derrota indigesta no primeiro turno, lá na Ressacada e na hora errada, momento da estreia do Felipão.

Desta vez, o time da Ilha de Santa Catarina sucumbiu diante de um Verdão rápido, marcador, e com toque de bola insinuante. E o melhor... O Mago Valdívia desencantou e demonstrou que de fato está de volta, com uma grande atuação. Marcou dois gols. Os outros dois, foram de Kleber (em cobrança de penalti), o eterno Gladiador e de Gabriel Silva, o ala revelação da Taça São Paulo de Futebol Júnior.

E o Palmeiras consolida a fase de ascenção e prova que está em alta. Agora, todo o cuidado é pouco, já que a partida da próxima rodada, será contra o Botafogo da família Montenegro, lá no Engenhão! Vamos torcer para que tenhamos realmente, uma arbitragem compromissada apenas com o espetáculo de futebol!

Goleada para lavar a alma

O início do jogo já começou disputado. Logo após o apito inicial do árbitro Cláudio Francisco Lima Silva, o chileno Valdivia driblou o ataque do time adversário, levando a bola pelo meio, mas logo foi desarmado. Porém, o Avaí não demorou muito para responder e aos 3 minutos de jogo, Davi recebeu uma bola na pequena área Alviverde, tocou na saída de Deola e a bola explodiu no travessão, dando um susto em todos os palestrinos.

E aos 11 minutos de jogo, o zagueiro Gabriel cometeu uma falta na intermediária em cima de Kleber. Ótima oportunidade de bola parada para o Verdão abrir o placar. E Marcos Assunção não desperdiçou. O lançamento perfeito na entrada da grande área adversária tinha endereço: Valdivia. A bola desviou na cabeça do chileno para balançar pela primeira vez a rede no Pacaembu: Palmeiras 1 x 0 Avaí.

E El Mago comemora seu primeiro gol após o seu retorno ao Verdão. O último foi contra o Vitória, há 13 jogos. Empolgado com o resultado, o Palmeiras teve outra oportunidade de gol aos 14 minutos de jogo, quando o chileno foi derrubado na intermediária e Marcos Assunção seguiu a jogada, mas chutou a bola por cima do goleiro Zé Carlos.

Mas o gol não intimidou o time adversário. Avaí começou muito bem ofensivamente e, nos minutos seguintes, teve várias oportunidades para igualar o placar. Mas Deola, sempre bem posicionado fez grandes defesas.

Aos 32 minutos de jogo, o volante Bruno Silva cometeu uma falta duríssima em cima de Kleber, que sairia limpo na frente do gol. Por causa deste lance, o volante levou seu terceiro cartão amarelo.

Em cobrança de escanteio, o zagueiro Gabriel cabeceou para o gol alviverde. Aos 37 minutos, a bola bate em Edinho, que demorou a reagir e sobrou para Roberto finalizar, marcando para o time da Ressacada. Palmeiras 1 x 1 Avaí.

No final do primeiro tempo, o time da Ressacada levou perigo ao gol palmeirense. Caio foi derrubado e o zagueiro Gabriel soltou um chute forte que, felizmente, passou à direita do gol. E este foi o último lance de perigo do primeiro tempo.

O Segundo Tempo

E os times começaram a segunda etapa sem alterações. No primeiro lance de perigo do segundo tempo, Valdivia recebeu a bola no meio de campo, limpou a zaga e bateu de fora da área adversária. Golaço do chileno, que aumentou o placar para o Verdão: Palmeiras 2 x 1 Avaí.

Logo após o segundo gol, Palmeiras fez a sua primeira alteração: saiu Vitor, machucado, e entrou Patrik. E o segundo tempo começou bastante agitado. Em um lance duvidoso, Kleber tocou a bola para Rivaldo que trombou no lateral direito Patric. O árbitro marcou pênalti.

Irritado com a marcação, o goleiro avaiano, Zé Carlos (um alucinado), agrediu Valdivia e tomou cartão amarelo. Na cobrança, o atacante alviverde desperdiçou a oportunidade de aumentar o placar. Na seqüência do lance, o goleiro acertou um tapa no rosto de Kleber. O árbitro assinalou pênalti novamente e expulsou Zé Carlos. Na segunda cobrança, Gladiador não cometeu o mesmo erro e, para o agito da torcida, aumentou o placar no Pacaembu: Palmeiras 3 x 1 Avaí.

Com este gol, Kleber se tornou o artilheiro do Palmeiras, com oito gols marcados. Por causa da expulsão do goleiro, o Avaí fez sua primeira alteração. Aos 14min, saiu o volante Bruno e entrou o Renan no gol. E o Alviverde Imponente aproveitou e fez a sua segunda alteração com 20 minutos do segundo tempo. Saiu Rivaldo para a entrada de Lincoln.

Mesmo com um jogador a menos, o time avaiano chegou ao ataque com Patric, que invadiu a área e cruzou a meia altura, mas o goleiro Deola mergulhou e fez o corte. O rebote sobrou para Caio, que aos 23 minutos, chutou a bola para o gol adversário, mas o goleiro fez bela defesa.

Mas o Palmeiras não deixou Avaí respirar. Gabriel Silva avançou pela esquerda, ajeitou para o meio e mandou a bola no ângulo esquerdo do goleiro Renan, aumentando o placar da partida. È o quarto gol do time Alviverde, com 25 minutos de jogo da etapa final.

Após outra cobrança de falta na intermediária, Pierre entrou no lugar de Marcos Assunção, que saiu de campo ovacionado pela torcida presente no Pacaembu. Depois disso, o Verdão continuou pressionando muito, enquanto o Avaí tentava, de todas as formas, diminuir o placar.

Sem sucesso, o adversário ficou assistindo o toque de bola do mandante do jogo. O Palmeiras trocou passes de bolas no meio campo, cansando o time adversário. Com um a mais em campo, o Palmeiras chegava com mais facilidade ao gol adversário, mas não finalizava corretamente.

Com toda a confusão causada pela expulsão do goleiro avaiano e as cobranças de pênaltis, o árbitro resolveu dar 6 minutos de acréscimo e, aos 46 minutos, o Avaí teve mais uma chance de diminuir o placar. Pará cobrou uma falta na meia-lua, mas a bola acabou saindo por cima do travessão. Este que foi o último lance perigoso do jogo.

Com este resultado, o Palmeiras soma 42 pontos na tabela de classificação e continua na 9ª posição, perdendo apenas no número de vitórias para o Grêmio. O próximo jogo do Verdão será contra o Botafogo fora de casa, valendo pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. É muito importante consolidar agora, a reação...

Confira os gols e os detalhes desta importante vitória do alviverde de Palestra Itália, clicando no link abaixo:

Os gols de Palmeiras 4 x 1 Avaí

Crédito da Foto: Terra

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"O Muro das Lamentações"

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Nem Corinthians e nem Fluminense! Nos jogos desta quarta-feira (06/10/2010) pela 28ª rodada do Brasileirão 2010, seus torcedores terminaram a chorar, reclamar e ansiar por melhores momentos na competição, num verdadeiro "Muro das Lamentações".

O Todo Poderoso Timão do Bando de Loucos foi a Minas Gerais e tomou uma virada do Galo Mineiro. Acabou perdendo o jogo para o Atlético - MG (renascido das chamas do esquecimento) por 2 a 1. Já o Fluminense, o amado Tricolor das Laranjeiras, tomou um sacode do Santos FC e da estrela da partida, o atacante Zé Eduardo, que brilhou muito mais do que o sempre polêmico Neymar.

Até nas contusões de atacantes que tentavam recuperar o ritmo de jogo, tivemos coincidências: infelizmente, Fred e Dentinho voltaram a se contundir e devem desfalcar suas equipes por um bom tempo, novamente. O sonho de disparar na competição fica adiado para as duas equipes. O Corinthians permanece com um jogo a menos, em função do beneplácito da CBF que permitiu o adiamento da partida com o Vasco, em função das comemorações do centenário do time, em que participou até o Presidente Lula.

Atlético - MG 2 x 1 Corinthians

O Atlético-MG correu muito no início da partida. Embalado por sua torcida, saiu acelerado para cima do Corinthians, especialmente pelo lado direito, com Diego Macedo e Diego Souza nas costas do pentacampeão Roberto Carlos. Logo, o técnico do Timão, Adilson Batista, percebeu a tática do Galo e pediu a Jucilei para ajudar naquele setor.

Deu certo. Com Ricardinho em noite apagada (ele saiu machucado aos 38 minutos) e Diego Souza isolado, o Corinthians encaixou a marcação no meio-campo e acabou com a graça dos mineiros. A partir daí, o que se viu foi um Timão mais forte no ataque. Sem Dentinho, é verdade. O jogador, que voltava depois de 13 jogos fora, voltou a sentir a coxa direita e deixou o campo aos dez minutos.

Seu substituto foi Danilo. O meia, aliás, mudou o jogo. Com mais qualidade na armação, o time paulista teve ótimas chances com Bruno César, que fazia as vezes de atacante e finalizava mais do que todo mundo. A sorte do Atlético-MG é que o goleiro Renan estava inspirado. Até mesmo quando o gol estava vazio ele contou com a sorte.

Aos 22 minutos, por exemplo, Danilo mandou para Bruno César na área. O meia cabeceou cruzado, e Paulinho perdeu gol da pequena área. Mas como o futebol é imprevisível, o destino quis que o mesmo Paulinho marcasse o único gol do primeiro tempo. Aos 44, após cruzamento de Alessandro e falha de Renan, o volante desviou de peito para o gol.

E a jogada do gol corintiano se iniciou graças a uma roubada de bola de Jucilei, com a jogada passando depois pelos pés de Iarley, Danilo e Bruno César. À torcida do Galo, restou ouvir a provocação da minoria paulista, ao gritar: “Ão, ão, ão, segunda divisão”.

A virada do Galo Mineiro

Na tentativa de reagir, Dorival Júnior (que é mesmo um pé quente) resolveu mexer no Atlético-MG para o segundo tempo. Sacou o lateral-direito Diego Macedo e colocou o atacante Obina. Serginho passou, então, a jogar na ala. A ideia de pressionar do Galo, porém, parou na queda de rendimento de Diego Souza e na frieza do Timão, que tocava a bola com calma quando tinha a posse.

Por sinal, quando tinha oportunidade o Corinthians era perigoso. Sempre com Bruno César envolvido. Seja com um passe, um lançamento ou uma finalização. Do lado do Atlético-MG, os chutes de fora da área pareciam a solução de um time desequilibrado taticamente e sem opções criativas para acabar com a vantagem dos paulistas.

Quando isso acontece, a bola parada é sempre uma boa saída. E assim foi. Aos 15 minutos, após cobrança de escanteio da esquerda, o zagueiro Werley marcou de cabeça. O goleiro Julio Cesar ainda tocou na bola, mas não evitou o empate. Empolgado, o Atlético-MG foi para pressão. E o Corinthians deixou a frieza de lado e passou a perder muitas bolas.

Aos 26 minutos, um fato curioso. O reserva Fernandinho, do Atlético-MG, se desentendeu com o auxiliar Roberto Braatz e levou cartão vermelho. Mais tarde, aos 32, a bola parada do Galo voltou à ativa. E a “soneca” da defesa do Corinthians também. Serginho cobrou falta para área, e Zé Luis, sozinho, cabeceou para virar o jogo em Sete Lagoas. Bom para o Galo, para o rival Cruzeiro e para o líder Fluminense. Ruim para o Corinthians, o Timão de tanta gente!

Fluminense 0 x 3 Santos

Jogando em casa, o Fluminense tomou a iniciativa do jogo. Logo nos primeiro minutos, Rodriguinho teve a chance de abrir o marcador, mas não concluiu. Em seguida, o Santos igualou a partida e a dupla formada por Neymar e Zé Eduardo fez a defesa tricolor trabalhar. Carlinhos também teve boa chance, mas finalizou muito mal. Até os 20 minutos, de bom, apenas uma falta cobrada por Marquinho - que estava jogando a camisa comemorativa, pelos cem jogos - levou perigo ao gol do Peixe.

Com medo de atacar, as duas equipes se estudavam muito, algo que resultou em poucas emoções para os torcedores presentes no Engenhão. O Santos chegou a levar perigo aos 25, em um ótimo chute de Zé Eduardo, que passou tirando tinta do travessão de Rafael. Mesmo com um jogo truncado, os dois times mostravam qualidade. Em um duelo muito equilibrado em campo e, apesar do bom jogo, o resultado da primeira etapa não podia ser outro: 0 a 0.

O retorno de Fred e a tristeza da contusão

Com o Santos um pouco melhor em campo, Muricy Ramalho fez duas alterações. Após 16 rodadas sem atuar, Fred entrou na vaga de Washington e André Luis substituiu do meia Marquinho, colocando o time no 3-5-2. Mesmo tentando ajeitar a zaga, o Fluminense não se achou na início do segundo tempo e foi castigado. Aos 11 minutos, Neymar invadiu a área e bateu na trave, no rebote Zé Eduardo, de meia-bicicleta, concluiu para a rede e abriu o marcador.

Na sequência, o Tricolor carioca quase empatou. Rodriguinho bateu de primeira e assustou o goleiro Rafael. Aos 17, Rodriguinho tocou para a rede, mas foi flagrado em posição irregular. Na pressão, o Tricolor quase empata. Carlinhos fez boa jogada e carimbou a trave. No rebote, Fred foi desarmado.

Melhor em campo, o Fluminense abusou de perder gols e novamente viu Zé Eduardo desequilibrar. A velha e conhecida máxima do futebol estava de volta: "quem não faz, toma". Após o chute do goleiro Rafael para a frente, a defesa tricolor bobeou e viu Zé Eduardo acertar uma bomba e marcar outro bonito gol. Com o segundo gol, o Tricolor se abateu em campo e não teve forças para reagir. E ainda viu Zé Eduardo receber de Alex Sandro e tocar para o gol, marcando o seu terceiro na partida. Goleada no Engenhão.

De volta ao time após 71 dias de ausência, o camisa 9, Fred, entrou em campo ainda no intervalo, no lugar de Washington, e logo no primeiro lance ofensivo, aos três minutos, voltou a sentir o problema na panturrilha esquerda. Mantido durante toda a segunda etapa, o atacante se transformou em peça nula em campo e desabou em lágrimas no vestiário.

Em um exame preliminar ainda no vestiário, ao final da partida, foi detectada nova lesão na panturrilha esquerda. Nesta quinta-feira (07/10/2010), o jogador fará uma ressonância magnética para verificar a gravidade do problema.

Minha opinião de que o Campeonato Brasileiro é um dos torneios mais equilibrados, desgastantes e difíceis do planeta foi reforçada após esta rodada. Mas, infelizmente, o nivelamento é por baixo. Mesmo as equipes que lideram a competição apresentam um futebol de qualidade apenas mediana. Por isso, aos pretendentes do título, principalmente Corinthians e Fluminense, só resta neste momento, o "Muro das Lamentações". Que eles orem bastante e rezem muito mesmo para conseguir manter a ponta! O Tricolor carioca soma 52 pontos e o Timão 49. Cruzeiro, Internacional e até o Santos, que vem atrás, mantém também as suas esperanças...

Crédito das Fotos: Globo e Lance

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Novo Treinador do Juvenal

Nem Paulo Autuori ou Dorival Júnior e muito menos Vanderlei Luxemburgo. O novo treinador do São Paulo FC, em período de entressafra de títulos, é Paulo César Carpegiani, o ex-treinador do Atlético - PR.

Sérgio Baresi não resistiu as pressões de bastidores, torcedores e os maus resultados no campo de jogo, que tem sido obtidos pelo sempre poderoso Tricolor Paulista, e foi afastado do cargo. Fontes da diretoria asseguram que será reaproveitado como treinador do Tricolor em outra oportunidade.

Então, o presidente Juvenal Juvêncio agiu rápido e trouxe o ex-técnico do Furacão. É nele que deposita total confiança no momento e esperança de melhores resultados na temporada e de uma melhor classificação até a final do Campeonato Brasileiro 2010.

Quem é?

Paulo César Carpegiani (Erechim, 7 de fevereiro de 1949) é um treinador e ex-jogador brasileiro que atuava como meio-campista. Como atleta atuou pelo Internacional, Flamengo e Seleção Brasileira. Era um meia-armador de estilo clássico, com dribles curtos e objetivos, bom poder de marcação e principalmente com um passe longo de altíssima precisão.

Foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1974, substituindo Clodoaldo. Uma de suas melhores partidas pelo Internacional foi a vitória por 2 a 0 em pleno Maracanã, pelas seminfinais do Campeonato Brasileiro de 1975, sobre o Fluminense, que até então era conhecido como "a Máquina Tricolor".

Ao lado do cerebral Paulo Roberto Falcão e do vigoroso Caçapava, formou no Internacional um trio de meio-campo que entrou para a história do futebol brasileiro. Carpegiani participou de sete dos oito títulos do Campeonato Gaúcho que o Inter faturou de 1969 a 1976 e foi bicampeão brasileiro nos anos de 1975 e 1976.

Em 1977, foi vendido por 5,7 milhões de cruzeiros para o Flamengo, e fez parte do melhor tiime Rubro-Negro de todos os tempos, ao lado de nomes como Júnior, Zico, Adílio e Andrade, tornando-se Campeão carioca de 1978 e 1979 e campeão brasileiro de 1980.

Uma contusão no joelho o obrigou a encerrar a carreira. Carpegiani já havia feito uma operação no menisco em 1975 e não conseguiu jogar mais após os 31 anos. Em 1981, aposentado como atleta, se dedicou a ambição de ser técnico.

O Perfil do Treinador

Como treinador, Carpegiani teve passagem destacada no próprio Flamengo e mais tarde também no Paraguai, durante a Copa do Mundo da França de 1998.

Na final da Libertadores de 1981, ganha pelo Flamengo, Carpegiani foi muito criticado pois admitiu que mandou um jogador entrar em campo apenas para dar um soco no chileno Mario Soto, zagueiro extremamente violento do time adversário Cobreloa, e que já havia jogado no Brasil.

No comando do Paraguai, montou um time que ganhou respeito, principalmente pelo setor defensivo, que contava com o polêmico goleiro Chilavert, o lateral-direto Arce (que atuou por Grêmio e Palmeiras) e uma dupla de zaga com Ayala e Gamarra - este no auge da forma, não fez uma falta sequer no Mundial, algo excepcional para um zagueiro.

A boa campanha do Paraguai o credenciou a assumir como técnico do São Paulo. A primeira passagem pelo Morumbi, não muito bem sucedida, acabou marcada por ele ter afastado o goleiro reserva Roger por ter posado nu para uma revista.

Carpegiani não exercia a função de treinador no Brasil desde 2001, quando passou pelo Cruzeiro. Atualmente, é proprietário do RS Futebol Clube.

Em 2007, depois de alguns anos dedicando-se ao seu próprio clube, retomou a carreira de treinador, substituindo Emerson Leão no comando do Corinthians, assumindo o time num momento em que o clube passava por uma grave crise política, que culminou no afastamento do presidente Alberto Dualib. Após vinte e quatro jogos no comando do clube paulista, dos quais apenas seis vitórias, Carpegiani foi demitido por maus resultados, deixando o Corinthians em 13º lugar no Campeonato Brasileiro.

No Vitória da Bahia

Em abril de 2009, após muita especulação, foi finalmente confirmado como novo treinador do Vitória, que vinha sendo comandado por um técnico interino. Assumiu o time baiano nas fases finais do Baianão 2009 e na segunda fase da Copa do Brasil. Conseguiu o título estadual vencendo três das quatro partidas que comandou e chegou às quartas-de-final da Copa, perdendo para o Vasco da Gama, eliminação que gerou muitas críticas ao treinador devido às suas "invenções", pois improvisava jogadores naturalmente de outras funções em posições diferentes. Com o problema e as críticas superadas, Carpegiani conseguiu dar seguimento ao seu trabalho no Leão e começou o Brasileirão 2009 muito bem, se mantendo na parte de cima da rodada na maior parte do 1° turno.

O declínio do rubro-negro começou e, com ele, as críticas ao treinador, que novamente montava suas equipes com improvisos. No dia 10 de agosto, após a perda da invencibilidade em casa e uma série de maus resultados que deixaram o time de Salvador em 10° lugar no campeonato, Carpegiani foi demitido. No comando do Vitória, o treinador conseguiu 11 vitórias, 6 empates e 9 derrotas.

No Atlético Paranaense

No dia 31 de maio de 2010, foi anunciado como novo treinador do Atlético Paranaense. Porém, apenas quatro meses depois, após ter levado do time do Paraná da zona de rebaixamento à briga por uma vaga na Libertadores de 2011, foi contratado pelo São Paulo, clube que já treinara onze anos antes.[3][4] Carpeggiani deixou o Furacão com os seguintes números: 11 vitórias, 5 empates e 5 derrotas.

Curriculum de Títulos - Como jogador:

Internacional

Campeonato Gaúcho: 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976

Campeonato Brasileiro: 1975 e 1976

Flamengo

Campeonato Carioca: 1978, 1979 e 1979*

Campeonato Brasileiro: 1980

* Neste ano a federação carioca organizou dois campeonatos de caráter oficial.

Como treinador:

Flamengo

Campeonato Carioca: 1981

Copa Libertadores da América: 1981

Copa Intercontinental: 1981

Campeonato Brasileiro:: 1982

Al Nassr

Copa da Arábia Saudita: 1984

Cerro Porteño

Campeonato Paraguaio: 1994

Vitória

Campeonato Baiano: 2009

As negociações

Carpegiani estava no Atlético-PR desde maio deste ano. O treinador pegou o clube em dificuldades, e conseguiu realizar uma grande campanha - deixou o Furação em quinto lugar na tabela, com 42 pontos.

De acordo com a diretoria do Atlético-PR, a saída do treinador pegou todos de surpresa. O clube publicou uma nota em seu site sobre a negociação. "O técnico Paulo César Carpegiani pediu demissão do comando técnico do Atlético Paranaense, neste domingo, por volta das 13 horas. O treinador aceitou uma proposta irrecusável do São Paulo e já assumiu o clube paulista nesta segunda-feira (04/10/2010) à tarde. Até o presente momento, o presidente do CAP, Marcos Malucelli, ainda não recebeu nenhum contato por parte da diretoria do São Paulo".

No campo de treinamento

O novo técnico Paulo César Carpegiani precisou de apenas um treino à frente do São Paulo para acenar com uma modificação importante na equipe titular. Logo depois de ser apresentado oficialmente, o treinador comandou um coletivo e promoveu a volta do atacante Dagoberto. Mais do que isso, formou um inédito quarteto ofensivo.

Com Ricardo Oliveira suspenso e Fernandão lesionado, Carpegiani armou o ataque são-paulino com Dagoberto e Fernandinho, tendo ainda Lucas e Marlos chegando de trás. Na lateral esquerda, o novo comandante são-paulino optou pelo jovem Diogo, já que Richarlyson é mais um suspenso. Assim, Jorge Wagner voltou para a reserva.

No esquema 4-4-2, Carpegiani ainda fez mais alterações em relação ao time titular que empatou sem gols com o Avaí, no último sábado. Na zaga, Alex Silva, que volta de suspensão, atuou ao lado de Miranda. Já no meio de campo, Casemiro, também suspenso na rodada passada, retornou na vaga de Cléber Santana.

O São Paulo se prepara para enfrentar o Vitória na quarta-feira, às 21h50, na Arena Barueri. Caso Carpegiani mantenha a equipe que começou o coletivo desta segunda, o time titular terá a seguinte formação: Rogério Ceni; Jean, Alex Silva, Miranda e Diogo; Rodrigo Souto, Casemiro, Marlos e Lucas; Fernandinho e Dagoberto. 
 
Trata-se de um técnico tradicionalista e até conservador que conhece bem os bastidores e a cultura interna do São Paulo. Sabe quem manda e quem decide as coisas dentro e fora do campo. Só precisa ter sorte, reverter os resultados insatisfatórios que tem sido obtidos nos gramados e classificar o Tricolor Paulista para mais uma edição da Libertadores da América, em 2011. É tudo que o torcedor tricolor deseja!

Crédito da Foto: Agência Estado

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um golpe à italiana

Nas vésperas de importantes votações pelo país inteiro, que acontecerão no próximo dia 3 de outubro em todos os estados brasileiros, a Sociedade Esportiva Palmeiras apresenta a comédia: "Um golpe à italiana", título de spaghetti-western.

Com um enredo digno de ópera bufa, exageradamente tragicômica e também de filme de gangster, o Palmeiras foi cenário nesta semana, de uma das piores manifestações de cultura italiana que se pode apresentar. Com uma atitude tipicamente autoritária, fascista e anti-democrática, o atual presidente do clube, em exercício, Salvador Hugo Palaia (já que Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo está hospitalizado), dissolveu toda a atual estrutura de comando do departamento de futebol do clube.

Palaia, como se estivesse investido da toga de ditador romano (consul imperator) e com rompantes de "salvador da pátria", afirmou que em 45 dias (tempo em que Belluzzo levará para se recuperar), o Verdão retomará seu prestígio, numa clara alusão a campanha que fará para ocupar definitivamente o cargo, no próximo biênio.

O presidente interino do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia (foto abaixo), confirmou ainda na noite desta terça-feira (28/9/2010), em reunião no Palestra Itália, a criação de um conselho gestor (uma espécie de "triunvirato" com mais membros) para o futebol e consolidou as mudanças na diretoria do esporte. Como já havia dito na última segunda, quando tomou posse, Gilberto Cipullo não é mais o vice de futebol do Alviverde, assim como Savério Orlandi e Genaro Marino também não integram mais a diretoria de futebol.

Agora, Cipullo fará parte do conselho gestor para o futebol, bem como Clemente Pereira Júnior, Edvaldo Frasson Teixeira, Waldemir Pescarmona, José Cyrillo Júnior, Francisco Campisio Busico, Fabio Raiola e Antônio Carlos Corcione. Estes terão reuniões constantes com o mandatário para definir os novos rumos do departamento.

Além do conselho, Palaia alterou os nomes na diretoria de futebol. Pescarmona, que era diretor administrativo do clube, será diretor de futebol. José Cyrillo, ex-diretor de planejamento, ocupará a função de Pescarmona e ainda será responsável por responder sobre os questionamentos ligados à Arena Palestra Itália. Luiz Henrique Fronterota assume a diretoria de planejamento.

Palaia também definiu que terá dois assessores especiais durante o período em que substituirá o presidente licenciado Luiz Gonzaga Belluzzo: Fábio Raiola e Antônio Carlos Corcione. O mandatário interino do Alviverde só concederá entrevistas para falar das mudanças no clube na próxima quinta-feira, na Academia de Futebol.

"Dizem que sou polêmico, mas isso não é verdade. Eu sou é corajoso. Não sou homem de fazer média com ninguém e gosto das coisas muito claras" declarou Palaia que depois completou: "Enquanto eu permanecer no cargo, o Palmeiras será um clube respeitado por todos".

E assim, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo foi traído, na prática, pelo seu vice e companheiro de chapa da época das últimas eleições alviverdes. O que se pode esperar de alguém que já mandou técnico calar a boca (Tite no Brasileirão 2006) e fugiu de um acidente de trânsito, meses atrás, correndo se esconder dentro das instalações do Palestra Itália? Outros rompantes de esperteza? Como Vinicius e Toquinho já cantaram e ensinaram em verso e prosa: "ouça, há um ditado muito certo, tem sempre um que é mais esperto, tem sempre um, que vai sofrer... Ouça, malandragem não convence, uma vez a gente vence e outra vez bota a perder...".

Disputa por "herança" em "famiglia italiana", no melhor estilo mafioso, é assim mesmo... Sempre alguém leva vantagem, outros levam a pior e acabam pagando o pato ou ficando com o mico! Geralmente as mulheres, os idosos ou os enfermos...

Não é a tôa que para sair da fila, o time de futebol do clube já teve de ser administrado pela multinacional de laticínios Parmalat, trunfo exclusivo da dupla Belluzzo e Cipullo, que o jovem torcedor da Mancha Alviverde e das outras uniformizadas, age como se ignorasse saber quando vaia a equipe em hora errada, já que é, sempre foi e será, apenas massa de manobra para os interesses políticos das oposições que lutam para "tomar o poder" no clube.

Numa época em que estruturas administrativas realmente profissionais são cada vez mais necessárias e transparentes, a manobra de Palaia ainda nos faz lembrar das conspirações políticas romanas em que se sugeria aos senadores e até ao próprio imperador, que cortassem gentilmente seus pulsos ao lavarem-se em suas banheiras. Era a única maneira de preservar os valores romanos, mudar a estrutura do poder estabelecido, dar amparo às famílias e manter alguma ordem no império! Neste sentido, como todos podem perceber, a moral e a conduta tradicional dos dirigentes do Palmeiras ainda é, infelizmente, liliputiana!

Crédito das fotos: Jornal O Globo