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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"O Muro das Lamentações"

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Nem Corinthians e nem Fluminense! Nos jogos desta quarta-feira (06/10/2010) pela 28ª rodada do Brasileirão 2010, seus torcedores terminaram a chorar, reclamar e ansiar por melhores momentos na competição, num verdadeiro "Muro das Lamentações".

O Todo Poderoso Timão do Bando de Loucos foi a Minas Gerais e tomou uma virada do Galo Mineiro. Acabou perdendo o jogo para o Atlético - MG (renascido das chamas do esquecimento) por 2 a 1. Já o Fluminense, o amado Tricolor das Laranjeiras, tomou um sacode do Santos FC e da estrela da partida, o atacante Zé Eduardo, que brilhou muito mais do que o sempre polêmico Neymar.

Até nas contusões de atacantes que tentavam recuperar o ritmo de jogo, tivemos coincidências: infelizmente, Fred e Dentinho voltaram a se contundir e devem desfalcar suas equipes por um bom tempo, novamente. O sonho de disparar na competição fica adiado para as duas equipes. O Corinthians permanece com um jogo a menos, em função do beneplácito da CBF que permitiu o adiamento da partida com o Vasco, em função das comemorações do centenário do time, em que participou até o Presidente Lula.

Atlético - MG 2 x 1 Corinthians

O Atlético-MG correu muito no início da partida. Embalado por sua torcida, saiu acelerado para cima do Corinthians, especialmente pelo lado direito, com Diego Macedo e Diego Souza nas costas do pentacampeão Roberto Carlos. Logo, o técnico do Timão, Adilson Batista, percebeu a tática do Galo e pediu a Jucilei para ajudar naquele setor.

Deu certo. Com Ricardinho em noite apagada (ele saiu machucado aos 38 minutos) e Diego Souza isolado, o Corinthians encaixou a marcação no meio-campo e acabou com a graça dos mineiros. A partir daí, o que se viu foi um Timão mais forte no ataque. Sem Dentinho, é verdade. O jogador, que voltava depois de 13 jogos fora, voltou a sentir a coxa direita e deixou o campo aos dez minutos.

Seu substituto foi Danilo. O meia, aliás, mudou o jogo. Com mais qualidade na armação, o time paulista teve ótimas chances com Bruno César, que fazia as vezes de atacante e finalizava mais do que todo mundo. A sorte do Atlético-MG é que o goleiro Renan estava inspirado. Até mesmo quando o gol estava vazio ele contou com a sorte.

Aos 22 minutos, por exemplo, Danilo mandou para Bruno César na área. O meia cabeceou cruzado, e Paulinho perdeu gol da pequena área. Mas como o futebol é imprevisível, o destino quis que o mesmo Paulinho marcasse o único gol do primeiro tempo. Aos 44, após cruzamento de Alessandro e falha de Renan, o volante desviou de peito para o gol.

E a jogada do gol corintiano se iniciou graças a uma roubada de bola de Jucilei, com a jogada passando depois pelos pés de Iarley, Danilo e Bruno César. À torcida do Galo, restou ouvir a provocação da minoria paulista, ao gritar: “Ão, ão, ão, segunda divisão”.

A virada do Galo Mineiro

Na tentativa de reagir, Dorival Júnior (que é mesmo um pé quente) resolveu mexer no Atlético-MG para o segundo tempo. Sacou o lateral-direito Diego Macedo e colocou o atacante Obina. Serginho passou, então, a jogar na ala. A ideia de pressionar do Galo, porém, parou na queda de rendimento de Diego Souza e na frieza do Timão, que tocava a bola com calma quando tinha a posse.

Por sinal, quando tinha oportunidade o Corinthians era perigoso. Sempre com Bruno César envolvido. Seja com um passe, um lançamento ou uma finalização. Do lado do Atlético-MG, os chutes de fora da área pareciam a solução de um time desequilibrado taticamente e sem opções criativas para acabar com a vantagem dos paulistas.

Quando isso acontece, a bola parada é sempre uma boa saída. E assim foi. Aos 15 minutos, após cobrança de escanteio da esquerda, o zagueiro Werley marcou de cabeça. O goleiro Julio Cesar ainda tocou na bola, mas não evitou o empate. Empolgado, o Atlético-MG foi para pressão. E o Corinthians deixou a frieza de lado e passou a perder muitas bolas.

Aos 26 minutos, um fato curioso. O reserva Fernandinho, do Atlético-MG, se desentendeu com o auxiliar Roberto Braatz e levou cartão vermelho. Mais tarde, aos 32, a bola parada do Galo voltou à ativa. E a “soneca” da defesa do Corinthians também. Serginho cobrou falta para área, e Zé Luis, sozinho, cabeceou para virar o jogo em Sete Lagoas. Bom para o Galo, para o rival Cruzeiro e para o líder Fluminense. Ruim para o Corinthians, o Timão de tanta gente!

Fluminense 0 x 3 Santos

Jogando em casa, o Fluminense tomou a iniciativa do jogo. Logo nos primeiro minutos, Rodriguinho teve a chance de abrir o marcador, mas não concluiu. Em seguida, o Santos igualou a partida e a dupla formada por Neymar e Zé Eduardo fez a defesa tricolor trabalhar. Carlinhos também teve boa chance, mas finalizou muito mal. Até os 20 minutos, de bom, apenas uma falta cobrada por Marquinho - que estava jogando a camisa comemorativa, pelos cem jogos - levou perigo ao gol do Peixe.

Com medo de atacar, as duas equipes se estudavam muito, algo que resultou em poucas emoções para os torcedores presentes no Engenhão. O Santos chegou a levar perigo aos 25, em um ótimo chute de Zé Eduardo, que passou tirando tinta do travessão de Rafael. Mesmo com um jogo truncado, os dois times mostravam qualidade. Em um duelo muito equilibrado em campo e, apesar do bom jogo, o resultado da primeira etapa não podia ser outro: 0 a 0.

O retorno de Fred e a tristeza da contusão

Com o Santos um pouco melhor em campo, Muricy Ramalho fez duas alterações. Após 16 rodadas sem atuar, Fred entrou na vaga de Washington e André Luis substituiu do meia Marquinho, colocando o time no 3-5-2. Mesmo tentando ajeitar a zaga, o Fluminense não se achou na início do segundo tempo e foi castigado. Aos 11 minutos, Neymar invadiu a área e bateu na trave, no rebote Zé Eduardo, de meia-bicicleta, concluiu para a rede e abriu o marcador.

Na sequência, o Tricolor carioca quase empatou. Rodriguinho bateu de primeira e assustou o goleiro Rafael. Aos 17, Rodriguinho tocou para a rede, mas foi flagrado em posição irregular. Na pressão, o Tricolor quase empata. Carlinhos fez boa jogada e carimbou a trave. No rebote, Fred foi desarmado.

Melhor em campo, o Fluminense abusou de perder gols e novamente viu Zé Eduardo desequilibrar. A velha e conhecida máxima do futebol estava de volta: "quem não faz, toma". Após o chute do goleiro Rafael para a frente, a defesa tricolor bobeou e viu Zé Eduardo acertar uma bomba e marcar outro bonito gol. Com o segundo gol, o Tricolor se abateu em campo e não teve forças para reagir. E ainda viu Zé Eduardo receber de Alex Sandro e tocar para o gol, marcando o seu terceiro na partida. Goleada no Engenhão.

De volta ao time após 71 dias de ausência, o camisa 9, Fred, entrou em campo ainda no intervalo, no lugar de Washington, e logo no primeiro lance ofensivo, aos três minutos, voltou a sentir o problema na panturrilha esquerda. Mantido durante toda a segunda etapa, o atacante se transformou em peça nula em campo e desabou em lágrimas no vestiário.

Em um exame preliminar ainda no vestiário, ao final da partida, foi detectada nova lesão na panturrilha esquerda. Nesta quinta-feira (07/10/2010), o jogador fará uma ressonância magnética para verificar a gravidade do problema.

Minha opinião de que o Campeonato Brasileiro é um dos torneios mais equilibrados, desgastantes e difíceis do planeta foi reforçada após esta rodada. Mas, infelizmente, o nivelamento é por baixo. Mesmo as equipes que lideram a competição apresentam um futebol de qualidade apenas mediana. Por isso, aos pretendentes do título, principalmente Corinthians e Fluminense, só resta neste momento, o "Muro das Lamentações". Que eles orem bastante e rezem muito mesmo para conseguir manter a ponta! O Tricolor carioca soma 52 pontos e o Timão 49. Cruzeiro, Internacional e até o Santos, que vem atrás, mantém também as suas esperanças...

Crédito das Fotos: Globo e Lance

Um comentário:

  1. É um torneio fraco mesmo, cada vez mais regido pela TV e por interesses meramente políticos. Saio sem roupa na rua e arrisco até a ser preso, como vai dar Corinthians. É o ano do Centenário e até o Lula anda bancando a parada! Lamentável, mas bem de esquerda populista que acredita que o Brasil é o País das massas!

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