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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Prestígio de Campeão

Costumo afirmar que não existe mais time campeão, sem força de lobby nos bastidores do jogo, da década de 90 para cá. Foi assim com o Palmeiras da Era Parmalat, com o São Paulo FC do Tricampeonato Brasileiro dos anos 2000 e também está sendo assim com o Corinthians atualmente. Não se conquista mais nada, somente com a qualidade do futebol apresentado dentro do campo de jogo. Infelizmente...

Além de estar mantendo indiscutível regularidade dentro da competição mais difícil do cenário nacional, o Timão também vem sendo favorecido em jogos importantes, pelos constantes “erros de arbitragem” que atormentam o sono dos torcedores de equipes prejudicadas nas disputas do futebol brasileiro e mundial.

Na vitória contra o Santos, nesta quarta-feira (29/9/2010) à noite, novamente não foi diferente. Danilo estava completamente impedido na jogada que originou o gol da vitória e o árbitro (sempre polêmico) Carlos Eugênio Simon, validou o lance. A amizade de Andrés Sanchez, o popular mandatário corintiano com o Todo Poderoso Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, está mesmo dando frutos.

No encontro entre a crise e a “estabilidade”, a boa fase do Corinthians levou a melhor diante do momento turbulento do Santos. Com sua maior estrela em campo depois da confusão que culminou na demissão do técnico Dorival Júnior, o Peixe esteve duas vezes em vantagem no placar, mas permitiu que o Timão igualasse e virasse o marcador para 3 a 2, saindo da Vila Belmiro ainda mais fortalecido na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Durval e Neymar fizeram para a equipe da casa, enquanto Iarley, Elias e Paulo André, após Danilo tocar em impedimento, deram o triunfo ao clube da capital paulista.

Primeiro tempo de 4 gols

O Santos deixou de lado toda a confusão que se instalou no clube durante os últimos dias para pressionar o Corinthians desde o início do jogo. Acostumado a sufocar os adversários no Pacaembu, o Timão provou do próprio veneno na Vila Belmiro. O zagueiro Durval, logo no primeiro minuto, pegou rebote na área após escanteio e colocou o Peixe em vantagem com uma bomba indefensável para Julio Cesar.

Com o meio de campo avançado, o Santos marcou forte e atrapalhou a saída de bola da defesa rival. Mas, vagarosamente, o Corinthians se acalmou, encaixou a marcação de Boquita sobre Neymar e liberou Jucilei para encostar na frente. E deu certo. O volante passou por dois adversários, abriu a defesa e tocou para Iarley, livre na área, empatar.

Timão volta melhor no segundo tempo e obtém a virada

O Timão continuou melhor no segundo tempo. Jorge Henrique, Iarley e Bruno César trocaram constantemente de posição e confundiram a defesa santista. O Peixe, aliás, não se encontrou. Marquinhos e Alex Sandro pouco produziram no meio de campo e ficaram presos na marcação.

A primeira grande chance, no entanto, foi do Santos, aos 12. Julio Cesar fez milagre em chute de Neymar depois de dar rebote em cobrança de falta. Na volta, Marquinhos finalizou e a bola tocou em um dos braços de William. Carlos Eugênio Simon ignorou os pedidos de pênalti e mandou o lance seguir.

Adilson Batista apostou nas saídas de Boquita e Bruno César para as entradas de Moacir e Danilo, respectivamente. No Santos, Marcelo Martelote sacou Alex Sandro e colocou Alan Patrick. Melhor para o Corinthians, que virou o jogo pouco tempo depois, aos 24, com Paulo André, de cabeça, desviando cruzamento de Danilo. O meia estava em posição irregular no momento do levantamento.

A tão esperada pressão do Santos não aconteceu depois da virada. O Peixe mostrou pouca força para encurralar novamente o Corinthians e passou a apostar apenas na velocidade de Madson e em jogadas de efeito de Neymar.

Léo, aos 36, chegou a empatar, mas a arbitragem marcou impedimento após desvio de Marcel. Foi o máximo que o Santos conseguiu. Nos minutos finais, o Corinthians continuou tocando a bola pacientemente e a Fiel, que lotou o espaço reservado a ela na Vila, gritando "olé". E o título está mais próximo do Parque São Jorge.

Um desejo da Fiel Torcida e até do Presidente da República, no ano do tão festejado centenário do “time do Povo”. Os “outros” que sobrevivam as conseqüências. Prestígio de Campeão fora de campo, o Corinthians já adquiriu, indiscutivelmente. E olhe que não precisa disso!

Crédito da foto: Jornal O Globo

Um comentário:

  1. Excelente!!!
    Também acredito que esse ano o título é do Corinthians. Além dos lances polêmicos, o clube da Marginal s/n foi o que mais bateu penalidades na competição. Coincidência? Acho que não....

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