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terça-feira, 29 de junho de 2010

A tradição da Laranja Mecânica

1974 e o conceito do futebol total, do carrossel, da ocupação preciosa dos espaços do campo, graças ao rápido deslocamento de jogadores que não guardavam posições, com a exceção do goleiro Jongbloed... Haan, Krol, Jansen, Neeskens, Resenbrink, Johnny Rep, e é claro, Johann Cruyff! O restante da  história virou outra grande lenda do futebol de Copas do Mundo... Atletas rápidos, habilidosos, inteligentes e acima de tudo, ousados... Marcavam forte, não deixavam jogar e quando roubavam a bola, partiam em velocidade para o gol adversário. O Brasil de Leão, Marinho e Luis Pereira descobriu isso da pior forma...

Um trunfo idealizado pelo brilhante treinador: Rinus Michels.  Os holandeses eram revolucionários, surpreendentes, determinados... Como a Hungria de Puskas em 1954 e o Brasil de Telê em 1982. Jogavam futebol ofensivo, com alegria, e também ficaram a ver navios... Infelizmente, não conquistaram nada. Mas, encantaram torcedores de várias gerações.

Em 1978 (foto), o time não era mais tão "total", ainda tinha alguns remanescentes da equipe que disputara a Copa da Alemanha em 1974, mas não maravilhava mais o mundo. Willy e René Van der Kerkhof, gêmeos reservas na edição do torneio anterior, ganhavam destaque na equipe que foi até a final para ver a Argentina ser campeã.

Na Copa da Itália em 1990, havia uma grande expectativa de que a "Laranja Mecânica", dos chamados Países Baixos, voltasse a aparecer, encenada com novos protagonistas,  como Marco Van Basten, Frank Rikjaard e Rudd Gullit, a espinha dorsal do time do Milan da época.

Infelizmente, a equipe não passou de três empates medíocres e uma derrota na repescagem, acabando com todas as esperanças de um novo show de futebol da Holanda. Na Copa seguinte, em 1994, nos Estados Unidos, realizaram um jogo fantástico contra o Brasil de Romário e companhia... Um golaço de Branco, de falta, definiu a partida...

Também em 1998, na Copa da França, um dos jogos mais emocionantes que assisti em uma Copa do Mundo! Clique no link abaixo e reviva as emoções daquela histórica semifinal, com Ronaldinho Fenômeno, o capitão Dunga em campo e sempre ele... Um monstro! Claudio Taffarel. Do outro lado, Douglas Bergkamp e seus companheiros.



A Holanda sempre teve grandes jogadores de futebol. E a geração atual que enfrentará o Brasil, nesta sexta-feira, 2 de julho de 2010, não é diferente... Stekelenburg (goleiro), Heitinga, Ooijer, De Jong, Van Bommel, Snejder, Kuyt, Robben e Van Persie... E não resta nenhuma dúvida de que veremos outro grande confronto... E como bem disse Miguel de Cervantes, na obra Dom Quixote, que as "sombras do passado" sejam apenas como os "Moinhos de Vento"!

Observação: As cores do uniforme holandês: apesar de sua bandeira possuir tem 3 cores: azul, branco e vermelho, a Holanda destaca o laranja em sua camisa, porque o laranja era a cor da Dinastia de Orange, a família real holandesa, desde os tempos de Maurício de Nassau.

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