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domingo, 18 de dezembro de 2011

Muito obrigado Doutor Sócrates!

Poucos jogadores de futebol chamaram tanto a minha atenção favoravelmente quanto o Doutor Sócrates! Ídolo da nação corintiana e dos torcedores brasileiros. Um dos maestros da Seleção Brasileira nos tempos saudosos de Telê Santana. Infelizmente, Sócrates faleceu no domingo, 4 de dezembro, data em que o seu Corinthians conquistou pela quinta vez, um campeonato brasileiro.

Na ocasião, vários deputados e políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores e até a Presidente Dilma Rousseff definiram Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira,  como "um brasileiro exemplar".

Em minha fascinada memória de não corintiano ficaram também seus geniais passes de calcanhar e seus gols fantásticos! Obrigado Magrão! Para homenageá-lo como se deve, o meu amigo corintiano, Anderson Dias. São seus, os comentários e os sentimentos que seguem abaixo!

Texto de Anderson Dias:


Na verdade eu estou meio triste com o querido Magrão, não estava combinado que eu perderia o único ídolo que tive no futebol, ainda mais numa tarde onde milhões de pessoas tiveram que se dividir entre dois sentimentos diante da quase certeza de um título corintiano.

Por muito tempo eu achei que tinha ídolos apesar de ter sido ensinado e criado dentro de alguns conceitos religiosos que naturalmente me impediam de fazer alguma idolatria, no entanto, admiração profunda é possível sem o fator doentio da idolatria e foi isto que aconteceu eu descobri na manhã de sua morte que admiração profunda eu tinha por muito poucos, e um deles era você Magrão.

O fato é que eu passei minha infância inteira tentando imitar o Dr. Sócrates quando comemorava um gol, foram dezenas de vezes que eu driblei um, driblei dois, driblei três, talvez nem tenha driblado tanto assim, mas eu fazia o gol naquela rua de asfalto no bairro da Penha em São Paulo e saía com o braço estendido para o alto imitando o maior jogador que vi vestir a camisa alvinegra de Parque São Jorge.


Eu tinha muito orgulho de ir para a escola ainda cursando o ensino fundamental e dizer para os meus amigos e adversários que o maior craque do futebol paulista jogava em meu time de coração e na seleção brasileira que só aprendi a amar por causa de gente como você e o Zico.

Na manhã de 4 de dezembro quando soube pela tevê da sua morte Magrão, tive a estranha sensação de que por um instante haviam roubado parte da minha infância, as melhores lembranças do futebol, as minhas primeiras idas ao Pacaembu ver o Sócrates ao lado do meu pai, tudo aquilo que magicamente cercava minha cabeça durante toda a vida, parecia ter sumido. Não é verdade, as lembranças sempre estarão aqui, mas é que a saudades de uma criança parece doer mais que a do adulto, e eu me vi de novo com 10, 11 e 12 anos tentando entender o que estava escrito na camisa do Corinthians, o que significava a palavra democracia? O que era aquilo de fato e alguns anos depois quase na vida adulta, percebi o quanto o Sócrates era genial dentro e fora dos gramados, aí então passei a ouvi-lo com mais atenção e não apenas pela admiração futebolística.

Como eu gostaria de ter estado no Pacaembu naquele circulo central e levantar o braço junto com os jogadores em homenagem a você Dr. Sócrates, mas na minha casa em meio a lágrimas que eu covardemente tentava conter e não conseguia, eu também te homenageei na minha memória.

Não foram poucas às vezes que eu vi você numa entrevista dizer que não tinha jogado tanto assim, a ausência de vaidade era mais um fator de glória em sua vida. Você jamais falou de si  mesmo, mas os grandes do futebol falaram; eu vi o Zico dizendo do prazer que era tocar e receber a bola dos seus pés, eu ouvi Michel Platini reverenciá-lo, vi o capitão da seleção italiana de 1982 Dino Zoff falar que o mundo perdeu um grande e nada disso está ligado a paixão clubística que você conseguiu passar por cima e por que não citar o craque sãopaulino Raí que disse inúmeras vezes que o seu irmão era muito acima da média mundial.

Vou guardar para sempre imagens a seu respeito, mas algumas delas com mais carinho como as vezes que vi você cantando o hino nacional com a mão no peito e sabendo toda a letra do início ao fim e hoje vejo meu filho de 4 anos dizendo que quer aprender a cantar o hino, com certeza vou ensiná-lo com muito carinho.

Outra imagem será você no palco do movimento “diretas já” bradando palavras de ordem, esperança e convicção e mostrando que o futebol  pode ser muito mais que o ópio do povo.

E por fim dois gols, um no jogo contra a União Soviética em 1982 quando perdíamos por 1 x 0 e você pegou uma bola na diagonal da esquerda pra direita, driblou dois adversários e mandou um pombo sem asa na gaveta do Dasayev empatando a partida e saiu comemorando com o braço erguido abraçado por todos os jogadores que te admiravam como grande capitão.

E para terminar, o gol na final do campeonato paulista de 1983 contra o tricolor, quando o Zenon domina a boa na entrada da área, espera você passar e ironicamente toca de calcanhar como você fazia e na passagem entrando na área, com frieza e classe você toca no canto do grande Valdir Perez e faz o gol do título com a massa ensandecida.


O mundo conheceu um homem comum, simples, bem magro, alto que sabia usar os pés e a cabeça como poucos em todos os tempos. Com os pés Deus não me deu o seu dom, mas eu prometo que com a cabeça eu vou me esforçar, aliás, já venho me esforçando desde adolescente para entender e discutir um mundo melhor.

Se eu tivesse algum poder dentro do Sport Clube Corinthians Paulista, a camisa 8 seria eternizada num monumento na porta do Parque São Jorge.

Obrigado Dr. Sócrates por ter me dado a magia que toda criança precisa na infância!

Anderson Dias é bacharel em comunicação, pós-graduado em comunicação e marketing, apaixonado por futebol.

Para saber um pouco mais sobre o Doutor Sócrates, clique no link abaixo e assista ao filme: "Ser Campeão é Detalhe: Democracia Corinthiana". Vale a pena!


Crédito das Imagens: Fotos - Terra/ UOL e Lucas Manfré Barreiro 

domingo, 7 de agosto de 2011

O Batismo de Fogo

O futebol é um esporte fantástico, emocionante mesmo, e sempre propicia um grande aprendizado de superações. No momento em que o futebol dito profissional, nos desgasta e entristece, mostrando a sua faceta repleta de negociatas e maus exemplos, é oportuno resgatar a experiência de meu sobrinho Lund, filho de minha irmã Ana Cristina, nas Olimpíadas Internas do Colégio "Dante Alighieri".

Um simples e autêntico exemplo de esportividade que contagiou seus colegas. Em uma das mais fantásticas partidas disputadas na edição do torneio deste ano, Lund (goleiro) parou o ataque adversário e demonstrou o quão gostosa, divertida e fascinante pode ser uma partida de futebol. Ofereço a narrativa também ao grande amigo jornalista, eterno padrinho, professor de várias ocasiões e também um goleiro pra lá de dedicado: Mauro Beting.

Lembrei de um jogaço da Copa da Aeda, nos já longínquos anos 80, em que o nosso time de futebol de salão, com apenas três jogadores esforçados na linha (inclusive eu mesmo) pôde contar com a estrela de um grande goleiro inspirado. Fator que realmente pode apontar toda a diferença, num dia de jogo difícil. Por isso, vale a pena acompanhar o texto do Lund. Bom entretenimento!

Texto de Lund de Castro Lobo dos Santos:

No dia 18 de maio de 2011, fiz meu primeiro jogo oficial como goleiro. Algo sem importância. Apenas um jogo de futsal, valendo por uma Olimpíada interna, sem o glamour de fotógrafos ou emissoras de televisão. Nada de estádio lotado, a partida foi realizada em um ginásio com, no máximo, 500 pessoas. Mas sem os momentos simples, o que seria da vida?

Entrei no jogo com uma camisa azul com o número “1” atrás, uma boina na cabeça e tal como Atlas, o mundo nas costas. Em quase todos os aspectos, à primeira vista, éramos um alvo fácil. Tínhamos jogadores mais baixos, menos fortes, e, no conjunto, menos habilidosos. Nosso humilde uniforme laranja, adquirido com enorme sacrifício, entrava em contraste com o uniforme preto, chique, feito sob medida para o lado oposto.

Qualquer um que batesse o olho, certamente diria que estávamos perdendo nosso tempo. E eu, como arqueiro, estava em um silencioso desespero. Sabia que o peso da derrota cairia sobre mim. Após o apito inicial, sabia que tudo estava em jogo. Este seria o meu batismo de goleiro.

Não muito tempo após o começo do jogo, que a bem da verdade estava um tanto truncado, apesar do equilíbrio, vi um chute rasteiro, de longo, entrar no meu canto direito. O mundo havia desabado. Começara o massacre. Sabia que eu precisava me manter frio, como todo bom goleiro.

Após um primeiro tempo sem muitos destaques, entramos no segundo tempo (ambos de 15 minutos). Bola alçada na área. Um atacante do outro time chuta de chapa, redondinha... E um vulto azul e preto entra no caminho da redonda, que vai para escanteio! Pensei que seria um mero consolo. Mas o futuro guardava-me surpresas...

A verdade foi essa: fui impiedosamente bombardeado. Bolas rasteiras, altas, de rebote, e, para meu espanto, o placar não se mexia! Fui segurando a meta, forçando contra ataques com meus longos tiros de meta, sem muito sucesso. Porém, um click: um contra-ataque iniciado por mim resultou em gol! Não há muitas palavras para descrever o acontecido. Mas uma delas, com certeza, é: inacreditável.
 
Claro, não apenas as minhas defesas, mas a atuação irretocável da minha zaga. Meus aguerridos companheiros de time repeliam bravamente cada contra ataque. Quase não atacamos. Mas nos defendemos como um time uruguaio. E claro, também, à sorte. Mas, pergunto eu: o que seria dos goleiros sem sorte?

Enfim, como as redes insistiram em não se estufar mais, a decisão foi para os pênaltis. Imediatamente tremi nas bases. Se no futebol, onde há 5 metros entre a bola e o gol, imagine no futsal, onde dificilmente há mais de 2? Eu pensei que seria impossível. Para mim, já estava acabado. A batalha terminara. Porém, a esperança é a última que morre.

Começam os segundos que definirão o jogo. Nosso time chutou, e o pênalti foi brilhantemente convertido com um balaço no ângulo esquerdo. Foi à cobrança do outro time. Procurei evocar o grande Lev Yashin, e durante 5 segundos, tive mais pensamentos do que tive em muitas horas. Era tudo ou nada. 8 ou 80. A cobrança foi na altura da minha coxa. Abaixei-me e espalmei a bola para cima. Com outro toque, evitei que a bola entrasse. O impossível ocorrera. Para mim, era como se desse um passo na lua, ou descobrisse a América. O ginásio explodiu em alegria, sensibilizado por meu desafio imposto aos antagonistas de meu time.

Após outras duas cobranças, conseguimos ganhar. Simplesmente inacreditável. Uma zebra com todas as listras que tem direito. Com a bola no pé e a vontade no coração, eliminamos um time que quase nos humilhou. Nada mal para um arqueiro estreante.

Imagens: Divulgação Colégio "Dante Alighieri"




Lund de Castro Lobo dos Santos, especial para o "No campo de jogo".

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O mandatário máximo do País do Futebol

Ricardo Teixeira é o mandatário máximo do futebol do Brasil. Ninguém manda mais do que ele. Deixou isso claro, na sua última entrevista, publicada pela revista Piauí, na semana passada. Xingou tudo e todos! Passou até dos limites da boa educação.

A certeza de impunidade é tanta que ainda ameaçou boa parte dos seus críticos afirmando: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou”. Veja mais no blog de Cosme Rímoli no Portal de Notícias R7, acessando o link abaixo:


Na verdade, hipocrisias à parte, ele é um retrato da média dos dirigentes de futebol do Brasil, alguns claramente comprometidos com ele, e que controlam um esporte, que cada vez mais, torna-se apenas outra modalidade de negócios, sem nenhuma consideração com aspectos lúdicos ou meritórios. Um ramo de negócio que arregimenta pessoas oportunistas em vários setores. O que é muito lamentável mesmo! E que mexe com os sonhos da nossa juventude...

Adoro futebol desde criancinha! Acho linda a festa das cores e das torcidas! Das celebrações das tradições e da rica história dos nossos clubes. Narrativas de superação e de muito trabalho e suor, em nome do crescimento das agremiações. Não interessa se a instituição é de elite ou popular. No campo de jogo da esportividade, todos deveriam ser tratados igualitariamente, mesmo não sendo!

Só para lembrar... Enquanto nos enfraquecemos, os ingleses estão se preparando bastante, e na surdina, para realizar a Copa do Mundo em 2014. Lá, as obras já foram naturalmente realizadas ao longo dos tempos. A grande maioria dos estádios congrega públicos de mais de sessenta mil pessoas e não precisam de isenção fiscal para levantar estruturas faraônicas.

Sempre é bom lembrar que apesar de terem passado por muitas guerras e sofrimentos também, não precisam nem de constituição escrita!

E quem ganha dinheiro por fora vai para a cadeia, se isso ficar comprovado! Os ingleses querem realizar a Copa do Mundo e vão fazer lobby forte para conseguir isso, paralelamente à sucessão dos imbroglios, que acontecerão aqui no País Tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza! Ainda bem que estamos num momento forte, econômica e internacionalmente falando. Abençoada seja então a crise econômica internacional que faz do Brasil, a bola da vez, e deixa tanto político populista orgulhoso, com discurso ufanista na ponta dos lábios.

Só que na grande ilha onde se localiza o País da Rainha, os direitos do Manchester United e do Blackburn Rovers são idênticos. Eu os estou comparando aqui, propositadamente, à semelhança de Corinthians e Avaí! Quem compete com dignidade, sempre merece respeito. Não importa o tamanho da torcida ou de suas origens.

Apenas para finalizar: abram os olhos, amigos torcedores brasileiros, de norte a sul e de leste a oeste! Ninguém é melhor do que ninguém e todos os clubes merecem respeito igualitariamente. Existem limites para chacotas e brincadeiras. E para patriotadas! Mas não podemos permitir que nos façam de palhaços!

Por que ninguém pensou em modernizar o Pacaembu, aqui em São Paulo, que é da municipalidade, e portanto, 100% do povo? Nestes tempos de construção de "elefantes brancos", todo o cuidado é pouco e depois da Copa do Mundo do Brasil em 2014 (que vai com toda certeza se realizar no Brasil, já que afinal de contas, existem muitos interesses políticos e econômicos favoráveis para que isso aconteça), todos nós iremos pagar a conta. E deixo claro que não tenho nada contra a construção do novo estádio do Timão, só que não com dinheiro público, que é de todos os paulistanos, inclusive os não corintianos!

Isenções fiscais aprovadas de forma oportunista são sempre lesivas aos cofres públicos! Aurélio Miguel é muito mais do somente torcedor do glorioso São Paulo FC. É defensor do erário público, que diz respeito diretamente, a todos os cidadãos desta metrópole!

Finalizando...

E nada mesmo vai acontecer de mal com o Ricardo Teixeira até 2015. Lamentavelmente. Palavra de quem realmente tem o poder nas mãos! Ponto final.

sábado, 2 de julho de 2011

Copa do Mundo de Futebol Feminino da Alemanha 2011 - O Show das Gatas que encantam os olhos!

Chega de preconceito! Futebol também é esporte de mulher, sim. E de belas gatas, beldades que desfilam ao mesmo tempo beleza e muita capacidade técnica, na Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA, atualmente disputada na Alemanha.

O jogo das gatas é muito mais cadenciado e nos faz recordar com certeza, de um futebol mais artístico e menos dependente das explosões musculares e do poder do pique dos jogadores do futebol masculino atual, de muito mais força do que real habilidade. E não que as mulheres não atentem para o detalhe da preparação e do condicionamento físico!

Afinal de contas, como cresci também numa família de origem italiana de valores tradicionais conservadores, me acostumei a ouvir as pérolas do tipo: “futebol não é jogo para mulher”, “futebol é jogo de macho”; transformando as mulheres que jogam bola, em bizarrices estereotipadas, mulheres machonas e masculinizadas, mulheres sem delicadeza, sem nenhum grau de feminilidade.

Felizmente as tolices, bandalheiras e besteiras que assolam os valores e o padrão (ou a falta dele) de educação, tipicamente latinos, não têm mais eco na Europa e em muitos dos melhores países e nações deste planeta com cultura cada vez mais globalizada.

Hoje, as mulheres também jogam bola e ponto, não deixam de serem gatas e beldades para fazerem isso!

Como é o caso da jogadora meio-campo alemã Fatmire Bajramaj, que já vive o clima de deslumbramento dos paparazzi, sempre que se aproxima para entrevistas. A atleta se transformou literalmente, na “menina dos olhos” destes fotógrafos.

Além dela, a goleira norte-americana, Hope Solo; a também zagueira da Seleção dos Estados Unidos, Ali Krieger; e as atacantes suecas Lotta Schelin e Josefine Oqvist, encantam os olhos de todos que assistem seus jogos e descobrem suas belezas, muito além de suas habilidades!

Copa do Mundo da Alemanha 2011

A sexta edição da Copa do do Mundo de futebol feminino está sendo realizada de 26 de junho a 17 de julho de 2011.

A Copa do Mundo de Futebol Feminino da FIFA (Campeonato Mundial de Futebol FIFA) é um campeonato de futebol feminino realizado a cada quatro anos pela FIFA (Fédération Internationale de Football Association).

As eliminatórias para a Copa do Mundo de 2011 inciaram suas disputas durante 2009 e finalizam em 2010.

A FIFA havia considerado a possibilidade de aumentar o número de equipes de 16 para 24, de modo a reflectir a crescente popularidade mundial de futebol feminino e da Copa do Mundo de Futebol Feminino. No entanto, a 14 de março de 2008, o Comité Executivo da FIFA decidiu manter o número de participantes em 16, pois mais equipas poderiam diluir a qualidade do jogo. A ideia de ter 20 equipes participando, que havia sido discutida, foi impossível de concretizar em termos de planejamento e de suporte logístico.

A nação anfitriã, Alemanha, teve qualificação automática, enquanto as restantes equipas nacionais qualificaram-se através das suas confederações continentais: Copa da Ásia, Campeonato Africano, Campeonato da Oceania, Campeonato Sul-Americano e Copa Ouro da CONCACAF. Os grupos relativos à UEFA foram os primeiros a ficar definidos através de uma eliminatória específica.

Alemanha, Brasil, Estados Unidos e Japão foram previamente selecionados como os cabeças-de-chave, integrando os grupos A, B, C e D, respectivamente. Algumas condições foram estabelecidas para evitar que equipes da mesma confederação caíssem no mesmo grupo. A única exceção foi o grupo A, que contaria obrigatoriamente com duas seleçoes europeias (incluíndo a anfitriã Alemanha).

Desta forma, Austrália e Coreia do Norte não poderiam cair com o Japão no grupo B, assim como Canadá e México estavam impossibilitados de cruzar com os Estados Unidos no grupo C. Para evitar que as duas equipes sul-americanas (Brasil e Colômbia) caíssem no grupo D, a primeira equipe sorteada no pote 3, desde que não fosse a Colômbia, seria automaticamente destinada para esse grupo.

Brasil:

Esquema cada vez menos utilizado no futebol mundial, o 3-5-2 é a tática da Seleção Brasileira há alguns anos, e se repete sob o comando do treinador Kleiton Lima na Copa do Mundo Feminina de Futebol, na Alemanha. Na competição, também é raro ver equipes atuarem dessa forma, mas o técnico brasileiro tem uma justificativa direta para o fato: "fiz um estudo sobre isso no Brasil e é difícil achar laterais, inclusive entre os homens", alega Kleiton Lima, no cargo desde 2009.

"As nossas laterais avançam muito e deixam espaços nas costas, não fecham por dentro e são fisicamente inferiores, e também mais baixas, que as europeias", argumenta Kleiton, que apenas manteve o sistema que já era utilizado por Jorge Barcellos e Renê Simões, seus antecessores.

Em seus dois últimos grandes torneios, Olimpíada 2008 e Copa 2007, a Seleção atuou dessa forma e conquistou dois vices-campeonatos. Contra a Austrália, na estreia do Mundial 2011, repetiu o sistema com Aline Pellegrino, Daiane e Erika na primeira linha e não sofreu gols.

Imagens: Terra

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Maior Festa do Futebol Brasileiro

Terminados os campeonatos regionais, hoje acompanhados infelizmente com menor entusiasmo, começou novamente neste final de semana, o Campeonato Brasileiro da Série A - 2011, sem dúvida alguma, a maior festa do futebol brasileiro para os torcedores dos 20 clubes da elite da 1ª Divisão Nacional. Me desculpem aqueles que não concordarem comigo, mas são sem nenhuma dúvida, os vinte clubes mais importantes do nosso futebol na atualidade.

Numa época em que imperam teses revisionistas e visões de mundo extremamente socializantes, é bom lembrar que o futebol pentacampeão, nada seria, se não fossem as histórias de superação, os exemplos e a tradição de clubes como Flamengo, Atlético - MG, Santos, Grêmio, Vasco da Gama, América - MG, São Paulo, Internacional, Botafogo, CruzeiroPalmeiras, Bahia, Coritiba, Atlético - PR, Fluminense e Corinthians, que se juntam oportunamente aos exemplos vitoriosos mais recentes de Ceará, Atlético - GO, Avaí e Figueirense, na mais nova edição do torneio nacional mais importante e representativo.

Também é indiscutível a superioridade do futebol de São Paulo, mais forte política e economicamente falando, nestes tempos de "novo milagre econômico brasileiro", pós-plano Real (criado pela equipe de economia do então presidente Fernando Henrique Cardoso).

O Campeonato Brasileiro de Futebol, o Brasileirão, apesar de já ter experimentado várias fórmulas, vem sendo disputado de 1971 para cá. Apesar de tudo, a CBF, de maneira pra lá de acertada, reconheceu recentemente, todos os campeões de torneios nacionais, disputados de  1959 para cá: antigos campeões do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e da Taça Brasil, que já reuniam os cinco melhores times de São Paulo e do Rio de Janeiro, os dois primeiros de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e os campeões de Paraná, Bahia e Pernambuco.

O Palmeiras conquistou duas edições do "Robertão" (apelido carinhoso dado ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa), o Santos uma e o Fluminense foi campeão da última edição. Afinal de contas, o futebol já era disputado no Brasil, muito antes da Ditadura Militar de 1964, que transformou o esporte mais popular do país, à partir de 1970, numa ferramenta de importância e exploração política.

Em 1971, na primeira edição do Brasileirão, o Atlético - MG, comandado por Telê Santana, sagrou-se campeão. Na última edição, realizada no ano passado, foi a vez do Fluminense do Rio, dirigido pelo técnico Muricy Ramalho, novamente surpreender e sagrar-se campeão.

Nesta era de pontos corridos, o time da Toca da Raposa, o Cruzeiro, está bem mais valorizado para o campeonato deste ano. Apesar do São Paulo, seguir líder na frente e muito distante dos demais (já foram 568 pontos, de 2003 até o ano passado), o time celeste de Minas Gerais soma agora 527 pontos, no mesmo período, graças ao vice-campeonato de 2010. 

O maior artilheiro da história do Campeonato é Roberto Dinamite, com espetaculares 181 gols de 1971 a 1992. Edmundo marcou 29 gols na campanha de 1997 e é o maior artilheiro em uma edição do campeonato.

Os clássicos regionais pré-marcados para as últimas rodadas da competição parece que diminuem a chance de maracutaias na hora da decisão. Mas, esperemos também que a grande maioria dos árbitros escalados, possa mesmo passar despercebida, depois das 38 rodadas do Brasileirão 2011.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Futebol em retrospectiva - Planicka: o amor esquecido

Lund de Castro Lobo dos Santos é meu sobrinho. Filho de médicos, de um santista fervoroso e de uma cirurgiã de tórax pra lá de dedicada (minha irmã, sempre muito querida), também é bastante apaixonado pelo bom futebol praticado em todos os tempos. Curiosamente, torce pelo Fluminense do Rio de Janeiro, o eterno clube das Laranjeiras. No texto abaixo, faz uma bonita homenagem ao craque Planicka, um dos maiores goleiros do período pré-guerra. Confira!

Texto de Lund de Castro Lobo dos Santos:

Muitos que lerem este título imaginarão que “amor” se refere ao amor que um homem sente por uma mulher, que inspirou grandes poetas através da história. Mas o amor em questão é o amor que alguém pode sentir por um ofício, e por uma pátria. Neste caso, o ofício é o do goleiro, e a pátria é a antiga Tchecoslováquia. Esta é a esquecida história de Frantisek Planicka.

O lendário arqueiro nasceu em Praga em 1904, naquela época localizada no Império Austro-Húngaro. No começo de sua carreira, jogou em alguns clubes pequenos da capital tcheca, lugar onde nasceu, e em 1923 entraria no clube para o qual jogaria nada menos que 969 partidas, o Slavia Praga, que até hoje é um dos principais clubes da República Tcheca, ao lado do Sparta Praga. Com seu clube, venceu 8 vezes a Liga Tcheca, além da Copa Mitropa (extinto campeonato com alguns clubes balcânicos e da Europa Central) de 1938, além de outros títulos.

Apesar de uma altura pouco convincente para um goleiro (1,73 metros), mostrava enorme agilidade e posicionamento, alem de incrível coragem e determinação. Era o capitão da Tchecoslováquia na maioria das partidas que jogou pela seleção, inclusive nas copas de 1934 e 1938. E acabaria por receber um apelido muito adequado: “O Gato de Praga”.

Na Copa de 1934, sediada na Itália sobre o comando do ditador fascista Benito Mussolini, Frantisek chegou à final contra os anfitriões. E nem o fato de ter em sua equipe uma verdadeira máquina de gols chamada Oldrich Nejedly (autor de 5 gols em 4 partidas em 1934) ajudou. Mesmo com uma atuação admirável, acabou levando 2 gols. O outro arqueiro no campo, o italiano Gianpiero Combi, levou apenas um. E adeus Copa do Mundo.

Porém, em 1938, quatro anos depois, um cruzamento com os anfitriões franceses sendo muito improvável e uma equipe ao nível de sua antecessora, sonhar com o título era realista. Após uma vitória relativamente tranquila por 3x0 sobre a Holanda, a Tchecoslováquia enfrentou o Brasil de Leônidas da Silva, em uma partida que, para a posterioridade, seria conhecido como “A Batalha de Bordeaux”.

Como o apelido indica, o encontro ficou célebre por causa da violência. Nem os latinos nem os europeus pouparam botinadas, em um jogo muito disputado e até certo ponto truncado, que não poderia ter muito outro resultado senão um 1x1. Porém, Planicka foi o destaque do encontro: fez diversas defesas difíceis. Admirável. Mas ainda há um detalhe.

No final do tempo regular, após um choque com o brasileiro Perácio (ou com a trave), o Gato de Praga quebrou o braço (ou descolou a clavícula, depende da fonte). Porém, as substituições em copas só seriam permitidas em 1970. Ele sabia que, se saísse, um colega de linha teria de entrar em seu lugar. E isso, quase com certeza, faria com que seu país sofresse uma goleada, fazendo com que a Tchecoslováquia saísse da Copa ainda nas quartas de final. Então, jogou a prorrogação de uma hora com o braço quebrado.

E não tomou nenhum gol. Obviamente, não pode jogar a partida-desempate contra o Brasil. Seu substituto levou dois. Mas sua seleção, em face à mentalidade defensiva do time brasileiro em campo, novamente marcou apenas um. Brasil 2x1 Tchecoslováquia.

Planicka morreria em 1996, considerado por muitos como o melhor goleiro do pré-guerra.





Lund de Castro Lobo dos Santos, especial para o "No campo de jogo".

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Santos - Campeão Paulista de 2011!

E o Santos é de novo campeão! Aliás, bicampeão paulista de futebol (2010 - 2011) e a conquista não poderia ter sido mais gostosa... 2 x 1 em cima do Corinthians de tanta gente (parafraseando o grande jornalista Wanderley Nogueira) e em plena Vila Belmiro.

Numa partida emocionante, com possibilidade de alteração de placar e de outra decisão na "loteria dos penaltis" até o momento do apito final, o Santos não sentiu o cansaço da Libertadores (apregoado por muitos companheiros da imprensa), imprimiu o seu ritmo de jogo, logo no primeiro tempo e poderia ter vencido o Timão por um placar mais elástico, não fosse alguma displicência de alguns dos seus consagrados jogadores (caso de Neymar, que mesmo assim, acabou decidindo o jogo, graças a um frango do goleiro corintiano Júlio César).


O técnico Muricy Ramalho, que assumiu a equipe no meio do campeonato, é de novo campeão!

Depois de um início com aparente domínio corintiano, a equipe santista passou a controlar o meio de campo, com a forte marcação exercida por jogadores como Elano e Arouca, o Santos passou a contragolpear com Alan Patrick, Zé Eduardo e Neymar. Aos 16 minutos de jogo, em lance rápido dentro da área, Zé Eduardo cruzou para o sempre valente Arouca, marcar um a zero. Começava a conquista de mais um título santista.

Santos, campeão paulista de 2011. Como em 2006, 2007 e 2010. É o segundo bicampeonato da equipe em cinco anos. Desde sua época de ouro (entre meados dos anos 50 e o final da década de 60), o Peixe não conquistava tantos estaduais num espaço de tempo tão curto. Naquela época, o Alvinegro Praiano foi campeão paulista em 1955, 56, 58 (primeiro com Pelé), 60, 61, 62, 64, 65, 67, 68 e 69. Quatro anos depois, dividiu o título estadual de 1973 com a Portuguesa, última conquista de Pelé com a camisa santista.

Entre o fim da Era Pelé e a retomada alvinegra, que começou com o Brasileirão 2002, o Santos conquistou apenas dois títulos de expressão: os Campeonatos Paulistas de 1978 e 1984. Com isso, os alvinegros sempre remoíam sarro dos rivais, que costumavam dizer que o Peixe havia “acabado” depois de Pelé. "É, é, é, viúva do Pelé!" gritavam palmeirenses, corintianos e sãopaulinos...
 
Segundo Tempo
 
No segundo tempo da decisão na Vila Belmiro, Tite fez a sua tradicional alteração. Dentinho esteve sumido durante os primeiros 45 minutos e Willian, o talismã da equipe, entrou em seu lugar. E, com menos de 15 minutos, o substituto já levou perigo com um chute de longe rebatido por Rafael. Mas antes disso, o Santos tinha tido seu segundo gol anulado. Alan Patrick estava impedido quando aproveitou desvio de cabeça de Durval, aos 4 minutos.

A chuva começou na Vila Belmiro, mas não foi capaz de acalmar os nervos dos torcedores. O tempo passava e o Corinthians foi para o tudo ou nada. A bola quase sempre estava no ataque corintiano.

Tite pôs o seu time à frente. Ramírez e Morais entraram no jogo. Muricy tirou Alan Patrick e colocou o volante Possebon para ajudar na defesa. A pressão foi grande, mas nenhuma chance clara foi criada.

Restou ao Santos explorar os contra-ataques. Assim, aos 39, Neymar bateu para o gol e Júlio Cesar engoliu um frango. Parece que não tem mesmo competência para ser goleiro de um grande time como o Corinthians. O Santos fazia 2 a 0 e já comemorava o título. Mas ainda tinha tempo.

Tempo apenas para o Corinthians sonhar. Dois minutos após o gol sofrido, Morais cruzou na área, a bola passou por todo mundo, pelo goleiro Rafael e entrou. Havia esperança, mas o tempo era curto. E não foi mesmo suficiente... Santos, bicampeão paulista de 2011 e com todos os méritos! Merecimento, no futebol, não se discute! Que venha para o Santos, a terceira estrela da Libertadores, mais do que merecida também!

Créditos das imagens: Terra e youtube

Clique no link abaixo e confira novamente os melhores momentos desta conquista santista:

SANTOS BICAMPEÃO! Santos 2 x 1 Corinthians Final Paulistão 2011 15/05/11

domingo, 8 de maio de 2011

Goleada, sadismo e humilhação

Desde criança sou apaixonado pelo futebol enquanto esporte. Independentemente do amor pelo meu time de coração, acho fantástica a pluralidade de torcidas e a paixão do brasileiro pelos mais diversos emblemas existentes. Cada um com a sua identidade, tradições e até estilos de comemoração, totalmente específicos.

No esporte futebol, só são possíveis, evidentemente, três tipos de resultados: vitória, empate e derrota. No esporte, estes três resultados dizem respeito a uma determinada performance, a qualidade de uma atuação e uma série de variáveis específicas e incontroláveis, entre elas, a correção, os critérios e o acerto ou não das arbitragens e suas interpretações. Dito tudo isso, não há motivos para que ninguém celebre em demasia uma vitória ou se sinta humilhado diante de um resultado insatisfatório.

Pelo menos em tese, porque na prática, infelizmente o que assistimos é totalmente diferente, o que me leva mesmo a acreditar que o futebol, antes por mim tanto amado, atualmente não passa mesmo de uma certa modalidade de negócios com envolvimentos comerciais e até políticos.

Nesta semana que passou, o time da Sociedade Esportiva Palmeiras, dirigido pelo técnico pentacampeão mundial Luiz Felipe Scolari, foi goleado no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pelo time do Coritiba, pelo placar histórico de 6 a 0. Além dos paranaenses, para quem tudo deu certo no jogo, quem mais comemorou com ingredientes de sadismo e humilhação, foi a torcida do arqui-inimigo Sport Club Corinthians Paulista.

Na história e no futebol, segue-se o princípio: "ao perdedor, as batatas", ou as tentativas de explicação de algo inexplicável. Para o vencedor, são atribuídas todas as glórias. Aqui no Brasil, este princípio se agrava, porque somos passionais ao extremo e pertencemos a uma cultura latina com argumentos sempre pra lá de exagerados.

O time do Palmeiras, que fez a segunda melhor campanha na fase de classificação do Campeonato Paulista de 2011 (diminuído por alguns colegas de imprensa e até chamado de Paulistinha, talvez porque o seu título seja hoje apenas simbólico e não garanta classificação a nada, a nenhum outro torneio, rotulado normalmente como competição de nível superior), vinha da disputa de uma semifinal de terrível pressão psicológica, onde atuou quase todo o tempo do jogo (desde os 23 minutos iniciais) com dez homens em campo, sem a presença de seu treinador e precisando ganhar do seu rival, o sempre alardeado "Todo Poderoso Timão", o Corinthians, uma única partida que definiria seus destinos na competição; e diante de uma arbitragem longe de ser insuspeita (Paulo César de Oliveira é excelente árbitro, mas possui um curioso restrospecto desastroso, em jogos decisivos do Verdão).

Mas era o árbitro que o Corinthians queria! Além disso, foi divulgado pela imprensa, o seu nome, antes mesmo antes da realização de um sorteio público e de autenticação até então, nunca discutida!

Todos sabem que a partida (em que o Palmeiras mesmo foi superior em volume de jogo e oportunidades de gols perdidas), e que terminou em 1 a 1, e foi disputada no último domingo, no Estádio do Pacaembu, acabou sendo decidida na disputa de penaltis (tiros livres diretos) e foi vencida pelo rival pelo placar de 6 x 5. O Palmeiras e a sua apaixonada torcida tiveram de encarar a eliminação.

Quem conhece psicologia do esporte, sabe que o desgaste emocional de um time como o Palmeiras nestas situações, que assim como o rival Corinthians, possui mesmo uma identidade mais passional do que racional, é terrível e de imprevisivel conseqüências.

De alguma forma, este excesso de pressão, "matou" o time diante do Coxa-Branca, como se cada disputa de bola fosse muito mais difícil do que poderia parecer. Para mim, claramente, faltaram "pernas" e também "cabeça", aos jogadores alviverdes. O emocional do Palmeiras entrou em campo pra lá de prejudicado...

Aos torcedores do Corinthians principalmente, sobraram razões para caçoar do rival, que tantas preocupações havia causado no domingo anterior.

De toda forma, parabéns ao Coritiba, que é o melhor time brasileiro (em termos de resultados - campanha/ handcap) neste primeiro semestre, pela goleada... A lastimar apenas, o excesso de sadismo e a tentativa constante de humilhação dos torcedores adversários ao Palmeiras (num país que quer tanto ser politicamente correto) que se comportaram mesmo, de forma lamentável, a desejar, pelo menos com o seu comportamento, que este grande time tenha que ser extinto ou excluído de todas as competições nacionais!

Ridicularização em excesso também beira as fronteiras dos preconceitos! Deixo claro, que este é apenas um ponto de vista diferente (ao mesmo tempo diferenciado) num país cuja Constituição Nacional e o estado de direito celebram a liberdade de expressão e o direito de se expressar livremente, uma determinada opinião, mesmo que possa ser diversa, daquela expressa pela maioria.

Clique no link abaixo e confira os gols da partida entre Coritiba e Palmeiras pela Copa do Brasil 2011:

Coritiba 6 x 0 Palmeiras, Gols pelas quartas da Copa do Brasil 2011

Crédito das Imagens: Terra e youtube

Liga dos Campeões da UEFA - Barcelona x Real Madrid

El Clásico (Português: O Clássico) é o maior clássico da Espanha, conhecido também como "El derbi español" e que envolve as equipes do Real Madrid e do Barcelona.

A rivalidade entre estes clubes transcende os campos futebolísticos, dado o Real Madrid CF representar psicologicamente a realeza e o poder centralizador de Madrid e o FC Barcelona representar a cultura, o povo catalão e o seu desejo de autodeterminação, com todas as variáveis que pode haver nesse desejo.

Daí a intensidade desta rivalidade, pois diferente da maioria dos países onde os principais clássicos envolvem clubes da mesma cidade, a rivalidade deste clássico envolve filosofias de entendimento políticas distintas e contrárias, e talvez por isto, seja o clássico de maior rivalidade da Europa. Ambos os clubes se odeiam mais do que aos rivais citadianos - o Atlético de Madrid (Real Madrid) e o Espanyol (FC Barcelona).

Segundo algumas interpretações, o ditador Francisco Franco tolerava as manifestações pró-Catalunha nas partidas do Barcelona, onde costuma ser cantado o hino da Catalunha e desfraldadas diversas bandeiras catalãs, pois seria mais fácil controlar os manifestantes reunidos em um estádio de futebol do que espalhados pelas ruas.
 
Lucas Ayres, sempre antenado com tudo o que está acontecendo na Liga dos Campeões da UEFA, conta para você leitor internauta, tudo o que ocorreu no último jogo entre as duas equipes, em partida das semifinais do importante torneio, disputada na última terça-feira, 3 de maio, no Camp Nou. Acompanhe:
 
Texto de Lucas Ayres:
 
Há algo de mágico em clássicos. Existe uma atmosfera que transcende as quatro linhas, fazendo cidades pararem e torcedores mudarem seus ânimos. No campo de jogo, há sempre a impressão de que independente do resultado, nada está resolvido.

Barcelona e Real Madrid fizeram neste último dia 3 de maio um clássico desse nível. O jogo valeu pela rodada de volta das semifinais da Uefa Champions League.

No primeiro jogo, grande vitória do time catalão por dois a zero, em Madrid. O time poderia até perder para se classificar. O rival necessitava de pelo menos uma vitoria também por dois a zero para levar o confronto para os pênaltis.

O Barça foi escalado no tradicionalíssimo 4-3-3 com o volante Mascherano improvisado no miolo de zaga e o zagueiro e capitão Puyol improvisado na lateral-esquerda. Xavi, Iniesta e Busquets no meio; Messi, Pedro e Villa no ataque.

Já o Real foi a campo modificado novamente, no esquema 4-2-3-1, ofensivo, com a presença de Kaká, Dí Maria e Cristiano Ronaldo no meio.

Foi à tática que dinamizou a partida por quase 90 minutos. Isso porque o time visitante veio bem montado, marcando forte no campo ofensivo. Nos 5 minutos iniciais, o Barcelona não tocou na bola, até começar a se ajustar ao jogo.

O panorama tático do primeiro tempo foi esse: o Real Madrid aproximou seus meias e volantes um pouco à frente da linha do meio campo para marcar a saída de bola do Barcelona, que recuou seus armadores, Xavi e Iniesta, para dar uma assistência a essa saída. Messi, isolado, passou a posicionar-se no meio campo para participar mais e com Villa e Pedro bem abertos, dando profundidade ao time e prendendo os zagueiros a área, o meia-atacante argentino teve muito espaço para jogar nas costas dos volantes.

Esse espaço proporcionou vários ataques do camisa 10 do time catalão, mas sem apoio dos meias e dos atacantes, muito distantes, alguns deles não eram finalizados.

O time madrilenho apostou na qualidade de seus jogadores: tanto nos de defesa para dar o combate às ofensivas do rival; quanto nos jogadores de ataque, para criar chances. Esses jogadores de ataque, porém, estavam muito distantes um do outro, impedindo qualquer presença ofensiva do time.

A situação foi a mesma até os 30 minutos de jogo, quando o Real Madrid começou a cansar e dar espaço aos avanços do meio campo do Barcelona, que fez o goleiro Casillas trabalhar bastante até o apito do juiz.

Para o segundo tempo, os times não mudaram de jogadores, mas de postura. O Real voltou a marcar forte no ataque e avançar com a bola no chão. O Barça contornou a situação com bom toque de bola e posicionamento, aumentando o espaço às costas dos volantes, possibilitando novamente o avanço dos armadores ao campo ofensivo.

Assim, o time da casa não tardou a abrir o placar: belo passe de Iniesta para Pedro, que sozinho contra o goleiro finalizou bem para o gol.

Após o gol, os visitantes ficaram mais ansiosos, dando mais espaços aos adversários. A situação fez o auxiliar técnico Aitor Karanka (batendo o cartão para José Mourinho, expulso no primeiro jogo) mexer no time: Özil, meia alemão com maior disposição defensiva, entrou no lugar de Kaká, dando mais mobilidade ao meio campo. O togolês Adebayor entrou no lugar de Higuaín para dar mais força ao ataque.

As mudanças deixaram o time melhor, que conseguiu empatar: após ter bela jogada finalizada na trave, o meia Dí Maria pegou o próprio rebote e tocou para Marcelo, dentro da pequena área, completar para o gol.

O empate animou os galácticos, que precisando de mais dois gols, continuaram na correria. O técnico Pep Guardiola tratou de mexer nos “culés”: o volante Keita entrou no lugar de Villa para reforçar a marcação e melhorar o toque de bola.

Sem conseguir produzir mais, o Real acabou “desistindo” ao final do jogo, esfriando o embate até o apito final.

Um pouco antes, porém, uma bela homenagem: o lateral-esquerdo Abidal, recuperado de cirurgia de remoção de tumor no fígado, foi a campo para ser ovacionado pela torcida blaugrana.

Fim do jogo e da maratona de clássicos. Quatro jogos de muito futebol, emoção e polêmicas, com conclusão equivalente à grandiosidade dos rivais.



Lucas Ayres, especial para o "No campo de jogo".


 
Clique no link abaixo e confira os melhores momentos da partida entre Barcelona e Real Madrid (1 x 1):
 
Barcelona 1 x 1 Real Madrid pela semi final da liga 03/05/2011
 
Crédito das imagens: UEFA Champions League/ youtube

domingo, 1 de maio de 2011

Liga dos Campeões da UEFA - Schalke 04 x Manchester United

A Liga dos Campeões da UEFA 2010/ 2011, está esquentando cada vez mais e os jogos da rodada de ida das semifinais, disputados na semana passada, foram sensacionais. Acompanhe mais uma análise detalhada de Lucas Ayres, especialmente para o blog "No campo de jogo", sobre o confronto entre "alemães" e "ingleses" na partida entre o Schalke 04 e o Manchester United.

A Liga dos Campeões da UEFA é exemplo de torneio sem possibilidades de mamatas, sem tramóias e sem interesses políticos. Infelizmente aqui no Brasil, estamos bem longe de poder afirmar o mesmo, apesar do que dizem e afirmam muitos representantes da imprensa dita-especializada. Aqui vaza nome de árbitro antes de sorteio público para jogo de semifinal de Paulistão 2011 e todos atestam que está tudo bem. Tudo dentro da normalidade. Mas, esqueça do lodo brasileiro e confira mais um jogão lá do Velho Mundo.

Texto de Lucas Ayres:

Schalke 04 e Manchester United se enfrentaram na Veltins Arena, em Gelsenkirchen, na Alemanha. O confronto valeu pela rodada de ida das semifinais da Uefa Champions League.


O Schalke, azarão da vez, vinha de uma sensacional classificação sobre a Inter de Milão, com direito a goleada em Milão. O Manchester passou nas quartas-de-final pelo poderoso Chelsea com ótimas atuações.

Taticamente (ilustração ao lado), as duas equipes estavam muito parecidas: ambas escaladas no mesmo esquema, o 4-4-2, com meias abertos e um meia mais ao centro, próximo do volante.

O time da casa apostava na experiência do atacante Raúl, maior artilheiro da competição, em ótima fase no clube. O time visitante não tem um destaque individual. Apostava no seu conjunto e na sua solidez defensiva.

Com esquemas idênticos, os times começaram um embate equilibrado, ambos buscando o ataque. Porém, a marcação do Manchester começou a encaixar e o meio campo a cadenciar o jogo.

Jogando pelas laterais e comandados pelo meia Ryan Giggs, o time da Inglaterra passou a dominar o campo e acuar o time adversário, que mal conseguia criar.

Desfalcado e com improvisações na defesa, o Schalke apresentou muitas falhas na marcação, dando espaço para ataque adversário entrar na área e finalizar.

Nesse momento apareceu o goleiro alemão Manuel Neuer. O capitão do time do norte alemão brilhou, defendo todas as tentativas do time do noroeste inglês.

Mesmo com várias tentativas de mudanças táticas do time da casa, o panorama foi o mesmo até o final do primeiro tempo: posse de bola dos visitantes, que chegavam à área adversária e esbarravam no goleiro Neuer.

Não houve mudanças para o segundo tempo, o que manteve a situação da partida. O Manchester continuava dominando e o Schalke só assistia seu goleiro brilhar.

O grito de gol da torcida visitante já estava na garganta, e, o técnico Ralf Rangnick promoveu a entrada do volante Kluge no lugar meia Baumjohann. O meio-campo espanhol Jurado foi para a esquerda, e o volante fechou a marcação no meio.

A mudança deixou o time alemão mais organizado, que passou até a atacar.

Mas, o sempre perigoso time inglês aplicou seu golpe: ótimo lançamento do atacante Rooney para Giggs que sozinho contra o goleiro, não titubeou e tocou para o fundo das redes.

Nem deu tempo do Schalke se desesperar e o Manchester aprontou de novo: apenas dois minutos depois do primeiro gol, Rooney (foto ao lado) recebeu a bola sozinho na área e cara a cara com o guarda-redes aumentou o placar, dois a zero.

O gol foi fatal para os Azuis Reais, que já não produziam com o empate, ficaram inofensivos com a desvantagem.

Sérgio Escudeiro, lateral esquerdo, entrou no lugar do companheiro Hans Sarpei, para evitar desastres para o time alemão e para garantir o resultado, o técnico Alex Ferguson colocou os volantes Anderson e Paul Scholes nos lugares de Hernández e Park, atacante e meia, respectivamente.

Ainda no final do jogo, o meia Drexler entrou para o time da casa e o também meia Nani para o time visitante.

Fim de jogo, vitória dos Diabos Vermelhos, que deram uma aula de futebol, com impressionantes 18 finalizações ao gol, sendo 16 delas dentro da área.

Destaque para o goleiro Neuer, que evitou um resultado ainda mais catastrófico e para Giggs e Rooney, que em um time sem estrelas têm sido decisivos.

Lucas Ayres, especial para o "No campo de jogo"




Clique no link abaixo e confira os gols da partida disputada na Veltins Arena:

Schalke 04 0 x 2 Manchester United - Champions League - SEMIFINAL (Devils)

Crédito das imagens: Divulgação UEFA Champions League/ France Press e youtube

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Na reta de chegada do Paulistão 2011: "trio de ferro" sem os seus novos atacantes!

Acabou a brincadeira e agora é a hora da verdade! Definidos os jogos/ confrontos com os oito principais clubes que irão se enfrentar na reta de chegada, ou melhor, as quartas-de-final do Campeonato Paulista 2011: São Paulo x Portuguesa, Santos e Ponte Preta, Palmeiras x Mirassol e Corinthians x Oeste. Um deles será o campeão desta edição do torneio regional. O curioso, apenas, é que as mais recentes contratações do trio de ferro, os atacantes Adriano Imperador, Luis Fabiano e Wellington Paulista não estarão no campo de jogo para defenderem respectivamente Corinthians, São Paulo e Palmeiras.

A Federação Paulista de Futebol se reúne na tarde desta segunda-feira para definir os detalhes da reta final do Paulistão 2011. O Conselho Técnico da entidade tem encontro marcado para as 14 horas, quando decidirá, inicialmente, as datas, horários e locais das partidas das quartas- de-final.

Corinthians e Palmeiras, que usam o Pacaembu, devem jogar – com Oeste e Mirassol, respectivamente – em dias separados no fim de semana. O Santos receberá a Ponte Preta na Vila Belmiro, enquanto o São Paulo enfrentará a Portuguesa ainda em lugar a definir.

Como tem mais um jogo de punição a cumprir, por conta de problemas com a sua torcida no clássico com o Timão na Arena Barueri, o Tricolor pode seguir em Mogi Mirim, onde empatou com o Oeste neste domingo. Mas, nesta segunda, o departamento jurídico do clube tentará um recurso judicial. Se tiver sucesso, as opções são retornar para Barueri ou mesmo para o Morumbi, caso o gramado esteja em boas condições após os três shows da banda irlandesa U2.

Nas quartas-de-final e nas semifinais, os duelos são em jogos únicos, sem vantagem do empate para nenhuma equipe. Placar igual após os 90 minutos leva a decisão para os pênaltis. Somente na final que a disputa ocorre em jogos de ida e volta.

QUARTAS-DE-FINAL (dias 23 e 24/4)

Jogo 1: São Paulo x Portuguesa

Jogo 2: Palmeiras x Mirassol

Jogo 3: Corinthians x Oeste

Jogo 4: Santos x Ponte Preta

SEMIFINAIS (dias 30/4 e 1/5)

Jogo 5: vencedor 1 x vencedor 4

Jogo 6: vencedor 2 x vencedor 3

FINAIS (ida: 8/5 - volta: 15/5)

vencedor 5 x vencedor 6

Adriano e o Corinthians

Em participação no quadro “Arquivo Confidencial” no Domingão do Faustão, da Rede Globo, o atacante Adriano (foto 1) admitiu que ainda está acima do peso, mas reiterou que não está no Corinthians para “calar a boca de ninguém”, e sim para “provar à família” que pode dar a volta por cima na carreira.

No vestibular do técnico Tite, os destaques foram Paulo André e Edno. O zagueiro, que voltou a atuar depois de seis meses recuperando-se de uma lesão no joelho esquerdo, e o atacante, bastante contestado pela torcida, marcaram os gols da vitória por 2 a 0 sobre o já rebaixado Santo André, no ABC paulista. Com 38 pontos, o Timão termina a primeira fase do Campeonato Paulista na terceira colocação e encara o Oeste na próxima etapa, em jogo único a ser realizado no estádio do Pacaembu.

São Paulo sem Luis Fabiano

O São Paulo, sem Luis Fabiano (foto 2), não ganhou, mas comemorou. O empate de 1 a 1 com o Oeste (assista aos gols ao lado), em Mogi Mirim, e a derrota do Palmeiras para a Ponte Preta – 2 a 1 em Campinas – fizeram com que o Tricolor terminasse a primeira fase do Campeonato Paulista na liderança, com 41 pontos (superando o Verdão no primeiro critério de desempate: número de vitórias - 13 x 12). Na fase seguinte, o adversário dos são-paulinos será a Portuguesa. A equipe de Itápolis também se classificou e irá encarar o Corinthians nas quartas de final. Os jogos serão no próximo fim de semana.

Palmeiras sem Wellington Paulista

Claro que é importante terminar a primeira fase do Campeonato Paulista na liderança. Mas para o Palmeiras, também sem o atacante Wellington Paulista (foto 3), na disputa da fase decisiva do Paulistão 2011, o destino tratou de colocar o teoricamente mais fraco Mirassol em vez de Ponte Preta ou Portuguesa nas quartas de final. Neste domingo, a Ponte saiu atrás no Moisés Lucarelli, mas foi valente e conseguiu a virada por 2 a 1 sobre o Verdão, com gols de Márcio Diogo e Renatinho. Max Santos abriu o placar para o Alviverde. O resultado, somado ao empate entre São Paulo e Oeste, tirou do Palmeiras a ponta da tabela e uma invencibilidade que já durava 15 partidas.

E o Santos goleou...

Maikon Leite... (Outro atacante que o Palmeiras espera!) O dono da vitória do Santos sobre o Paulista, por 3 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, pela última rodada da fase de classificação do Paulistão, tem nome e sobrenome. Todos os lances de perigo da partida saíram de seus pés. Em extrema velocidade, com pilhas bem carregadas, ele acabou com a defesa do Galo, que viu o sonho de avançar às quartas de final da competição ruir aos pés do camisa 7 do Peixe.

Apesar da vitória, o Santos terminou a primeira fase na quarta posição, com 38 pontos. Ficou por um gol para roubar a terceira posição do Corinthians, que tem a mesma pontuação, mas melhor saldo de gols (20 a 19). Nas quartas, o Peixe vai pegar a Ponte Preta, time que não perdeu para nenhum dos grandes na primeira fase.

Agora começará a verdadeira decisão! Uma pena que nesta reta de chegada, Adriano Imperador, Luis Fabiano e nem Wellington Paulista puderam ser inscritos. Diante de tantas "adaptações" (quartas-de-final e semifinal com um jogo só), soa esquisito não deixar inscrever aqueles que poderiam garantir muito mais emoção a um campeonato morno e até agora, realmente sem nenhuma graça!

Vamos então esperar e conferir! Que possamos mesmo assistir a grandes partidas! O torcedor agradece!

Crédito das fotos: Terra

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Liga dos Campeões da UEFA - Manchester 2 x 1 Chelsea


Infelizmente sem tempo para acrescentar algum dado a mais, para uma análise já tão elaborada e profunda. Seguindo com pressa para mais um seminário do Professor Reinaldo Passadori, o dia inteiro (14/4/2011), sobre Comunicação Corporativa e Verbal - As 7 Dimensões da Comunicação, lá na ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Por isso, acompanhe mais um texto de Lucas Ayres sobre o embate entre Manchester e Chelsea, clássico britânico pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões da UEFA. Jogo disputado na segunda- feira (12/4/2011). Confesso que até já gravei a partida...

Texto de Lucas Ayres:

Manchester United e Chelsea se enfrentaram no estádio Old Trafford, na Inglaterra. O confronto valeu pela rodada de volta das quartas-de-final da Uefa Champions League.


No jogo de ida, vitória do Manchester por 1 a 0 na casa do rival, no estádio Stamford Bridge, em Londres.

Um empate ou qualquer vitória bastavam para o United se classificar. Já o Chelsea necessitava de uma vitória simples para levar a partida para a prorrogação ou acima disso para classificar- se diretamente.

O time da casa foi a campo no seu tradicionalíssimo 4-4-2 com os meias bem abertos, em linha com os volantes. O meia galês Ryan Giggs, jogador que mais atuou pelo clube, armava o time, com um posicionamento diferente, mais recuado. O inglês Wayne Rooney, que cumpre suspensão na liga inglesa, comandou o ataque da equipe.

Os visitantes foram escalados no sistema 4-3-3 que variava constantemente para um 4-1-3-2 quando o francês Malouda, escalado como ponta esquerda, voltava ao meio campo e formava uma linha de armadores com Lampard e Ramires, sustentados pelo volante Essien, formando um tripé na intermediaria.

O primeiro tempo foi tenso e alternou-se em duas situações: a primeira quando a marcação do Manchester subia o campo, forçando a defesa adversária a dar chutões, praticamente entregando a bola aos Diabos Vermelhos, que davam a saída e passavam a rodar a bola; a segunda situação se dava quando o Chelsea acertava sua saída de bola e seus meias conseguiam trabalhá-la, levando os adversários a recuar e buscar os contra-ataques.

Destaque para o grande respeito entre as equipes. Quando um atacava, o outro voltava inteiramente ao campo defensivo. Além disso, o time com a posse de bola não forçava as jogadas, claramente com medo de errar.

Ao fim do primeiro tempo, as duas equipes pareciam aceitar o resultado. Eis que os anfitriões criaram uma terceira situação: a bola parada.

O cruzamento na área dos Blues foi afastado, mas os Red Devils mantiveram a pressão e a bola chegou à direita a Giggs, que levou para a área e cruzou rasteiro. O atacante mexicano “Chicharito” Hernández completou no segundo pau, abrindo o placar.

Para o segundo tempo, o Chelsea precisava virar. Para tanto, o técnico Carlo Ancelotti promoveu a entrada do atacante marfinense Drogba no lugar do companheiro de posição Fernando Torres, apagado na primeira etapa.

A substituição acarretou uma mudança do esquema da equipe para um 4-3-2-1, puxando o coringa Malouda e Ramires para a linha de volantes, juntando o atacante Anelka com Lampard na armação e Drogba enfiado na área.

O time de Londres passou a dominar o jogo, mas era pouco incisivo. Ancelotti tentouc ontornar a situação substituindo Anelka pelo veloz atacante Kalou.

As substituições mal tinham ocorrido e mais um revés para a lista dos “Pensioners”: Ramires, após entrada por trás em Nani, tomou o segundo amarelo e foi expulso.

O técnico Alex Ferguson colocou Valencia no lugar de Nani, armando o time para contra-ataques.

Quando as coisas pareciam ir de mal a pior, o time londrino reagiu. Bom lançamento de Essien para Drogba, que avançou à área e bateu no contrapé do goleiro Van der Sar e empatou o placar.

Porém, a torcida do Manchester nem precisou se preocupar. Saída de bola no meio campo e uma jogada veloz levou a bola a Giggs, que achou o sul coreano Park sozinho na área que completou para o fundo das redes.

O gol praticamente matou as pretensões do Chelsea na partida, que ainda contou com a entrada do português Paulo Ferreira no lugar do zagueiro brasileiro Alex, que voltava de lesão.

Partida encerrada, o United classificou-se com todos os méritos jogando um futebol sólido apoiado, principalmente, no “Mr. Manchester” Ryan Giggs.


Lucas Ayres, especial para o "No campo de jogo".
 
 
 
 
Confira os melhores momentos do jogo, clicando no link abaixo:
 
Manchester United 2 x 1 Chelsea - Liga dos Campeões - 12.04.2011
 
Créditos das imagens: France Press e youtube (ESPN.com.br)