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terça-feira, 15 de junho de 2010

A evolução dos esquemas táticos


O jogador brasileiro se destacou mais internacionalmente no mundo do futebol, em função de sua extrema habilidade em lidar com a bola. Desde o sucesso de Garrincha e Pelé em 1958, somos tidos como verdadeiros artistas, malabaristas no trato com a pelota. Talvez por isso, sempre tenhamos menosprezado a importância dos esquemas táticos e de sua evolução dentro da história do esporte das multidões.

22 jogadores, 11 de cada lado, cumprindo as mais variadas funções numa "batalha campal" organizada... E tudo em função da posse de bola e da busca do "ponto", ou melhor do gol...
A evolução dos esquemas táticos também é muito interessante e pode ser vista aplicada ao estilo de jogo das principais seleções que disputam o Mundial da África do Sul. Do "WM" (ilustração) clássico dos ingleses, passando pelo Wunderteam dos austríacos, na década de trinta, os magiar da Hungria, em 1954 e o futebol total da laranja mecânica do técnico holandês Rinus Michels, em 1974. O quadrado mágico das seleções brasileiras de Telê Santana em 1982 e 1986, que não conquistaram Copas, mas maravilharam o mundo. De toda forma, o esquema de jogo até hoje continua se impondo. Existem claras inovações de tempos em tempos. Os italianos criaram a figura do líbero, um talentoso jogador que atua atrás da linha de zaga se o time está sendo muito atacado, mas que tem a liberdade de um atacante ofensivo se a partida está mais fácil. Os ingleses chamaram este zagueiro atrás de uma primeira linha de beques de "stopper", o "parador", mas por falta de criatividade, nunca o liberam.

Muitos esquemas, muitas formas de atuar, tudo para vencer no jogo. Alguns dão mais liberdade aos craques e outros pedem mais disciplina no seu cumprimento das táticas aos mesmos grandes jogadores. Existem retrancas e estilos mais agressivos. Muitos agradam e outros são repudiados. Eles podem ser aplicados nas mais variadas formações e podem ser alternados em função das necessidades de uma partida: 4-4-2, 4-3-3, 4-5-1, 3-5-2, 4-3-2-1, 4-2-4 etc.

De toda forma, os esquemas não podem ser analisados com preconceito já que são prerrogativas válidas de jogo. Os céticos sempre os vêem com restrições. Os estudiosos e apaixonados por táticas, os rotulam de grandes sacadas. E não há dúvida: só os grandes treinadores ou técnicos sabem aplicá-los e torná-los um trunfo. Fazer deles também a razão das grandes conquistas. Mas, o talento, nunca pode ser esquecido.

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