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sábado, 28 de agosto de 2010

A situação do Tricolor Paulista

No futebol como na vida, tudo se estabelece em ciclos, que podem durar muito ou pouco. Com o São Paulo FC, não é diferente. Existem ciclos de colheita de resultados e ciclos de preparo, para que se possa voltar a conquistar lá na frente. Os maus resultados são apenas um sintoma, de que se precisa trabalhar forte em busca dos melhores objetivos.

Recentemente, se analisarmos o todo de sua história, já que foi somente depois dos anos noventa, o Tricolor Paulista ganhou o mundo em três oportunidades, feito inédito ainda não superado por nenhum de seus grandes adversários em solo nacional.

Ao lado do Flamengo e de 1971 para cá, são os times que por mais vezes conquistaram edições do Campeonato Brasileiro. Atualmente, ainda é o clube com maior número de vitórias na história da competição com 474 resultados positivos.

Irmão caçula dos grandes times do Estado e da cidade de São Paulo, a equipe do Morumbi sempre foi exemplo e referencial de capacidade de planejamento. Para ser grande é necessário pensar e sonhar grande.

Nos anos oitenta, época da gestão administrativa de Antônio Leme Nunes Galvão, o São Paulo se modernizou de fato, e se preparou para os atuais tempos do futebol empresa. Também nunca é demais lembrar que construiu o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, no bairro do Morumbi, área nobre da cidade, quando ainda não possuia uma torcida que coubesse nele. Atualmente, nos grandes jogos do Tricolor, boa parte de seus torcedores mal consegue ingressos.

A situação atual

Com apenas uma vitória na tabela desde a volta do Brasileirão pós-Copa do Mundo e três pontos acima da zona de rebaixamento, o São Paulo sabe que precisa vencer o Fluminense neste domingo, a partir das 18h30m, no Maracanã, para respirar e afastar uma crise com a qual o seu torcedor nunca foi acostumado. O problema é segurar o time carioca, líder do campeonato, com 36 pontos e 28 gols marcados. Como segurar o melhor ataque do Brasileiro e ainda furar a defesa do Tricolor Carioca? Os sãopaulinos acreditam que a maneira mais eficiente é não se trancar. Principalmente porque recordam que a estratégia de se plantar atrás não deu certo no primeiro jogo das semifinais da Libertadores, contra o Internacional, em Porto Alegre. Na ocasião, o visitante só se defendeu e acabou perdendo por 1 a 0.

"O São Paulo não deve ir trancado contra o Fluminense, sabemos da força ofensiva do adversário e já tivemos essa experiência de jogar atrás contra o Internacional. Não foi nada bom. Não é esse o caminho. Temos que buscar o gol a todo o momento, não somos um time para jogar retrancado, precisamos buscar o gol e tentar os três pontos, não importa quem será o rival" justificou Xandão, que fará dupla de zaga com Miranda. 
 
Mas até que ponto, nos tempos em que vivemos e em que os empresários de jogadores tem mais poder do que as direções dos clubes, é correto, que a imprensa esportiva dita especializada faça sensacionalismo barato, responsabilize as mesmas por eventuais fracassos e as indisponha com seus torcedores? 
 
É verdade também que no futebol, como na vida, sempre se vive de resultados. Confesso que não gosto muito deste pragmatismo que cerca o esporte das multidões e ajuda a cegar até o mais racional dos indivíduos. Afinal de contas, existem muitas vitórias que não são nem um pouco nobres e derrotas que não tão humilhantes assim. Não compactuo do mote: os fins justificam os meios.

Acredito que hajam muitas razões para se explicar quando se vence e muitas outras razões para se explicar igualmente quando se perde e não são justificativas. Nesta modalidade esportiva que cada vez mais funciona como qualquer outro tipo de negócio, também triunfam sempre, aqueles que são mais fortes politicamente. Neste momento, talvez o São Paulo FC não seja mesmo mais tão forte, quanto os seus torcedores pensam.
 
De toda forma, acredito muito na estrutura e nos jogadores do atual elenco do clube e aposto numa reviravolta ainda nesta edição do Brasileirão 2010. É esperar e conferir!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Parabéns Palestra, parabéns Palmeiras...


Nunca vi o Ministrinho jogar. Na realidade, também não vi Oberdan, Heitor, Valdemar Fiúme, Romeiro, Chinezinho; assim como muitos não viram Ademir da Guia, César Maluco, Luís Pereira, Leivinha, Jorge Mendonça, César Sampaio, Evair, Edmundo, Rivaldo, Marcos, Valdívia ou Zinho.

Todos eles, atletas e jogadores referenciais do Palestra, ídolos do Palmeiras. Nesta quinta-feira, 26 de agosto, a Sociedade Esportiva Palmeiras completa 96 anos de história, de glórias e de superações. Os jogadores citados acima e muitos outros, esquecidos ou não relacionados, também escreveram esta história e merecem respeito.

O antigo clube dos italianos amantes da ópera transcendeu mesmo suas origens, adquiriu valores essencialmente brasileiros e hoje congrega uma das maiores torcidas do Brasil.

São homens e mulheres de todos os credos e de todas as raças, reunidos através dos ideais da competição. Da simpatia por uma marca e da identificação por um mesmo símbolo, uma mesma agremiação.

Uma torcida que “canta e vibra”, e que celebra seus valores, suas conquistas brasileiras e internacionais, com a mesma intensidade.

O Palmeiras do presente sonha em redimensionar o seu estádio, fortalecer a sua equipe principal de futebol, revelar novos talentos, e se afirmar cada vez mais como uma das maiores forças esportivas do país em todos os tempos.

Parabéns Palestra, parabéns Palmeiras!


Felipão é absolvido!

O técnico Luiz Felipe Scolari esteve no STJD [Superior Tribunal de Justiça Desportiva] no final da tarde desta quarta-feira (25/08/2010), no Rio de Janeiro, e foi absolvido do julgamento realizado em razão de sua expulsão na vitória de 2x0 sobre o Atlético-PR, no último dia 14. Felipão foi expulso do gramado pelo árbitro do Distrito Federal, Wilton Pereira Sampaio, citando na súmula que teria sido chamado de 'safado'.

O treinador palmeirense foi denunciado nos artigos 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto) e 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras do Código Brasileiro de Justiça Desportiva).

Dos cinco auditores presentes na votação, três optaram pela absolvição. O presidente da terceira Comissão Disciplinar do STJD, Mário Antonio Couto, deu uma partida de suspensão, enquanto o auditor Raphael Domenech optou por duas partidas de suspensão.

O técnico Luiz Felipe Scolari, em contato exclusivo com o site oficial do Palmeiras, ficou satisfeito em saber que poderá estar ao lados dos seus jogadores já a partir do duelo desta quinta-feira, contra o Atlético-GO. "Os advogados do clube foram brilhantes na defesa e ocorreu todo um entendimento dos fatos durante o julgamento. Vamos estar juntos no jogo desta quinta-feira e espero mais uma vez que a torcida marque presença maciça no Pacaembu", disse.

O advogado do clube, André Sica, fez a defesa de Felipão no Rio de Janeiro e elogiou a forma como o julgamento foi conduzido. "O que se viu foi o reconhecimento e a ratificação de como o trabalho do Felipão é feito dentro de campo. Ele gesticula e tem uma maneira aguerrida de trabalhar. Isso não poderia ser interpretado como desrespeito, pois o comportamento dele é sempre voltado para os jogadores. A comissão entendeu isso, essa é a forma do Felipão trabalhar."

O atacante Tadeu, que também foi julgado em razão da expulsão na mesma partida contra o Atlético-PR, pegou apenas um jogo de gancho, cumprido na rodada diante do Guarani.

domingo, 22 de agosto de 2010

Neymar e o dia do "fico"

Que Neymar é um cracasso de bola, ninguém contesta. Capaz de iludir qualquer marcador com a agilidade com que passa os pés sobre a bola e aplica dribles sempre desconcertantes.

Minha preocupação é apenas com o seu amadurecimento enquanto atleta e com o desenvolvimento do sentimento de humildade, uma necessária condição para que atinja mesmo o sucesso maior que tanto almeja.

Lembro que Pelé para ser genial, nunca precisou enganar árbitros para alcançar seus objetivos, como Neymar já ensaia fazer, em vários dos seus jogos mais importantes.

A arte indiscutível de Pelé e até a sua incrível serenidade em momentos difíceis, fizeram a diferença para o Santos FC e para a Seleção Brasileira de Futebol. Neymar só tem de seguir o exemplo do Atleta do Século e mostrar seu futebol, sem tentar copiar ninguém.

No acordo firmado na última quinta-feira (19/08/2010), em reunião entre Neymar, seu empresário, Wagner Ribeiro, e o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, ocorreu o tão sonhado (para a torcida do Santos e seus milhões de fãs no Brasil) dia do "fico". No entanto, o que muitos torcedores não sabiam, é que o "fico" já estava selado desde a última terça-feira, quando foi apresentado um projeto de carreira para o jovem craque.

Bruce Buck, presidente do Chelsea, estava em São Paulo. Ele tinha vindo ao Brasil para assistir à final da Taça Libertadores e também para tentar fechar a contratação do prodígio santista, mas a diretoria do Peixe armou uma estratégia de guerra para "esconder" Neymar e assim fazê-lo assinar um novo contrato com o clube, antes do encontro de seus representantes com o norte-americano que gerencia o clube inglês.

A princípio, o pai do jogador, Neymar da Silva Santos, e o seu agente, o poderoso Wagner Ribeiro, pressionaram pela transferência. Diziam ser arriscado esperar, pois acreditavam que uma proposta como a que o garoto recebeu poderia não se repetir. E eu questiono: será que não? No entanto, a retórica do presidente santista, Luis Alvaro Oliveira Ribeiro, e de seus colaboradores convenceu os representantes, que não forçaram mais a barra.

"O projeto apresentado pelo Santos para Neymar é maravilhoso. Desde a imagem no exterior, sendo trabalhada aqui no Brasil com media trainning, até a assistência à família. Nunca vi nada igual" afirmou Wagner Ribeiro. Olha a importância do marketing aí de novo!

Neymar vai passar a ganhar mais dinheiro no Santos, mas não chega perto ao que o Chelsea lhe ofereceu: € 4 milhões (R$ 9 milhões) por ano. O Peixe, por outro lado, não vai extrapolar seu teto salarial. O pagamento será feito em parceria com investidores, a exemplo do que aconteceu com Robinho. O Peixe seguirá pagando seu máximo, R$ 160 mil, valor que o jogador já recebe. O restante virá via parceiros e ações de marketing. Além disso, o atacante ganhará aumento cada vez que uma meta estabelecida for cumprida: convocação para a Seleção, artilharia, títulos.

Nas próximas semanas, o Peixe chamará Paulo Henrique Ganso para apresentar um projeto semelhante. A meta é segurar as duas "joias" até a Copa do Mundo de 2014.

"O nosso sonho é que os dois disputem o Mundial como jogadores do Santos" afirmou o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.

Neymar estreou no time profissional do Santos, em 7 de março de 2009, contra o Oeste, de Itápolis, no Estádio do Pacaembu, partida vencida pelo Santos por 2 a 1 e válida pelo Campeonato Paulista de 2009.

Mais tarde, nas semifinais da competição, o Santos encarou o Palmeiras, onde acabou vencendo os dois jogos por 2 a 1, com Neymar marcando o gol da vitória no primeiro duelo, realizado na Vila Belmiro. No entanto, o jogador não fez boas atuações nas duas partidas que decidiram a final do Paulistão, em que o Peixe acabou ficando com o vice-campeonato, perdendo o título para o Corinthians. Contudo, Neymar foi eleito, a revelação do campeonato.

Depois, o jogador, ao lado de Paulo Henrique Ganso, foi destaque do Santos na fraca campanha do Campeonato Brasileiro de 2009.

No Campeonato Paulista de 2010, Neymar marcou cinco gols em cinco clássicos e ajudou o Santos a se consagrar Campeão Paulista de 2010, fazendo três gols contra o São Paulo Futebol Clube, um contra o Corinthians, e um contra o Palmeiras.

Contra o São Paulo (na primeira fase), a partida foi vencida por 2 x 1; já nas semifinais foram duas vitórias (3x2 e 3x0); contra o Corinthians, a partida também foi vencida pelo Santos por 2 a 1. Contra o Palmeiras, sua equipe perdeu pelo placar de 4 a 3. E Neymar foi expulso por agredir verbalmente o árbitro do jogo!

Pela Copa do Brasil de 2010, o atleta marcou, até então, o maior número de gols em suas partidas oficiais, fazendo cinco tentos na vitória de 8 a 1 da equipe santista contra o Guarani, em partida disputada na Vila Belmiro, jogo de ida das oitavas-de-final da competição.

No dia 28 de Julho, Neymar marcou um dos gols mais importantes de sua carreira, na 1º partida da final da Copa do Brasil de 2010, na qual o Santos FC venceu por 2 x 0 o Vitória da Bahia.

Seleção Brasileira

O atleta já defendeu as Seleções Brasileiras Sub-16 e Sub-17. Participou do Campeonato Mundial Sub-17 de 2009, onde o Brasil foi eliminado logo na primeira fase da competição. Neymar marcou um gol na partida de estreia, contra o Japão, vencida pelo Brasil por 3 a 2.

Já na Seleção principal, foi convocado pela primeira vez no dia 26 de julho de 2010, pelo técnico Mano Menezes, para um amistoso contra os Estados Unidos, em Nova Jérsey, onde teve a oportunidade de marcar seu primeiro gol vestindo a camisa canarinho.

Vamos torcer para que Neymar corresponda no campo de jogo, a toda esta confiança depositada em sua fantástica habilidade, e com a expectativa criada em torno de suas prováveis e possíveis boas atuações. Infelizmente, minha única dúvida, permanece: será que ele iria conseguir se adaptar a disciplina e as exigências de comportamento de um grande clube da Europa, como é sem dúvida, o Chelsea de Londres?

Uma pergunta que deverá ficar por um bom tempo sem resposta. Só não sei, se será mesmo até o final de 2015.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Verdão que seu torcedor gosta de ver!

O futebol é sempre apaixonante e sobretudo porque na grande maioria das vezes é mais emoção do que razão.

Na noite desta quinta-feira (19/08/2010), o estádio do Pacaembú se vestiu de verde e branco. Atendeu a convocação do técnico Felipão.

E Luiz Felipe Scolari consegue coisas, que talvez nenhum outro treinador do Brasil possa obter. Uma verdadeira questão mística, sempre muito difícil de se explicar de forma racional. Uma espécie de fator Felipão!

Mais de 23 mil torcedores atenderam o seu pedido e foram ao Estádio Municipal de São Paulo, Paulo Machado de Carvalho, para prestigiar o time que já ensaia uma real reação, uma retomada de sua carreira de glórias e de grandes conquistas. Uma retomada da sua auto-estima ferida! Foi uma noite em que a raça, o empenho e a disposição, foram muito mais importantes e fundamentais do que qualquer filosofia tática adotada! Principalmente, em função do cumprimento da sempre difícil tarefa, de ter que vencer o adversário, por uma diferença exata de três gols, por causa do péssimo resultado obtido no primeiro jogo, realizado lá na Bahia.

O Palmeiras recebeu o Vitória pela Copa Sul-Americana 2010, o torneio que pode levar mais uma equipe brasileira para participar da Taça Libertadores em 2011. Um campeonato que muitos podem menosprezar, mas que se for vencido por um time deste país, reduzirá o número de vagas do atual Campeonato Brasileiro, de quatro para três. Neste jogo, em especial, o goleiro Marcão (um verdadeiro craque no gol), completou 500 partidas pelo seu time de coração.

Sem suas grandes estrelas de meio de campo e ataque, contratadas a peso de ouro, como Lincoln, Valdívia (agora liberado para estrear) e Kleber, mas com Tadeu, Tinga e Luan, o Verdão mostrou atrevimento, força interior, superação, e se aproveitou dos erros (até infantis) do excelente time baiano para buscar um resultado quase impossível: 3 x 0 (gols de Tadeu (2) e Marcos Assunção, numa histórica cobrança de falta). Comemoração no detalhe da foto acima.

O torcedor que marcou presença nas arquibancadas também foi outro. Independentemente de participar ou não dos famosos coros das uniformizadas, gritou e apoio a sua equipe o jogo todo. Sem desistir jamais! Nesta noite, da quinta-feira (19/08/2010), a alma esmeraldina de grandes craques do passado como Heitor, Ademir da Guia, Dudu, Luiz Pereira e Valdemar Carabina, tomou conta do velho Pacaembú e banhou a todos os presentes, como se para dignificar o que parecia ser impossível...

Muita coisa ainda precisa ser ajustada, mas sem dúvida alguma, com Luiz Felipe Scolari por perto, as coisas, que desandaram desde o segundo turno do Brasileirão 2009, devem se ajustar mais facilmente nos trilhos da confiança.

O primeiro lance de perigo do primeiro tempo aconteceu aos 2 minutos, quando Ramon cobrou falta para dentro da área e Marcos saiu bem para tirar a bola. O Palmeiras tentou aos 8 minutos; Edinho cruzou para Tadeu desviar de cabeça para o gol, mas o goleiro Viáfara conseguiu ficar com a bola. Aos 18 minutos, Luan fez bonita jogada pela direita e cruzou a bola para dentro da área, mas ninguém conseguiu alcançá-la. Em seguida, aos 22 minutos, Tinga arriscou de longe por cima da meta adversária.

Aos 23 minutos, Marcos fez boa defesa de chute forte de Schwenck. E o Verdão teve outra boa chance aos 28 minutos. Luan dominou e tocou para Rivaldo finalizar de longe, obrigando Viáfara a fazer grande defesa. Tinga foi derrubado aos 31 minutos, próximo à área do Vitória. Marcos Assunção cobrou a falta e o goleiro Viáfara saltou para buscar no canto esquerdo. Logo em seguida, Tinga cruzou para Tadeu, que subiu bem e cabeceou na trave. Aos 41 minutos, o Verdão chegou novamente, com outra tentativa de Tinga. Aos 42 minutos, foi a vez de Márcio Araújo arriscar. E o Palmeiras abriu o placar no último minuto do primeiro tempo! Tadeu recebeu e arrancou entre os defensores da equipe adversária, colocando a bola para dentro do gol na saída do goleiro, 1x0!

As duas equipes voltaram iguais para o segundo tempo. E logo no início da etapa o Verdão ampliou o placar, de novo com Tadeu! Depois de saída errada de Viáfara, o atacante recebeu e chutou cruzado, sem dar chances para o goleiro, 2x0! Logo em seguida, Fabrício saiu para entrada de Ewerthon. Aos 18 minutos, Egídio cobrou escanteio e Junior cabeceou, obrigando Marcos a se esticar para colocar para escanteio. Aos 23, Felipão mudou novamente: Luan saiu para entrada de Patrik.

Aos 39 minutos, Renato finalizou de longe, num lindo e perigoso chute e a bola passou raspando na trave de Marcos. E o resultado da partida foi decidido aos 43 minutos, com o terceiro gol do Verdão, desta vez feito por Marcos Assunção, que cobrou falta com fantástico chute no ângulo direito de Viáfara, 3x0!

Palmeiras 3 x 0 Vitória

Clique no link acima e reveja os gols desta importante vitória do Verdão.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Internacional: novamente campeão da América!

Torcedor de time brasileiro não torce mais para nenhuma outra equipe brasileira, em qualquer competição, desde o início da década de 90. E se possível, fica diante do aparelho de TV e passa o tempo todo "secando" os rivais.

Na noite desta quarta-feira (18/08/2010) muitos tentaram. Os gremistas, principalmente, os adversários tradicionais do Internacional de Porto Alegre, o colorado gaúcho, mais uma vez, campeão da América. Torciam para poder azucrinar a paciência dos rivais, ao final da Libertadores de América 2010.

Corintianos, cruzeirenses, atleticanos, são paulinos, santistas, flamenguistas e até palmeirenses; também. Pelos mais diversos motivos. Agora, todos terão de por seus dois pés dentro de um sapato e tentar demonstrar competência para garantir uma vaga na competição de 2011, em várias outras disputas, principalmente, a Sulamericana e o Brasileirão.

Garantido mesmo, só o Santos FC, de Ganso & Cia Ltda, que não tem a mesma aplicação tática do Internacional quando o assunto é marcação, mas conquistou a Copa do Brasil 2010. O caminho mais fácil para a Libertadores. Apesar de tudo, possui filosofia de jogo diferente, onde só interessa jogar para a frente! Parece que marcar ou saber marcar, é coisa para jogador grosso, limitado mesmo... A equipe formada por Fossati e campeã com Celso Roth da mais importante e difícil competição do continente, provou que não! Pelé, responsável pela premiação dos campeões na noite desta quarta-feira (18), desagradou os santistas, e disse antes do jogo final, que o Internacional, atualmente, é a melhor equipe do Brasil! E é mesmo! Contra números e circunstâncias, não há argumentos...

Quando se pratica um excelente futebol no ataque, quando se possui até disciplina tática de marcação, nada pode afastar a verdadeira conquista, digna das tradições de um dos maiores clubes do Brasil em todos os tempos. O Internacional demonstrou, mais uma vez, na prática, que realmente possui acima de tudo, a estrutura de um clube grande. Seus adversários podem tentar ficar secando...

Desde 2005 participa de grandes finais e obtém grandes conquistas. Enfrenta sim, as adversidades momentâneas como a perda de uma Copa do Brasil no ano passado, mas possui a certeza de que a volta por cima é sempre possível. Não depende de grandes contratações eventuais ou de jogadas de marketing. Não é queridinho da CBF!

No final do primeiro tempo da decisão do Beira-Rio, a torcida colorada levou um susto. Aos 42 minutos, o time mexicano largou na frente. A zaga bobeou, permitiu o cruzamento, permitiu a conclusão perfeita de Fabián. Não podia ser verdade, mas era...

Mas tem sujeito que nasceu mesmo para transcender o conceito e o sentido principal de ser jogador de futebol. Tem sujeito que nasceu para ser mais do que um cara bom de bola. Tem sujeito que nasceu para fazer dois gols no Morumbi e ser herói. Que nasceu para, quatro anos depois, marcar no Beira-Rio e ser mais herói ainda. Rafael Sobis, colorado de coração, apaixonado pelo clube, é um mito para o Internacional. Foi dele, aos 16 minutos do segundo tempo, o gol que abriu o título colorado.

Santo Kleber! Cruza com a naturalidade com que respira. Fantástico Tinga! Onipresente, estava na área para incomodar. Santo Sobis! Bendita conclusão! O Beira-Rio rugiu como raras vezes tinha rugido, balançou como quase nunca tinha balançado. 16 minutos: Kleber, Tinga, Sobis, Beira-Rio, cada colorado espalhado pelo planeta, todo mundo no mesmo grito. Gol do Inter! Gol do Inter!

E foi justo! Merecido mesmo... Se deu tudo errado no primeiro tempo, na etapa final foi totalmente diferente. Taison, de bico, já tinha ameaçado. Sobis (sempre herói!) já tinha mandado uma pancada no peito do goleiro do Chivas. Era outro Inter. Era o Colorado campeão!

Rafael Sobis, extenuado, saiu de campo. Foi substituído por Leandro Damião. E teve estrela até aí. Aos 30 minutos, o garoto partiu em disparada na direção do gol. Usou suas pernas compridas, magricelas, para chegar na frente da zaga. Era ele contra o goleiro. Era ele ou Michel. Era ele! Damião! Gol do Inter!

Giuliano, mais uma vez predestinado, também fez o dele, na garra e na habilidade! O Chivas ainda descontou em jogada de cobrança de falta que não existiu. Os juízes sulamericanos como o Colombiano Oscar Ruiz também fazem média como seus iguais do Campeonato Brasileiro. No final, 3 x 2 e a explosão da massa colorada! O Sport Clube Internacional de Porto Alegre, segue firme no caminho, para conquistar o mundo pela segunda vez. A equipe chegará a Abu Dhabi pela porta da frente! Nem a briga final, provocada pelo mexicano Reynoso, que agiu como bandoleiro de filme de Spaguetti Western, pôde estragar a festa!



Clique no link acima e veja de novo, as principais emoções do jogo e os gols que definiram o bicampeonato do Internacional, o grande vencedor da Libertadores 2010!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Sou tricolor de coração"

Surpreendentemente líder, acredito que o trabalho realizado por Muricy Ramalho no comando do Fluminense, dentro deste Campeonato Brasileiro 2010, não seja fogo de palha.

A Unimed investiu muito dinheiro e foca de forma objetiva, na realização de uma ótima campanha dentro da competição mais importante do calendário nacional.

O time carioca demonstra, na prática, que é um sério candidato ao título maior do futebol do Brasil. Muricy, depois da desastrada passagem pelo Palmeiras, retoma o fôlego, readiquire a antiga forma do Tricolor Paulista e reafirma seu lema preferido: "Aqui é trabalho!". Não existem segredos para se vencer no futebol. Mas, será mesmo que é só isso?

Os quase 50 mil pagantes na vitória sobre o Internacional, neste domingo (15/08/2010), deram ao Fluminense ainda mais motivos para comemorar. Além de estar isolado na primeira colocação do Campeonato Brasileiro, o clube agora lidera também as estatísticas de média de público como mandante na competição: o Tricolor têm 25.502 pagantes por jogo. Leva mais público do que o Corinthians aos estádios!

A boa fase dos grandes clubes do Rio se reflete diretamente nas arquibancadas. Além do Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo estão entre os seis times com maior média de público. O duelo do Tricolor carioca contra o Colorado, neste domingo, no Maracanã, teve 49.471 ingressos vendidos, atrás apenas da marca alcançada no clássico entre Flamengo e Vasco (50.447). Para o confronto entre os times comandados por PC Gusmão e Muricy Ramalho, que acontece neste sábado, a expectativa é que a marca seja ultrapassada.

Fluminense e Vasco se enfrentam no próximo final de semana em um dos principais confrontos da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o clássico vai colocar no campo de jogo, os dois clubes com as melhores campanhas na competição depois da parada para a Copa do Mundo. Líder do Campeonato Brasileiro 2010, o Fluminense marcou 17 de seus 32 pontos nos sete jogos disputados após o Mundial da África do Sul. O melhor desempenho no período entre as 20 equipes da Primeira Divisão. Em seguida, vêm o Vasco que marcou 75% dos seus pontos após a retomada do torneio (15 dos 20 que possui).

O bom rendimento garantiu a ascensão dos dois times na classificação. O Tricolor carioca ocupava a terceira posição quando a Copa começou, atrás de Corinthians e Ceará. Já o Vasco era o penúltimo colocado, com apenas cinco pontos. Atualmente, está em nono lugar. Sob o comando de Paulo César Gusmão, que assumiu o cargo durante a Copa do Mundo, o time tem o melhor sistema defensivo das sete últimas rodadas, com apenas três gols sofridos.

O Fluminense trouxe Washington, desprezado pela torcida são paulina, contratou o experiente Deco, e conta com a capacidade de organização de jogadas de talentos como o argentino Dario Conca e o atacante Emerson, autor de um gol nos 3 x 0 contra o Internacional de Porto Alegre, na última rodada, e voltando de contusão. Tudo dá certo quando a fase é boa. No ataque, existem também as excelentes opções de Fred e de Rodriguinho. Não há nenhuma dúvida de que se trata de uma outra grande equipe em formação. Mas, o trabalho pela frente é árduo, já que grandes equipes estão na sua cola. Só que desta vez, Muricy conta com "muitos ovos, para preparar um belo omelete".

Enquanto isso, seu torcedor que está extremamente feliz no momento, canta com orgulho, o hino do clube: "Sou tricolor de coração...".

domingo, 15 de agosto de 2010

A primeira vitória do Palmeiras de Felipão


Foi difícil, foi suado... Como sempre acontece com o Verdão. Mas foi a primeira vitória de Felipão, em seu retorno ao comando do Palmeiras. Contra tudo e contra todos! Do jeito que o palmeirense gosta.

O Verdão 2010 que disputa o Campeonato Brasileiro de futebol é uma equipe em formação. A torcida parece que finalmente começa a entender. Está longe ainda de ter uma equipe pronta, mas tem muito, muito potencial.

No ano do centenário do arqui-inimigo Corinthians, sempre mais paparicado pela imprensa, em função do grande número de torcedores que possui, do melhor momento que atravessa e da maior força política que exerce, o Palmeiras tem mastigado o pão que o diabo amassou.

Comentaristas esportivos de muitos veículos consagrados desdenham de um clube que tem história e de uma equipe que tem em seu elenco, atletas e jogadores consagrados como Marcos, Vítor, Pierre, Marcos Assunção, Edinho, Kleber, Valdívia, Ewerthon e Lincoln. Isso sem falar em Fabrício, Rivaldo e o jovem Tinga, promessas que já estão sendo observadas pelo treinador da Seleção Brasileira, Mano Menezes. Seria tão bom, que muitos jornalistas deixassem de lado suas hipocrisias, seus pessimismos estudados, e fossem mais condescendentes, sem deixar, é lógico, de serem profissionais...

No futebol, só se vive de resultados positivos e o pragmatismo que infelizmente nos cerca, não dá margem a erros e não tem piedade de quem passa por dificuldade. Na grande maioria das vezes, meros interesses políticos, dentro e fora do ambiente de um clube, determinam o sucesso ou o fracasso na roleta de oportunidades do futebol brasileiro, que celebra apenas, possibilidades de bons negócios.

O time do Palmeiras não é líder neste ano eleitoral em que se fazem tantas promessas, dentro e fora das quatro linhas que determinam as principais ações do campo de jogo. Não é "campeão", nem no coração da mídia especializada, que parece sempre mais interessada em vender e alimentar uma crise sem fim. Fatos e aspectos negativos da vida do clube são mais destacados do que algo positivo que possa vir a ser gerado.

Luiz Gonzaga Belluzzo é homem íntegro, que ousou reclamar veementemente, quando viu seu clube prejudicado por uma má arbitragem. Ele não frequenta muito o circulo de amizades mais próximas dos atuais "donos do futebol brasileiro". Talvez por isso, esteja sendo penalizado e até gravemente. Percebam, que o Verdão tem sempre alguém expulso, em suas últimas partidas. Parece até que existe um padrão que deva ser seguido.

Os fortes investimentos foram feitos desde o início da sua administração, mas é melhor se salientar que deixará uma dívida para os seus sucessores. Lembro mais uma vez, que ele é o homem que fez um ousado acordo de co-parceria com a multinacional Parmalat no início dos anos 90. Seus principais adversários sabem de tudo o que aconteceu de bom e de mau ao Palmeiras, durante este momento histórico do clube.

Na partida realizada neste sábado à tarde, no Pacaembú de sempre excelente gramado (que contraste com o Palestra Itália), o Palmeiras mostrou garra, determinação e ótimo toque de bola. Bons sinais, que interrompem um deserto de maus resultados.

Acessem o link abaixo, e vejam: o gol marcado pelo zagueiro Danilo em seu centésimo jogo pelo alviverde e a bela finalização de Ewerthon. Ambos em jogadas criadas pelo jovem Tinga e que demonstram um crescimento real de uma equipe que se fortalece jogo a jogo, sem ter realmente grandes pretensões neste campeonato.




O técnico Luis Felipe Scolari escalou o time titular com Tadeu e o recém-chegado Luan no ataque. Além disso, o zagueiro Fabrício também estreou na equipe. Já no primeiro minuto de jogo, Gustavo colocou o braço na bola e foi marcada falta perigosa a favor do Palmeiras. Marcos Assunção cobrou e Paulo Baier se adiantou na barreira, recebendo o primeiro cartão amarelo do jogo. Na repetição da cobrança, Assunção cobrou novamente na barreira e a bola sobrou para Tinga. O volante cruzou na área e Danilo subiu para cabecear, aos 3 minutos, abrindo o placar para o Verdão, 1x0!

Aos 15 minutos, o volante Assunção cobrou mais uma falta, desta vez da intermediária, e a bola passou raspando a trave direita do goleiro Neto. Aos 19 minutos, foi a vez de o árbitro marcar falta a favor do Atlético-PR. Paulo Baier cobrou, mas Marcos conseguiu ficar com a bola. O time paranaense chegou bem aos 28 minutos, com chute forte de Branquinho no canto direito do gol e nova defesa de Marcos. No último lance de perigo da primeira etapa, aos 44 minutos, Paulo Baier cobrou escanteio e o goleiro palmeirense tirou de soco.

E veio o segundo tempo... O Verdão mudou aos 18 minutos, com saída de Luan e entrada de Ewerthon. Ao mesmo tempo, o árbitro expulsou o técnico Felipão, que não pode assistir ao resto da partida de dentro do campo. Aos 30 minutos, Maurício Ramos cabeceou depois de cobrança de escanteio, mas a bola passou por cima da meta. No minuto seguinte, Tinga fez bela jogada individual, levantou a bola com classe (muita categoria) e passou para Ewerthon, que dominou no peito e finalizou forte, ampliando o placar para o Palmeiras, 2x0!

O próximo desafio do Palmeiras será na quinta-feira (19/08/2010), quando a equipe enfrenta o Vitória em partida válida pela Copa Sul-americana. Pelo Campeonato Brasileiro, o Verdão volta a jogar no domingo (22), contra o Guarani de Campinas. Muitas adversidades ainda virão... O palmeirense tem que torcer muito pelas superações!

Ficha Técnica

Palmeiras 2 x 0 Atlético-PR
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio-DF
Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues-RJ e Cesar Augusto de Oliveira Vaz-DF

Cartões amarelos: Tadeu, Mauricio Ramos, Edinho (Palmeiras); Paulo Baier, Maikon Leite, Mithyuê (Atlético-PE)

Cartão vermelho: Tadeu (Palmeiras)

Gols: Danilo, aos 2’/1T e Éwerthon, aos 30’/2T (Palmeiras)

Palmeiras - Marcos; Marcio Araujo, Danilo, Mauricio Ramos e Fabrício; Edinho, Tinga, Marcos Assunção e Rivaldo; Luan (Éwerthon) e Tadeu. Técnico: Luiz Felipe Scollari.

Atlético-PR - Neto; Leandro, Gustavo, Rodholfo e Paulinho; Deivid (Mithyuê), Bruno Costa (Branquinho), Chico e Paulo Baier; Guerrón (Maikon) e Bruno Mineiro. Técnico: Paulo César Carpegiani.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Feliz Aniversário Ponte Preta! O primeiro time do Brasil... Um verdadeiro celeiro de craques!

"Estandarte desfraldado, preto e branco é sua cor. Ponte Preta vai pro campo, prá mostrar o seu valor...". 11 de agosto, dia do aniversário do primeiro time de futebol do Brasil!

A "macaca", "veterana" ou a "nêga véia" de Campinas, como é carinhosamente chamada e lembrada, foi fundada no já longínquo ano de 1900 (época da virada do século dezenove para o vinte), por um grupo de alunos do Colégio "Culto à Ciência", que passava suas tardes jogando bola em campos improvisados num bairro de nome curioso: Ponte Preta. A vizinhança e as cercanias destes campos, fora batizada em virtude de uma ponte de madeira feita pela ferrovia e que, para ser melhor conservada, havia sido tratada com piche.

Liderados por Antonio Oliveira, Luiz Garibaldi Burghi e Miguel do Carmo, os jovens alunos que resolveram fundar um clube e que não tiveram dúvidas ao nomeá-lo com o mesmo nome do bairro. Começava a história da Associação Atlética Ponte Preta, o primeiro clube do Brasil, até hoje em funcionamento ininterrupto e dono da maior torcida do interior paulista.

Ao longo do tempo, a Ponte Preta fortaleceu o futebol regional como um grande celeiro de jogadores e tornou-se um dos grandes clubes brasileiros, gozando do reconhecimento internacional pela formação de atletas que marcaram época. 
 
A história da Ponte Preta é recheada com muitos grandes jogadores, com passagens pela Seleção Brasileira e equipes do futebol europeu. Dentre os inúmeros craques que vestiram a camisa da Ponte Preta, destacam-se:

* Dicá, meia talentoso e exímio cobrador de faltas, considerado o melhor jogador da Ponte de todos os tempos
* Carlos, goleiro do Brasil nas Copas do Mundo de 1978, 82 e 86
* Oscar, zagueiro do Brasil nas Copas de 1978, 82 e 86
* Polozzi, zagueiro do Brasil na Copa de 78
* Juninho, zagueiro do Brasil na Copa de 82
* Waldir Peres, goleiro do Brasil nas Copas do Mundo de 1974, 78 e 82
* Washington, centroavante do Brasil na Copa das Confederações de 2001, artilheiro do Campeonato Paulista de 2001, Copa do Brasil de 2001 e Campeonato Brasileiro de 2004 (o maior artilheiro em uma só edição do certame)
* Luis Fabiano, atacante com passagens pela Seleção Brasileira, atualmente no Sevilla-ESP, começou sua carreira profissional na Ponte Preta, onde marcou gols importantes. Com o preço recentemente fixado em 40 milhões de Euros pela diretoria do clube espanhol, trata-se do atleta mais caro já revelado pela AAPP.

Outros jogadores da Ponte Preta, também com passagens pela Seleção Brasileira:

Seleção Principal: Sérgio Guedes, André Cruz, Fábio Luciano, Mineiro

Olímpica, sub-21: João Brigatti, Gabriel, Claudinho, Alexandre Negri

Vencedores da Bola de Prata, da Revista Placar, jogando pela Ponte:

1977 - Oscar e Polozzi (zagueiros)

1978 - Odirlei (lateral esquerdo)

1980 - Carlos (goleiro)

1981 - Zé Mario (volante)

1982 - Carlos (goleiro) e Juninho (zagueiro)

2000 - Mineiro (volante)

Mais jogadores que fizeram história:

Marco Aurélio, Nelsinho, Jair Picerni, Bruninho, Rodrigues, Samuel, Ciasca, Tuta, Dadá Maravilha, Nenê Santana, Chicão (anos 1970), Chicão (anos 1980), Monga, Pedro Luís, Marcelo Borges, Grizzo, Manfrini, Átis, Jorge Mendonça, Osmar Guarnelli, André Dias, Piá, Gigena, Fabio Luciano.

Em quatro oportunidades históricas, a Ponte Preta sagrou-se vice-campeã paulista de futebol profissional: 1970, 1977, 1979 e 2008. Diante dela, para evitar que conseguisse resultados melhores nestas ocasiões, ninguém mais, ninguém menos que o "trio de ferro": São Paulo, Corinthians e Palmeiras.

Por tudo isso, só resta desejar: Feliz aniversário Ponte Preta! 110 anos de glórias e de uma bonita história de lutas e revelações pelo futebol do Brasil!

sábado, 7 de agosto de 2010

Novidades do "Campo de Jogo" Editorial

O futebol é uma das maiores paixões do brasileiro. E infelizmente, ainda são poucas as oportunidades de se ler boa literatura sobre o assunto. 2010 ainda é o ano da Copa do Mundo da África do Sul e em função disso, muitos excelentes livros foram lançados. Vale a pena, aproveitar...

Vamos então lembrar de algumas destas importantes e já consagradas publicações para apaixonar sem exceção, todos os torcedores do esporte das multidões, sejam eles: flamenguistas, corintianos, são paulinos, santistas, atleticanos, botafoguenses, vascainos, fluminenses, cruzeirenses, colorados, gremistas, palmeirenses, lusos, juventinos, bugrinos ou ponte pretanos. Não importa mesmo, a sua preferência clubística!

"Time dos Sonhos", de autoria de Luís Fernando Veríssimo - A paixão do escritor gaúcho pelo futebol está estampada nesta reunião de crônicas sobre diversos assuntos do esporte, publicados na imprensa entre 1977 e 2009. Editora: Objetiva.

"Recados da Bola", de Jorge Vasconcellos - Depoimentos de grandes jogadores como Nilton Santos, Rivelino, Sócrates, Domingos da Guia e Bellini, entre outros, sobre tristezas e alegrias vividas dentro de campo. Editora: Cosac Naify.

"O Clube como vontade e representação", de Borges Buarque de Holanda - O pesquisador analisa o surgimento e as transformações das torcidas organizadas ao longo do século XX. Editora: 7 Letras.

"Camisa, short e meião", de Moacyr Luz - No livro, que integra a récem-lançada coleção Gol de Letras, o sambista apresenta aos jovens leitores um retrato afetivo do subúrbio carioca nos anos 60. Editora: Rocco.

"Por amor ao futebol", de Pelé - O Rei conta aos pequenos esportistas sobre o início de seu romance com a bola e mostra o quanto a dedicação é importante para quem sonha em jogar futebol. Editora: Companhia das Letrinhas.

"Livro-jogo das Copas", de Lédio Carmona e Marcelo Martinez - O livro tem informação para torcedores de todos os naipes e brincadeiras visuais que vão divertir muito crianças e marmanjos. Editora: Casa da Palavra.

Poucas modalidades esportivas mexem tanto com os aspectos lúdicos de nossas personalidades quanto o futebol. De simulação de uma batalha simulada que reúne onze jogadores atuando de cada lado e correndo e lutando pela posse da bola que deve ser chutada ou cabeceada ao gol, à assunto a ser debatido e refletido por especialistas em teses de mestrado.


Por tudo isso e mais um pouco, o complexo fenômeno popular em torno do esporte chamado futebol provoca interesses em quem quiser estudá-lo sob o ponto de vista econômico, antropológico ou histórico.

Mas isso, atualmente, pois durante décadas foi tratado como assunto marginal pelos teóricos e intelectuais. A primeira obra só foi escrita em 1947 com Mario Rodrigues Filho: "O negro no futebol brasileiro". Inspirado em Gilberto Freyre, Mário Filho descreve como o futebol brasileiro se apropriou de elementos de origem africana, como o samba e a capoeira. Com exceção de alguns pessimistas ao extremo que consideram o futebol como "o ópio do povo", o resto da humanidade ama o futebol.

Alguns recados de grandes craques, vivendo situações inesquecíveis, encontrados nos livros sobre o esporte. (Em 1969, antes de fazer seu milésimo gol...) "Pela primeira vez em minha carreira, eu me senti realmente nervoso. Nunca sentira tamanha responsabilidade. Estava tremendo. Agora era comigo. Meus companheiros me deixaram sozinho e se alinharam no centro do gramado" - Édson Arantes do Nascimento (Pelé).

"O desespero fez com que partíssemos para o tudo ou nada, todos queriam ser heróis... E isso não adiantou muito" - Barbosa, goleiro da derrota da Seleção Brasileira para o Uruguai, na final da Copa do Mundo de 1950, realizada aqui no nosso país.


É isso aí! Aproveitem as dicas e reflitam se puderem, sobre o real significado de se gostar tanto de futebol!

Como sempre bem diz, o jornalista Milton Neves, o "futebol é apenas a coisa mais importante, dentre as menos importantes" que envolvem o destino de um povo ou de uma nação.

Não vale a pena brigar com ninguém pela derrota do nosso time do coração!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Internacional de Porto Alegre é o Brasil em Abu Dhabi 2010!

Ironias do destino no mundo da bola... O representante brasileiro no Mundial Interclubes da FIFA 2010, que será disputado na capital dos Emirados Árabes no fim do ano, não é nem o Todo Poderoso Corinthians do Presidente Andres Sanches (atualmente flertando pelo poder com o Presidente da CBF, Ricardo Teixeira), nem o sempre muito forte São Paulo FC, alardeado como Tricampeão da Libertadores e Tricampeão do Mundo.

É justamente o Sport Club Internacional de Porto Alegre, uma das maiores equipes do futebol brasileiro em todos os tempos e justamente o time que perdeu a final da Copa do Brasil 2009 para o time de Ronaldo Fenômeno e os outros craques que chegaram à equipe paulista graças ao dinheiro obtido com a vinda do maior artilheiro da história das Copas do Mundo. Jogadores que não foram capazes de conquistar o maior sonho da Fiel Torcida!

O Colorado ressurgiu com humildade, discrição, aplicação tática, boa administração, a reunião de ótimos atletas em uma equipe certinha e superou todos os estágios para chegar a este bom momento. O curioso é que não precisa mais nem ser campeão da Libertadores de América para garantir esta condição extremamente favorável, mas mesmo assim irá para Guadalajara, no México, enfrentar o Chivas local com toda a motivação possível e afirma que não jogará no estádio do clube rival, a primeira partida, já que o estádio, recém-construído pelos mexicanos utiliza gramado sintético.



O sonho de repetir a façanha de 2006, quando bateu o time do Barcelona na final do Mundial Interclubes 2006, realizada em Yokohama no Japão, está agora mais perto. Aquele time também eliminou o São Paulo FC naquela edição do principal torneio sulamericano.

Internacional 2006 - Campeão do Mundo!

Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Índio e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro, Edinho, Alex (Vargas) e Fernandão (Adriano); Iarley e Alexandre Pato (Luiz Adriano) Técnico: Abel Braga

(Clique no link acima e veja de novo, os lances desta fantástica partida e o gol de um jogador reserva que entrou para a história)

Um grande jogo de futebol

Aplaudido pelos torcedores após a eliminação, o São Paulo teve bons momentos na partida desta quinta-feira (5/8/2010) à noite, e até conseguiu uma vitória - insuficiente, porém, para mantê-lo na rota do tetracampeonato da Libertadores. Batido pelo Inter na final da edição de 2006, o clube paulista caiu diante de um brasileiro pela quinta vez consecutiva. Depois da decisão realizada há quatro anos, Grêmio, nas oitavas em 2007, Fluminense, nas quartas de 2008, e Cruzeiro, também nas quartas em 2009, encerraram o sonho de título continental dos tricolores.

Apesar da vitória, com gols de Alex Silva e Ricardo Oliveira, o São Paulo possivelmente terá mudanças nos próximos dias. Com o fim de seu contrato, Ricardo Gomes finalmente deve ser liberado. Fala-se em Sérgio Soares para substituí-lo. O Camisa 10 da equipe, Hernanes vai agora defender a Lazio, da Itália (time de Benito Mussolini), e fez aquele que tem tudo para ser seu último jogo.

O Internacional, que havia vencido no Beira-Rio por 1 a 0, gol de Giuliano, jogará uma decisão da Libertadores pela terceira vez em sua história. A primeira foi em 1980 e teve derrota contra o Nacional, do Uruguai. Na segunda, em 2006, veio o título diante do São Paulo e dobradinha com Mundial sobre o Barcelona, no Japão.

O segundo tempo começou com enorme agitação (o Tricolor vencia a partida por 1 x 0) e, já aos 6 minutos, o Internacional eliminou a possibilidade de uma disputa por pênaltis. Taison foi derrubado na entrada da área. D'Alessandro cobrou a falta de forma inteligente e Alecsandro, justamente o irmão do Richarlysson, esperto, desviou, enganando Rogério Ceni.

O gol colorado exigia do São Paulo mais dois gols para jogar a decisão da Libertadores e a resposta foi praticamente imediata. Ricardo Oliveira (eterno craque em decisões), atento, recebeu a bola dentro da  área, girou rápido, marcou o gol e colocou novamente o São Paulo à frente, aos 8 minutos. A defesa do Inter pediu impedimento, mas o atacante são paulino tinha condições legais graças ao posicionamento do lateral Nei, que não conseguiu se adiantar a tempo.

A decisão da Libertadores já começa na quarta-feira, 11 de agosto, contra o Chivas Guadalajara, no México. A finalíssima acontece na semana seguinte, dia 18, no Beira-Rio. Como a vaga mexicana é definida pela Concacaf, o Internacional automaticamente se tornou o indicado da Conmebol para o Mundial de Clubes.


Uma noite de festa para a torcida colorada, presente no estádio paulista, que gritava em tom de provocação: "Aha, uhu, o Morumbi é nosso!". Também uma noite em que os jovens torcedores do Internacional em Porto Alegre e em todo o Brasil, jamais irão esquecer. Noite de festa de redenção!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Meninos da Vila: A Nova Geração!

Parece até filme hollywoodiano de sucesso, que a poderosa estrutura comercial do cinema norte-americano empurra pra cima da gente... Com primeira parte, segunda e terceira... E a promessa é sempre de show, acima de tudo! Como somos carentes de espetáculos no mundo da bola, sempre criamos a maior espectativa...

Lembro com muita alegria da primeira geração dos Meninos da Vila, a reunião de jovens craques, promovida pelo Santos FC. Verdade seja dita, o primeiro "menino da Vila", chamava-se Édson Arantes do Nascimento e conquistou o mundo como Pelé com apenas 17 anos! Ele conquistou o mundo com futebol de gênio, de qualidade, fantástico domínio de bola e percepção das jogadas.

Ele atuava com alegria... Percebam que eu disse, alegria, e não euforia desmedida e desnecessária! Ele vinha de origem humilde, mas tinha formação, bons valores de aprendizado de família e sabia muito bem diferenciar, o que era realmente certo daquilo que podia ser errado ou abusivo.

E isso não quer dizer que seu futebol não era abusado... Na bola, na hora do jogo e somente contra os adversários!

Também acompanhei como torcedor de futebol apaixonado, o nascimento do primeiro time dos meninos da Vila, em 1978 e 1979. Não sou santista, mas a equipe jogava tão bem, era tão rápida e genial, que maravilhava qualquer garoto sensato, fã de futebol bem jogado.

No dia 28 de junho de 1979, a sempre muito jovem equipe de sucesso santista - um clube que pensa constantemente no aspecto renovação de elenco - e conta com a facilidade de ser a principal entidade esportiva da baixada santista - conquistava o Paulistão de 78, competição que só terminou no ano seguinte. O time campeão era muito diferente da equipe titular que havia começado o campeonato e que aparece na foto abaixo: Em pé: Gilberto Sorriso, Vitor, Joãozinho, Neto, Clodoaldo e Nelsinho. Agachados: Nilton Batata, Ailton Lira, Juary, Pita e João Paulo.


O time que atuou na última partida contra o São Paulo FC, comandado brilhantemente pelo disciplinador treinador Chico Formiga tinha: Gilberto Sorriso, Flávio, Antônio Carlos, Zé Carlos, Neto e Nelsinho Batista; Nilton Batata, Toninho Vieira, Juary, Pita e Claudinho.

Mesmo perdendo por 2 a 0, o time empatou com o Tricolor Paulista na prorrogação e sagrou-se campeão paulista! Um feito extraordinário na época em que todos os times de São Paulo, sem exceção, tinham realmente equipes fortes e combativas. Quero dizer... Todo time, mesmo os do interior, tinham pelo menos um craque na sua escalação. Esta foi a primeira geração dos Meninos da Vila!

A Segunda Geração

A segunda geração dos Meninos da Vila marcou sua época em 2002, conquistando o Campeonato Brasileiro no dia 15 de dezembro, e humilhando, o Time da Fiel Torcida, em pleno Morumbi. O placar foi de 3 a 2, mas Robinho e suas fantásticas pedaladas simplesmente atropelaram o volante Rogério, do Corinthians, improvisado na zaga... Um futebol desconcertante e praticamente impossível de resistir! Confira a escalação da equipe dirigida naquele tempo, pelo também técnico disciplinador, Émerson Leão:

Fábio Costa; Maurinho, André Luís, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Robert, (depois Michel), Robinho e William (e depois, Alexandre).

Dois novos craques do futebol brasileiro, surgiam naquela partida: Robinho e Diego.

Robinho foi, na época, apontado por muitos como o “Novo Pelé”. Diego também foi destacado um dos jogadores mais promissores surgidos no Brasil, naquela época. E os dois sempre apareciam juntos na TV, em programa de esporte, de entrevista, de criança, de humor… Eles faziam de tudo. Afinal, para eles, era mesmo tudo arte, festa e molecagem! O que valia a pena, era diversão!

Mas qual é o limite entre a arte, o futebol rápido, envolvente e bem jogado, e a diversão, a molecagem, a bagunça, a falta de educação, o desrespeito pelo adversário (que a FIFA manda punir), a baderna e a palhaçada?

Neymar, Ganso & Cia

Nós brasileiros, somos em grande maioria, latinos ou descendentes, e por isso, gostamos mesmo e muito, de sentimentos extremados, exagerados, abusivos. Curtimos uma boa provocação na vida, e principalmente no campo de jogo. Nada é tão diferente no futebol. Sempre admiramos Garrincha, pelos dribles e malabarismos que era capaz de fazer com a bola. Mané brincava com a pelota e muitos quiseram imitá-lo. A habilidade dos dribladores sempre é fascinante... Um bom fintador sempre desestabiliza emocionalmente um mau marcador.

Mas o drible exagerado também é atitude! E pode ser mal interpretado... O craque Didi, do Botafogo do Rio, bicampeão mundial de futebol nas Copas do Mundo de 1958 e 1962, sempre reafirmava sua humildade e dizia: "Eu não gostava de driblar, porque o drible é uma emergência do futebol. Às vezes, quando não é possivel fazer uma tabela ou dar um passe, aí a gente precisa do drible". Excesso de deboche aos adversários, geralmente causa a auto-euforia. E é sempre bom lembrar que dentro do campo, são sempre 11 conta 11 e um árbitro que pode complicar para um dos lados.

Nesta última semana, animados pela vitória sobre o Grêmio Prudente, pelo Campeonato Brasileiro 2010, os reservas do Santos exageraram na comemoração. Direto do quarto da concentração, Zé Eduardo, Mádson e Felipe, entre outros, iniciaram um bate-papo com fãs que acabou em ofensas aos internautas. Alertados por Robinho, que acompanha a cena de Santos, Zé Eduardo chegou a dizer que o camisa 7 não fará falta quando deixar a Vila Belmiro.

“Pedalada (apelido de Robinho), segura. Sabe por que? Depois do seu último jogo aqui no Santos ninguém vai sentir a sua falta. Ninguém vai sentir sua falta aqui no Santos”, disse Zé Eduardo.

Nesta quarta-feira (4/8/2010), pela finalíssima da Copa do Brasil, o confronto contra o Vitória, será jogado no Barradão e o Santos FC é disparado mesmo, o favorito para ser campeão. Curiosamente, Robinho e André estarão se despedindo do elenco, já que vão para o Exterior. Será que estes tumultos extra campo não vão perturbar a concentração do time em uma decisão importante! E ser for um mau dia da garotada e o Vitória resolver jogar bola?

Sem querer ser falso moralista, as atitudes desta terceira geração de Meninos da Vila, muitas vezes me assustam e desapontam. Na final do Paulistão deste ano, Paulo Henrique Ganso protagonizou um fato raro, inesperado mesmo (até alardeado e cultuado por alguns jornalistas especializados) e se recusou a ser substituído pelo técnico da equipe, o Dorival Júnior, que merece todo o respeito da mídia, pelos seus trabalhos, sempre muito corretos e competentes.

Depois queria ser convocado para a Copa do Mundo! E o tal de Neymar, além da tentativa de tirar uma pra cima dos goleiros adeversários com eventuais paradinhas ou cavadinhas, sempre tentar "cavar" faltas e enganar, tapear, ludibriar os árbitros que apitam os jogos da sua equipe. Será que vão sempre deixar... Olha, que o menino é mesmo craque e não precisa disso! Acho que está rolando muita brincadeira e não acredito que possam controlar alguma coisa agora! Tomara que os melhores resultados, sempre possam ser atingidos dentro dos gramados! Mas, o exemplo para a garotada, que curte muito estes jogadores, não podia ser pior!

Por fim, sobre a sempre "boa ideia" de reedição dos Meninos da Vila (todos craques na concepção da palavra) só tenho a afirmar: talvez, um seja pouco, dois sejam bom e três, sejam mesmo demais!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Volta do New York Cosmos

Existem muitos momentos mágicos na história do futebol internacional. Talvez um dos mais incríveis, tenha sido a empreitada, o fantástico empreendimento, que levou à criação da equipe do New York Cosmos em plenos anos 70. Criado pelos irmãos Nesuhi e Ahmet Ertegün, na época em que eram os fundadores da gravadora Atlantic Records, o clube logo se filiou à NASL - North American Soccer League. Tudo isso ocorreu, no momento da compra da Atlantic pela Warner Communications, atual grupo Time Warner, em dezembro de 1970. Em seu primeiro confronto, o time venceu o Saint Louis Stars por 2 a 1. Steve Ross, então Presidente da Warner, era apaixonado por futebol.

De 1971 a 1984, o Cosmos conquistou o Campeonato de Futebol dos Estados Unidos em cinco oportunidades: 1972 - Com 7 vitórias, 4 empates, 3 derrotas; 1977 - Com 15 vitórias, 11 derrotas (o resultado de empate foi abolido, neste período. O resultado era definido numa "disputa de penaltis" adaptada ao estilo norte-americano de ser); 1978 - Com 24 vitórias, 6 derrotas; 1980 - 24 vitórias, 8 derrotas; e 1982 - 23 vitórias, 9 derrotas.

Pela equipe, neste período, passaram grandes craques do futebol mundial, contratados a peso de ouro, como Pelé, Franz Beckenbauer, Giorgio Chinaglia, Carlos Alberto, Marinho Chagas, Romerito, Seninho, Johan Neeskens, Johan Cruijff, Eusébio, Rick Davis, Oscar, Eskandarian, entre muitos outros.

Principal responsável pela divulgação do futebol nos Estados Unidos, o New York Cosmos está de volta ao futebol. O anúncio foi feito pelo Pelé, o maior craque do futebol do Brasil em todos os tempos, que foi jogador da equipe norte-americana nos anos 70, nomeado também presidente de honra do clube.

"Quero dizer para todos: o New York Cosmos está de volta. Estamos aqui com uma nova geração. É uma emoção muito grande para mim. Estive aqui há 33 anos para promover o futebol e hoje temos esta terceira geração" afirmou.

Em evento realizado no último domingo (1º/8/2010), Pelé revelou que a intenção do Cosmos é trabalhar com jovens atletas, buscando a revelação de novos talentos. A equipe, inclusive, já firmou uma parceria com o BW Gottschee, clube com 60 anos de história e experiência no trabalho com garotos.

Em um comunicado oficial, o clube norte-americano deu detalhes sobre o novo projeto: "Nós nos comprometemos a ajudar na melhoria do futuro do futebol no país, com significante investimento em categorias de base e oferecer filosofias e oportunidades de treinamento. O Cosmos também trabalhará ao lado da prefeitura (de Nova York) para permitir que as crianças joguem futebol com mais frequência, oferecendo equipamentos e facilidades" diz o informe.


Os jogos do New York Cosmos, na década de 70, reuniam sempre grande público para as partidas disputadas principalmente no Giants Stadium, de 1977 a 1984.

O NY Cosmos enfrentou o brasileiro Santos FC em duas oportunidades, vencendo ambas por 2 a 1. A primeira foi em 1977, na despedida do Rei Pelé, que atuou um tempo em cada equipe e marcou um dos gols do time americano. A outra foi em 1979, na Vila Belmiro.

O Cosmos também enfrentou outras duas equipes Brasileiras: o São Paulo FC no Giants Stadium pela Transatlantic Cup de 1983. O jogo acabou 3x2 para o Tricolor do Morumbi com gols de Bojicevic e Romerito para o Cosmos e 3 gols de Careca para os visitantes. E o Grêmio foot-ball portoalegrense em 30 de agosto de 1981, também no Giants Stadium, só que desta vez em partida amistosa. O jogo acabou 3x1 para o tricolor gaúcho.

Quando Pelé encerrou a carreira em fins de 1974, não tinha a intenção de continuar, entretanto a proposta do Cosmo de tres milhões de dólares (uma fortuna bem maior à época) por tres temporadas seduziu o Rei. E assim o futebol decolou de vez nos Estados Unidos, alcançando recordes de público.

Um dos maiores entusiastas da contratação de Pelé pelo Cosmos, naquela época, foi o então Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, fã do futebol brasileiro, de Pelé e do Santos FC até hoje.

Confira no link abaixo, os melhores momentos da final da NASL de 1981 entre o Chicago Stings e o New York Cosmos. Notem que o campo de futebol (soccer) foi adaptado em cima das marcas das jardas do gramado sintético de futebol americano. O resultado até hoje é curioso, lembrando-se que o time de estrelas era a equipe de Nova Iorque. Uma oportunidade de assistir novamente, um estilo de "decisão" bem diferente:

Chicago Stings x New York Cosmos

Em 7 de julho de 2006, a produtora estadunidense de filmes para o cinema, Miramax Films, passou a exibir nos cinemas dos EUA, um documentário chamado Once in a Lifetime - The Extraordinary Story of The New York Cosmos (Uma Vez na Vida - A Extraordinária História do New York Cosmos, em inglês). Muito elogiado e narrado pelo ator Matt Dillon, este filme - como diz o título - conta a história da legendária equipe de futebol estadunidense.

O subtítulo do filme é bem sugestivo: The Untold story of the team that had America at its feet (aproximadamente A história oculta do time que teve a América aos seus pés).

Em agosto do ano passado, o ex-diretor da equipe inglesa, Tottenham Hotspur, o britânico Paul Kemsley, comprou a equipe do Cosmos por um valor até agora não divulgado e afirmou que o Cosmos voltaria a competir na atual e super-organizada Major League Soccer. Tudo leva a crer, que bons tempos estão de volta ao futebol, ou melhor ao soccer, lá nos Estados Unidos. Vamos esperar e conferir!