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segunda-feira, 21 de junho de 2010

A força das arbitragens



No Brasil, árbitro de futebol já entra em campo vaiado. Sua atuação é colocada em dúvida, muito antes de se confirmar se o "juiz" influiu no resultado da partida ou não. Para muitos, trata-se de uma forte característica cultural nossa, bem marcante e bem autêntica, do tipo: "hai gobierno, soy contra". Se existe alguma forma de autoridade, sou contra ela... Trata-se de uma forma de desconfiança justificada.
Mais uma forma de livre manifestação de quem já sofreu e ainda sofre conjunturalmente por causa de uma espécie de autoritarismo recorrente e histórico. Bem, não vamos e não pretendemos discutir aqui se o brasileiro é ou não é autoritário (exacerbação da autoridade) e nem se admira ou não atitudes autoritárias.

Quero apenas lembrar da real força das arbitragens e como elas podem influir diretamente nos resultados das partidas de futebol, apesar de todos os cinismos que entram em cena, todas as vezes que abordamos esta sempre polêmica questão. O quarteto de arbitragem, ao meu ver, precisaria ter suas ações mais padronizadas, agir de forma mais moderna e tomar uma postura mais humilde, já que o "juiz de campo", principalmente, ainda se comporta como se fosse uma representação de Deus na Terra, um verdadeiro discípulo do Absolutismo de Direito Divino.

Nesta Copa do Mundo e em outras edições do torneio, já vimos muitos gols mal anulados e outros gols mal validados em função de jogadas irregulares tornadas legítimas. Jogadores fazem gols em condição regular e o árbitro e os seus bandeiras "inventam impedimentos" providenciais. Outros jogadores, ajeitam a bola com o braço, com a mão e tem até "juiz" que os cumprimenta pela esperteza em disfarçarem o lance. Isto sem falar na falta de clareza da aplicação dos cartões amarelos e vermelhos.

A hipocrisia do jogo discamba solta. Tantas câmeras na cobertura televisiva do jogo, fantásticos telões no estádio e o "apito eletrônico" ainda não vale para nada. Mas, quando um time, um determinado selecionado nacional ou uma certa equipe de clube mesmo, goza de prestígio político ou financeiro, até os famosos tribunais de "justiça" desportiva entram em cena, solicitam imagens às emissoras de TV, só para perdoarem ou piorarem as situações deste ou daquele atleta, envolvido em lances polêmicos ou em litígios disciplinares.

Nesta hora fatídica, se verifica também a falta de força das arbitragens de campo. Neste momento, a fragilidade dos árbitros é exposta de forma flagrante. Suas atuações são discutidas e se tiverem mesmo errado, eles são afastados só temporariamente e quase nunca definitivamente. Alguns "erram" pesado, "erram" forte, prejudicam equipes e seleções, decidem torneios, e nada acontece. Será que isso, um dia, ainda vai mudar? Por que o futebol não pode ser mais justo e mais moderno? A quem interessa a facilidade de manipulação dos resultados de uma partida de futebol? Parece que o árbitro só tem força, quando interessa a algum dos "players" envolvidos, que ele a tenha. A inversão de valores é sempre muito perigosa em todas as atividades da condição humana. No caso da arbitragem é necessário que sejam criadas formas para que tenhamos uma maior uniformidade de critérios. É urgente!

Adoro o esporte chamado futebol, mas lamento muito pela sempre discutível qualidade de suas arbitragens e por tudo que pode fazer dele um negócio.  Sonho muito com uma época futura, em que esta realidade seja revista e modernizada urgentemente, sem nenhum prejuízo da imagem do Jogo. Um futebol mais justo e mais honesto. Será que é pedir demais? Em tempo... É chamado de árbitro, aquele que tem de aplicar em campo, um determinado conjunto de regras e que acaba também tendo de interpretar a intencionalidade ou não dos atletas nos mais variados tipos de lances.

Um comentário:

  1. O poder dos árbitros é fora de propósito. Veja o caso do tal de Simon. Prejudicou seriamente o Palmeiras no Brasileirão 2009 e ainda participa da Copa do Mundo da África, apitando jogos importantes! Errou feio e foi premiado!

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