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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Arsenal x Barcelona

Neste post, apresento o olhar crítico e a análise interessante e ponderada do jovem Lucas Ayres, filho de um grande amigo meu. A UEFA Champions League já começou faz tempo e ele comenta com detalhes, a partida entre o Arsenal e o Barcelona, realizada na última quarta-feira, dia 16 de fevereiro de 2011. Acompanhe...

Texto de Lucas Ayres:

Confesso que tinha dúvidas sobre as minhas expectativas para o jogo Arsenal e Barcelona, no Emirates Stadium, em Londres. Dúvidas porque o jogo entre duas equipes de toque de bola poderia ser devagar e cauteloso quanto poderia ser uma partida veloz, dinâmica e movimentada.

O jogo superou minhas expectativas. Foi aberto, veloz e muito complexo taticamente. As duas equipes foram a campo com escalações priorizando o ataque. O Arsenal foi ousado, e teve apenas um volante de ofício no meio campo, além da volta do francês Nasri, sem jogar desde o fim de janeiro. O Barcelona jogou com seu time regular, exceção de Maxwell, lateral esquerdo, no lugar do zagueiro Puyol, capitão do time (Abidal fez a defesa com Piqué).

É possível caracterizar o jogo como “metamórfico”, pois desde o apito inicial ao final, foram mudanças de postura, esquema tático e até de placar. O primeiro tempo começou com o time da casa melhor pressionando, e, tocando na frente da área do Barcelona. Porém, aos poucos, a marcação inglesa começou a afrouxar e os espanhóis começaram a dominar o jogo e criar chances, principalmente quando lançava um de seus três atacantes no meio da defesa adversária. O curioso é que o Arsenal não jogou com a defesa em linha, que geralmente dá espaço para jogadas desse tipo. Era a velocidade e entrosamento do ataque catalão
que criava essas jogadas.

Assim, foi num lançamento de Lionel Messi (depois de driblar quatro jogadores) para Villa que o time azul-grená abriu o placar. O atacante recebeu a bola na cara do gol e tocou na saída do goleiro.

Após o gol, o Barcelona dominou completamente o jogo. Chegou a ficar 3 minutos tocando a bola de primeira, lembrando muito o jogo em que goleou o Real Madrid por 5 a 0. Até o fim do primeiro tempo, o Arsenal nada fez, dando a aparência de que iria se complicar no segundo tempo.

Mas, as aparências enganam. Na segunda etapa, os “Gunners” voltaram melhores, e anularam o meio campo adversário, que apostou nas jogadas individuais. Nesta hora, o técnico do Arsenal, Arsène Wenger foi brilhante. Tirou de campo o único volante e colocou o atacante russo Arshavin. O também atacante Bendtner entrou no lugar do jovem e veloz Walcott. Arsenal foi para cima e com muita garra conseguiu o empate, em um chute de Van Persie, quase sem ângulo, pela esquerda.

O Barcelona sentiu o gol. Nem a entrada de Keita fez o time rodar a bola. Pior: partiu para cima sem organização e tomou a virada num contra-ataque mortal, finalizado pelo iluminado Arshavin.

Depois da virada, os dois times se assentaram. Pensando no próximo jogo, o técnico do time catalão colocou Adriano em campo, para conter os contra ataques londrinos.

Assim terminou o jogo: Arsenal 2 x 1 Barcelona. Foi apenas a terceira derrota do Barça na temporada e a primeira derrota para os Gunners na história do clube.

O destaque do jogo foi o técnico Arsène Wenger, que depois de descobrir no primeiro tempo que tática não adianta com o Barcelona, abriu o jogo sem medo e como poucos, venceu o time de Messi.




Por Lucas Ayres, especial para "No campo de jogo".


Confira os gols da partida no link abaixo:


Imagens: ESPN.com.br

Um comentário:

  1. Também assisti ao jogo. Excelente confronto, que como o Lucas bem detalhou, mostrou mais uma vez que o futebol aberto, jogado de maneira ousada e corajosa, sempre acaba dando resultado. Além de ser muito mais agradável para os torcedores e espectadores que acompanham o embate. Abaixo a mentalidade retrógrada, que procura celebrar retrancas e outras táticas defensivistas. No futebol bem jogado, o ataque deve sempre se sobressair! Realmente foi uma partida curiosa, com um resultado inesperado.

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