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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um golpe à italiana

Nas vésperas de importantes votações pelo país inteiro, que acontecerão no próximo dia 3 de outubro em todos os estados brasileiros, a Sociedade Esportiva Palmeiras apresenta a comédia: "Um golpe à italiana", título de spaghetti-western.

Com um enredo digno de ópera bufa, exageradamente tragicômica e também de filme de gangster, o Palmeiras foi cenário nesta semana, de uma das piores manifestações de cultura italiana que se pode apresentar. Com uma atitude tipicamente autoritária, fascista e anti-democrática, o atual presidente do clube, em exercício, Salvador Hugo Palaia (já que Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo está hospitalizado), dissolveu toda a atual estrutura de comando do departamento de futebol do clube.

Palaia, como se estivesse investido da toga de ditador romano (consul imperator) e com rompantes de "salvador da pátria", afirmou que em 45 dias (tempo em que Belluzzo levará para se recuperar), o Verdão retomará seu prestígio, numa clara alusão a campanha que fará para ocupar definitivamente o cargo, no próximo biênio.

O presidente interino do Palmeiras, Salvador Hugo Palaia (foto abaixo), confirmou ainda na noite desta terça-feira (28/9/2010), em reunião no Palestra Itália, a criação de um conselho gestor (uma espécie de "triunvirato" com mais membros) para o futebol e consolidou as mudanças na diretoria do esporte. Como já havia dito na última segunda, quando tomou posse, Gilberto Cipullo não é mais o vice de futebol do Alviverde, assim como Savério Orlandi e Genaro Marino também não integram mais a diretoria de futebol.

Agora, Cipullo fará parte do conselho gestor para o futebol, bem como Clemente Pereira Júnior, Edvaldo Frasson Teixeira, Waldemir Pescarmona, José Cyrillo Júnior, Francisco Campisio Busico, Fabio Raiola e Antônio Carlos Corcione. Estes terão reuniões constantes com o mandatário para definir os novos rumos do departamento.

Além do conselho, Palaia alterou os nomes na diretoria de futebol. Pescarmona, que era diretor administrativo do clube, será diretor de futebol. José Cyrillo, ex-diretor de planejamento, ocupará a função de Pescarmona e ainda será responsável por responder sobre os questionamentos ligados à Arena Palestra Itália. Luiz Henrique Fronterota assume a diretoria de planejamento.

Palaia também definiu que terá dois assessores especiais durante o período em que substituirá o presidente licenciado Luiz Gonzaga Belluzzo: Fábio Raiola e Antônio Carlos Corcione. O mandatário interino do Alviverde só concederá entrevistas para falar das mudanças no clube na próxima quinta-feira, na Academia de Futebol.

"Dizem que sou polêmico, mas isso não é verdade. Eu sou é corajoso. Não sou homem de fazer média com ninguém e gosto das coisas muito claras" declarou Palaia que depois completou: "Enquanto eu permanecer no cargo, o Palmeiras será um clube respeitado por todos".

E assim, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo foi traído, na prática, pelo seu vice e companheiro de chapa da época das últimas eleições alviverdes. O que se pode esperar de alguém que já mandou técnico calar a boca (Tite no Brasileirão 2006) e fugiu de um acidente de trânsito, meses atrás, correndo se esconder dentro das instalações do Palestra Itália? Outros rompantes de esperteza? Como Vinicius e Toquinho já cantaram e ensinaram em verso e prosa: "ouça, há um ditado muito certo, tem sempre um que é mais esperto, tem sempre um, que vai sofrer... Ouça, malandragem não convence, uma vez a gente vence e outra vez bota a perder...".

Disputa por "herança" em "famiglia italiana", no melhor estilo mafioso, é assim mesmo... Sempre alguém leva vantagem, outros levam a pior e acabam pagando o pato ou ficando com o mico! Geralmente as mulheres, os idosos ou os enfermos...

Não é a tôa que para sair da fila, o time de futebol do clube já teve de ser administrado pela multinacional de laticínios Parmalat, trunfo exclusivo da dupla Belluzzo e Cipullo, que o jovem torcedor da Mancha Alviverde e das outras uniformizadas, age como se ignorasse saber quando vaia a equipe em hora errada, já que é, sempre foi e será, apenas massa de manobra para os interesses políticos das oposições que lutam para "tomar o poder" no clube.

Numa época em que estruturas administrativas realmente profissionais são cada vez mais necessárias e transparentes, a manobra de Palaia ainda nos faz lembrar das conspirações políticas romanas em que se sugeria aos senadores e até ao próprio imperador, que cortassem gentilmente seus pulsos ao lavarem-se em suas banheiras. Era a única maneira de preservar os valores romanos, mudar a estrutura do poder estabelecido, dar amparo às famílias e manter alguma ordem no império! Neste sentido, como todos podem perceber, a moral e a conduta tradicional dos dirigentes do Palmeiras ainda é, infelizmente, liliputiana!

Crédito das fotos: Jornal O Globo

2 comentários:

  1. A Portuguesinha da Água Branca é um clube de despreparados. Gente baixa que se aproveita de tudo para botar o cotovelo na balança e mudar as regras do jogo na própria instituição que pertence. Este Palaia é joio do Palmeiras e com certeza irá meter o pé pelas mãos se não for controlado. Chora porcada!

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  2. Italianada cheia de larápios! Dá até vergonha ser palmeirense.

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