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domingo, 15 de agosto de 2010

A primeira vitória do Palmeiras de Felipão


Foi difícil, foi suado... Como sempre acontece com o Verdão. Mas foi a primeira vitória de Felipão, em seu retorno ao comando do Palmeiras. Contra tudo e contra todos! Do jeito que o palmeirense gosta.

O Verdão 2010 que disputa o Campeonato Brasileiro de futebol é uma equipe em formação. A torcida parece que finalmente começa a entender. Está longe ainda de ter uma equipe pronta, mas tem muito, muito potencial.

No ano do centenário do arqui-inimigo Corinthians, sempre mais paparicado pela imprensa, em função do grande número de torcedores que possui, do melhor momento que atravessa e da maior força política que exerce, o Palmeiras tem mastigado o pão que o diabo amassou.

Comentaristas esportivos de muitos veículos consagrados desdenham de um clube que tem história e de uma equipe que tem em seu elenco, atletas e jogadores consagrados como Marcos, Vítor, Pierre, Marcos Assunção, Edinho, Kleber, Valdívia, Ewerthon e Lincoln. Isso sem falar em Fabrício, Rivaldo e o jovem Tinga, promessas que já estão sendo observadas pelo treinador da Seleção Brasileira, Mano Menezes. Seria tão bom, que muitos jornalistas deixassem de lado suas hipocrisias, seus pessimismos estudados, e fossem mais condescendentes, sem deixar, é lógico, de serem profissionais...

No futebol, só se vive de resultados positivos e o pragmatismo que infelizmente nos cerca, não dá margem a erros e não tem piedade de quem passa por dificuldade. Na grande maioria das vezes, meros interesses políticos, dentro e fora do ambiente de um clube, determinam o sucesso ou o fracasso na roleta de oportunidades do futebol brasileiro, que celebra apenas, possibilidades de bons negócios.

O time do Palmeiras não é líder neste ano eleitoral em que se fazem tantas promessas, dentro e fora das quatro linhas que determinam as principais ações do campo de jogo. Não é "campeão", nem no coração da mídia especializada, que parece sempre mais interessada em vender e alimentar uma crise sem fim. Fatos e aspectos negativos da vida do clube são mais destacados do que algo positivo que possa vir a ser gerado.

Luiz Gonzaga Belluzzo é homem íntegro, que ousou reclamar veementemente, quando viu seu clube prejudicado por uma má arbitragem. Ele não frequenta muito o circulo de amizades mais próximas dos atuais "donos do futebol brasileiro". Talvez por isso, esteja sendo penalizado e até gravemente. Percebam, que o Verdão tem sempre alguém expulso, em suas últimas partidas. Parece até que existe um padrão que deva ser seguido.

Os fortes investimentos foram feitos desde o início da sua administração, mas é melhor se salientar que deixará uma dívida para os seus sucessores. Lembro mais uma vez, que ele é o homem que fez um ousado acordo de co-parceria com a multinacional Parmalat no início dos anos 90. Seus principais adversários sabem de tudo o que aconteceu de bom e de mau ao Palmeiras, durante este momento histórico do clube.

Na partida realizada neste sábado à tarde, no Pacaembú de sempre excelente gramado (que contraste com o Palestra Itália), o Palmeiras mostrou garra, determinação e ótimo toque de bola. Bons sinais, que interrompem um deserto de maus resultados.

Acessem o link abaixo, e vejam: o gol marcado pelo zagueiro Danilo em seu centésimo jogo pelo alviverde e a bela finalização de Ewerthon. Ambos em jogadas criadas pelo jovem Tinga e que demonstram um crescimento real de uma equipe que se fortalece jogo a jogo, sem ter realmente grandes pretensões neste campeonato.




O técnico Luis Felipe Scolari escalou o time titular com Tadeu e o recém-chegado Luan no ataque. Além disso, o zagueiro Fabrício também estreou na equipe. Já no primeiro minuto de jogo, Gustavo colocou o braço na bola e foi marcada falta perigosa a favor do Palmeiras. Marcos Assunção cobrou e Paulo Baier se adiantou na barreira, recebendo o primeiro cartão amarelo do jogo. Na repetição da cobrança, Assunção cobrou novamente na barreira e a bola sobrou para Tinga. O volante cruzou na área e Danilo subiu para cabecear, aos 3 minutos, abrindo o placar para o Verdão, 1x0!

Aos 15 minutos, o volante Assunção cobrou mais uma falta, desta vez da intermediária, e a bola passou raspando a trave direita do goleiro Neto. Aos 19 minutos, foi a vez de o árbitro marcar falta a favor do Atlético-PR. Paulo Baier cobrou, mas Marcos conseguiu ficar com a bola. O time paranaense chegou bem aos 28 minutos, com chute forte de Branquinho no canto direito do gol e nova defesa de Marcos. No último lance de perigo da primeira etapa, aos 44 minutos, Paulo Baier cobrou escanteio e o goleiro palmeirense tirou de soco.

E veio o segundo tempo... O Verdão mudou aos 18 minutos, com saída de Luan e entrada de Ewerthon. Ao mesmo tempo, o árbitro expulsou o técnico Felipão, que não pode assistir ao resto da partida de dentro do campo. Aos 30 minutos, Maurício Ramos cabeceou depois de cobrança de escanteio, mas a bola passou por cima da meta. No minuto seguinte, Tinga fez bela jogada individual, levantou a bola com classe (muita categoria) e passou para Ewerthon, que dominou no peito e finalizou forte, ampliando o placar para o Palmeiras, 2x0!

O próximo desafio do Palmeiras será na quinta-feira (19/08/2010), quando a equipe enfrenta o Vitória em partida válida pela Copa Sul-americana. Pelo Campeonato Brasileiro, o Verdão volta a jogar no domingo (22), contra o Guarani de Campinas. Muitas adversidades ainda virão... O palmeirense tem que torcer muito pelas superações!

Ficha Técnica

Palmeiras 2 x 0 Atlético-PR
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio-DF
Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues-RJ e Cesar Augusto de Oliveira Vaz-DF

Cartões amarelos: Tadeu, Mauricio Ramos, Edinho (Palmeiras); Paulo Baier, Maikon Leite, Mithyuê (Atlético-PE)

Cartão vermelho: Tadeu (Palmeiras)

Gols: Danilo, aos 2’/1T e Éwerthon, aos 30’/2T (Palmeiras)

Palmeiras - Marcos; Marcio Araujo, Danilo, Mauricio Ramos e Fabrício; Edinho, Tinga, Marcos Assunção e Rivaldo; Luan (Éwerthon) e Tadeu. Técnico: Luiz Felipe Scollari.

Atlético-PR - Neto; Leandro, Gustavo, Rodholfo e Paulinho; Deivid (Mithyuê), Bruno Costa (Branquinho), Chico e Paulo Baier; Guerrón (Maikon) e Bruno Mineiro. Técnico: Paulo César Carpegiani.

Um comentário:

  1. Todos os clubes brasileiros vivenciam crises. Com o Palmeiras não é diferente. Mas não é mesmo um clube paparicado, nem nas raras ocasiões em que fica por cima da carne seca. Até o Santos, reeditando mais uma vez os meninos da Vila, anda mais badalado. Infelizmente. Corinthians é o Timão do Povão; São Paulo, o eterno time da Elite Paulistana e da Moda; e o Santos é o time de jovens craques!

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