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terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Novo Treinador do Juvenal

Nem Paulo Autuori ou Dorival Júnior e muito menos Vanderlei Luxemburgo. O novo treinador do São Paulo FC, em período de entressafra de títulos, é Paulo César Carpegiani, o ex-treinador do Atlético - PR.

Sérgio Baresi não resistiu as pressões de bastidores, torcedores e os maus resultados no campo de jogo, que tem sido obtidos pelo sempre poderoso Tricolor Paulista, e foi afastado do cargo. Fontes da diretoria asseguram que será reaproveitado como treinador do Tricolor em outra oportunidade.

Então, o presidente Juvenal Juvêncio agiu rápido e trouxe o ex-técnico do Furacão. É nele que deposita total confiança no momento e esperança de melhores resultados na temporada e de uma melhor classificação até a final do Campeonato Brasileiro 2010.

Quem é?

Paulo César Carpegiani (Erechim, 7 de fevereiro de 1949) é um treinador e ex-jogador brasileiro que atuava como meio-campista. Como atleta atuou pelo Internacional, Flamengo e Seleção Brasileira. Era um meia-armador de estilo clássico, com dribles curtos e objetivos, bom poder de marcação e principalmente com um passe longo de altíssima precisão.

Foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1974, substituindo Clodoaldo. Uma de suas melhores partidas pelo Internacional foi a vitória por 2 a 0 em pleno Maracanã, pelas seminfinais do Campeonato Brasileiro de 1975, sobre o Fluminense, que até então era conhecido como "a Máquina Tricolor".

Ao lado do cerebral Paulo Roberto Falcão e do vigoroso Caçapava, formou no Internacional um trio de meio-campo que entrou para a história do futebol brasileiro. Carpegiani participou de sete dos oito títulos do Campeonato Gaúcho que o Inter faturou de 1969 a 1976 e foi bicampeão brasileiro nos anos de 1975 e 1976.

Em 1977, foi vendido por 5,7 milhões de cruzeiros para o Flamengo, e fez parte do melhor tiime Rubro-Negro de todos os tempos, ao lado de nomes como Júnior, Zico, Adílio e Andrade, tornando-se Campeão carioca de 1978 e 1979 e campeão brasileiro de 1980.

Uma contusão no joelho o obrigou a encerrar a carreira. Carpegiani já havia feito uma operação no menisco em 1975 e não conseguiu jogar mais após os 31 anos. Em 1981, aposentado como atleta, se dedicou a ambição de ser técnico.

O Perfil do Treinador

Como treinador, Carpegiani teve passagem destacada no próprio Flamengo e mais tarde também no Paraguai, durante a Copa do Mundo da França de 1998.

Na final da Libertadores de 1981, ganha pelo Flamengo, Carpegiani foi muito criticado pois admitiu que mandou um jogador entrar em campo apenas para dar um soco no chileno Mario Soto, zagueiro extremamente violento do time adversário Cobreloa, e que já havia jogado no Brasil.

No comando do Paraguai, montou um time que ganhou respeito, principalmente pelo setor defensivo, que contava com o polêmico goleiro Chilavert, o lateral-direto Arce (que atuou por Grêmio e Palmeiras) e uma dupla de zaga com Ayala e Gamarra - este no auge da forma, não fez uma falta sequer no Mundial, algo excepcional para um zagueiro.

A boa campanha do Paraguai o credenciou a assumir como técnico do São Paulo. A primeira passagem pelo Morumbi, não muito bem sucedida, acabou marcada por ele ter afastado o goleiro reserva Roger por ter posado nu para uma revista.

Carpegiani não exercia a função de treinador no Brasil desde 2001, quando passou pelo Cruzeiro. Atualmente, é proprietário do RS Futebol Clube.

Em 2007, depois de alguns anos dedicando-se ao seu próprio clube, retomou a carreira de treinador, substituindo Emerson Leão no comando do Corinthians, assumindo o time num momento em que o clube passava por uma grave crise política, que culminou no afastamento do presidente Alberto Dualib. Após vinte e quatro jogos no comando do clube paulista, dos quais apenas seis vitórias, Carpegiani foi demitido por maus resultados, deixando o Corinthians em 13º lugar no Campeonato Brasileiro.

No Vitória da Bahia

Em abril de 2009, após muita especulação, foi finalmente confirmado como novo treinador do Vitória, que vinha sendo comandado por um técnico interino. Assumiu o time baiano nas fases finais do Baianão 2009 e na segunda fase da Copa do Brasil. Conseguiu o título estadual vencendo três das quatro partidas que comandou e chegou às quartas-de-final da Copa, perdendo para o Vasco da Gama, eliminação que gerou muitas críticas ao treinador devido às suas "invenções", pois improvisava jogadores naturalmente de outras funções em posições diferentes. Com o problema e as críticas superadas, Carpegiani conseguiu dar seguimento ao seu trabalho no Leão e começou o Brasileirão 2009 muito bem, se mantendo na parte de cima da rodada na maior parte do 1° turno.

O declínio do rubro-negro começou e, com ele, as críticas ao treinador, que novamente montava suas equipes com improvisos. No dia 10 de agosto, após a perda da invencibilidade em casa e uma série de maus resultados que deixaram o time de Salvador em 10° lugar no campeonato, Carpegiani foi demitido. No comando do Vitória, o treinador conseguiu 11 vitórias, 6 empates e 9 derrotas.

No Atlético Paranaense

No dia 31 de maio de 2010, foi anunciado como novo treinador do Atlético Paranaense. Porém, apenas quatro meses depois, após ter levado do time do Paraná da zona de rebaixamento à briga por uma vaga na Libertadores de 2011, foi contratado pelo São Paulo, clube que já treinara onze anos antes.[3][4] Carpeggiani deixou o Furacão com os seguintes números: 11 vitórias, 5 empates e 5 derrotas.

Curriculum de Títulos - Como jogador:

Internacional

Campeonato Gaúcho: 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976

Campeonato Brasileiro: 1975 e 1976

Flamengo

Campeonato Carioca: 1978, 1979 e 1979*

Campeonato Brasileiro: 1980

* Neste ano a federação carioca organizou dois campeonatos de caráter oficial.

Como treinador:

Flamengo

Campeonato Carioca: 1981

Copa Libertadores da América: 1981

Copa Intercontinental: 1981

Campeonato Brasileiro:: 1982

Al Nassr

Copa da Arábia Saudita: 1984

Cerro Porteño

Campeonato Paraguaio: 1994

Vitória

Campeonato Baiano: 2009

As negociações

Carpegiani estava no Atlético-PR desde maio deste ano. O treinador pegou o clube em dificuldades, e conseguiu realizar uma grande campanha - deixou o Furação em quinto lugar na tabela, com 42 pontos.

De acordo com a diretoria do Atlético-PR, a saída do treinador pegou todos de surpresa. O clube publicou uma nota em seu site sobre a negociação. "O técnico Paulo César Carpegiani pediu demissão do comando técnico do Atlético Paranaense, neste domingo, por volta das 13 horas. O treinador aceitou uma proposta irrecusável do São Paulo e já assumiu o clube paulista nesta segunda-feira (04/10/2010) à tarde. Até o presente momento, o presidente do CAP, Marcos Malucelli, ainda não recebeu nenhum contato por parte da diretoria do São Paulo".

No campo de treinamento

O novo técnico Paulo César Carpegiani precisou de apenas um treino à frente do São Paulo para acenar com uma modificação importante na equipe titular. Logo depois de ser apresentado oficialmente, o treinador comandou um coletivo e promoveu a volta do atacante Dagoberto. Mais do que isso, formou um inédito quarteto ofensivo.

Com Ricardo Oliveira suspenso e Fernandão lesionado, Carpegiani armou o ataque são-paulino com Dagoberto e Fernandinho, tendo ainda Lucas e Marlos chegando de trás. Na lateral esquerda, o novo comandante são-paulino optou pelo jovem Diogo, já que Richarlyson é mais um suspenso. Assim, Jorge Wagner voltou para a reserva.

No esquema 4-4-2, Carpegiani ainda fez mais alterações em relação ao time titular que empatou sem gols com o Avaí, no último sábado. Na zaga, Alex Silva, que volta de suspensão, atuou ao lado de Miranda. Já no meio de campo, Casemiro, também suspenso na rodada passada, retornou na vaga de Cléber Santana.

O São Paulo se prepara para enfrentar o Vitória na quarta-feira, às 21h50, na Arena Barueri. Caso Carpegiani mantenha a equipe que começou o coletivo desta segunda, o time titular terá a seguinte formação: Rogério Ceni; Jean, Alex Silva, Miranda e Diogo; Rodrigo Souto, Casemiro, Marlos e Lucas; Fernandinho e Dagoberto. 
 
Trata-se de um técnico tradicionalista e até conservador que conhece bem os bastidores e a cultura interna do São Paulo. Sabe quem manda e quem decide as coisas dentro e fora do campo. Só precisa ter sorte, reverter os resultados insatisfatórios que tem sido obtidos nos gramados e classificar o Tricolor Paulista para mais uma edição da Libertadores da América, em 2011. É tudo que o torcedor tricolor deseja!

Crédito da Foto: Agência Estado

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