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quinta-feira, 17 de março de 2011

Liga dos Campeões da UEFA: Bayern x Inter (e que volta!)

Mais uma vez conto com a inestimável ajuda e o auxílio do Lucas Ayres que acompanhou a partida entre a equipe do Bayern de Munique e a Internazionale de Milão pelas oitavas-de-final da Liga dos Campeões de UEFA (terça-feira, 15/03/2011). Ele garante que foi mesmo um jogaço: 3 x 2 para o time da torcida italiana. Confira a sua análise do que foi mais este confronto entre duas grandes forças do futebol europeu da atualidade!

Texto de Lucas Ayres:

Em mais uma partida da rodada de volta das oitavas-de-final da Uefa Champions League, Bayern de Munique e Inter de Milão se enfrentaram na Alemanha.

No primeiro jogo, vitoria dos alemães, que foram à Itália e venceram por 1 a 0 com um gol nos minutos finais.

O time bávaro, apoiado por mais de 60 mil torcedores foi escalado pelo técnico Louis Van Gaal no tradicional 4-2-3-1, com três meias ofensivos e com os brasileiros Breno e Luiz Gustavo ( zagueiro e volante, respectivamente) no time titular.

Já o time do técnico Leonardo foi a campo num esquema diferente do jogo passado: 4-3-1-2, com o meia holandês Sjneider servindo a dupla de ataque formada por Eto’o e Pandev. Foram quatro brasileiros no time titular e um no banco de reservas.

Antes que qualquer analise pudesse ser feita, a Inter abriu o placar com Eto’o, que recebeu, impedido, bom lançamento de Pandev na área e tocou para as redes. Foi o oitavo gol do atacante na competição.

Mesmo com o gol, o time da casa não se desesperou: manteve a mesma estratégia, tocando bola com velocidade no campo ofensivo, enquanto o time visitante recuava e chamava o ataque adversário até sua área.

Com seus principais jogadores, os meias Robben e Ribéry bem marcados, o Bayern avançava com bolas alçadas na área. A Inter, antes fechada, se soltava e se aproximava do gol.

Ainda assim os muniquenses conseguiram marcar. No único momento em que esteve livre, o holandês Robben fez sua eficiente jogada característica: levou pela direita, cortou para o meio e bateu com efeito. O goleiro Júlio César, assim como no primeiro jogo, deu rebote, aproveitado (assim como no primeiro jogo) pelo atacante Mario Gomez, que empatou o jogo.

A partir daí, o meia Robben mudou o jogo. Movimentou-se, driblou, tabelou e abriu espaços para seu time. Foi dele a jogada do gol da virada, na qual fez um passe mal cortado pela defesa adversária e a bola sobrou nos pés do jovem atacante Müller, que toucou na saída do goleiro.

No ritmo de seu craque e com uma torcida ensandecida, os anfitriões foram para cima e quase ampliaram o placar, esbarrando na própria incompetência das finalizações, numa das melhores atuações do time na temporada, mesmo que por 30 minutos.

Enganaram-se quem pensou que o ritmo cairia no segundo tempo. Os muniquenses voltaram a campo com a mesma pegada, ameaçando o gol dos milaneses.

Para tentar mudar a situação, o técnico Leonardo trocou o volante servo Stankovic pelo meia brasileiro Philippe Coutinho, mudando o esquema do time para o 4-2-3-1, semelhante ao do time adversário.

A mudança tardou a fazer efeito e os alemães continuaram pressionando, contidos pela boa defesa italiana, que voltou mais organizada para a etapa final. Quando fez efeito, foi eficiente: troca de passes entre os meias e a bola chegou em Eto’o, que ajeitou para Sjneider, que bateu forte da entrada da área para empatar o placar.

O Bayern sentiu o gol. Robben saiu para entrada do meia turco Altintop e o time fechou-se no campo defensivo, já que ainda tinha vantagem ( apenas a derrota o desclassificaria).

A partir daí o jogo ficou muito bom. Ataque e contra-ataque. A Inter atacava com muita movimentação de seus três meias, bem marcados, enquanto os bávaros respondiam em contra-ataques puxados por Ribéry.

Chegando o fim do jogo, o time da casa abdicou do ataque. O experiente zagueiro Van Buyten deu lugar ao jovem Badstuber, da mesma posição. Os visitantes trocaram o lateral romeno Chivu pelo japonês Nagatomo.

Se o toque de bola da Inter não surtiu efeito, o jeito foi a “ligação direta” (palavra chique para chutão). Balão da defesa para o ataque e o camaronês Eto’o (sempre ele) ,depois de percorrer a área adversária inteira, ajeitou para a chegada de Pandev, que fuzilou o ângulo direito do goleiro Kraft, aos 42 minutos.

O meia Kharja entrou para ganhar tempo para os Nerazzuri e o meia Toni Kroos para fazer um milagre para os bávaros, o que não aconteceu.

Placar final, 3 a 2 para La Grande Inter, que se classificou heroicamente num jogaço, marcado bela belíssima atuação do meia Robben e pelo poder de decisão do atacante Eto’o.



Por Lucas Ayres, especial para o "No campo de jogo".


Clique no link abaixo e confira os gols deste emocionante duelo da Liga dos Campeões da UEFA.

Bayer de Munique 2 x 3 Inter de milão (15/03/11) Liga dos Campeões

Crédito das imagens: ESPN.com.br

Um comentário:

  1. Parabéns Lucas por mais um belo comentário e uma feliz análise. Prefiro ler você aqui no blog do Paulinho do que ouvir os comentários previsíveis da turma da ESPN Brasil. Parabéns novamente, tá? Abraços.

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