Costumo afirmar que não existe mais time campeão, sem força de lobby nos bastidores do jogo, da década de 90 para cá. Foi assim com o Palmeiras da Era Parmalat, com o São Paulo FC do Tricampeonato Brasileiro dos anos 2000 e também está sendo assim com o Corinthians atualmente. Não se conquista mais nada, somente com a qualidade do futebol apresentado dentro do campo de jogo. Infelizmente...
Além de estar mantendo indiscutível regularidade dentro da competição mais difícil do cenário nacional, o Timão também vem sendo favorecido em jogos importantes, pelos constantes “erros de arbitragem” que atormentam o sono dos torcedores de equipes prejudicadas nas disputas do futebol brasileiro e mundial.
Na vitória contra o Santos, nesta quarta-feira (29/9/2010) à noite, novamente não foi diferente. Danilo estava completamente impedido na jogada que originou o gol da vitória e o árbitro (sempre polêmico) Carlos Eugênio Simon, validou o lance. A amizade de Andrés Sanchez, o popular mandatário corintiano com o Todo Poderoso Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, está mesmo dando frutos.
No encontro entre a crise e a “estabilidade”, a boa fase do Corinthians levou a melhor diante do momento turbulento do Santos. Com sua maior estrela em campo depois da confusão que culminou na demissão do técnico Dorival Júnior, o Peixe esteve duas vezes em vantagem no placar, mas permitiu que o Timão igualasse e virasse o marcador para 3 a 2, saindo da Vila Belmiro ainda mais fortalecido na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Durval e Neymar fizeram para a equipe da casa, enquanto Iarley, Elias e Paulo André, após Danilo tocar em impedimento, deram o triunfo ao clube da capital paulista.
Primeiro tempo de 4 gols
O Santos deixou de lado toda a confusão que se instalou no clube durante os últimos dias para pressionar o Corinthians desde o início do jogo. Acostumado a sufocar os adversários no Pacaembu, o Timão provou do próprio veneno na Vila Belmiro. O zagueiro Durval, logo no primeiro minuto, pegou rebote na área após escanteio e colocou o Peixe em vantagem com uma bomba indefensável para Julio Cesar.
Com o meio de campo avançado, o Santos marcou forte e atrapalhou a saída de bola da defesa rival. Mas, vagarosamente, o Corinthians se acalmou, encaixou a marcação de Boquita sobre Neymar e liberou Jucilei para encostar na frente. E deu certo. O volante passou por dois adversários, abriu a defesa e tocou para Iarley, livre na área, empatar.
Timão volta melhor no segundo tempo e obtém a virada
O Timão continuou melhor no segundo tempo. Jorge Henrique, Iarley e Bruno César trocaram constantemente de posição e confundiram a defesa santista. O Peixe, aliás, não se encontrou. Marquinhos e Alex Sandro pouco produziram no meio de campo e ficaram presos na marcação.
A primeira grande chance, no entanto, foi do Santos, aos 12. Julio Cesar fez milagre em chute de Neymar depois de dar rebote em cobrança de falta. Na volta, Marquinhos finalizou e a bola tocou em um dos braços de William. Carlos Eugênio Simon ignorou os pedidos de pênalti e mandou o lance seguir.
Adilson Batista apostou nas saídas de Boquita e Bruno César para as entradas de Moacir e Danilo, respectivamente. No Santos, Marcelo Martelote sacou Alex Sandro e colocou Alan Patrick. Melhor para o Corinthians, que virou o jogo pouco tempo depois, aos 24, com Paulo André, de cabeça, desviando cruzamento de Danilo. O meia estava em posição irregular no momento do levantamento.
A tão esperada pressão do Santos não aconteceu depois da virada. O Peixe mostrou pouca força para encurralar novamente o Corinthians e passou a apostar apenas na velocidade de Madson e em jogadas de efeito de Neymar.
Léo, aos 36, chegou a empatar, mas a arbitragem marcou impedimento após desvio de Marcel. Foi o máximo que o Santos conseguiu. Nos minutos finais, o Corinthians continuou tocando a bola pacientemente e a Fiel, que lotou o espaço reservado a ela na Vila, gritando "olé". E o título está mais próximo do Parque São Jorge.
Um desejo da Fiel Torcida e até do Presidente da República, no ano do tão festejado centenário do “time do Povo”. Os “outros” que sobrevivam as conseqüências. Prestígio de Campeão fora de campo, o Corinthians já adquiriu, indiscutivelmente. E olhe que não precisa disso!
Crédito da foto: Jornal O Globo
Excelente!!!
ResponderExcluirTambém acredito que esse ano o título é do Corinthians. Além dos lances polêmicos, o clube da Marginal s/n foi o que mais bateu penalidades na competição. Coincidência? Acho que não....