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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Não podia mesmo dar certo!

Luiz Gonzaga Belluzzo encerra um período de muitas frustrações na Presidência do Palmeiras que se iniciou em 2009. Para muitos foi mais torcedor do que dirigente...

Naquele momento do começo do mandato, em específico, simbolizava a modernidade e o fato de ser indiscutivelmente um homem de bem, comandando um dos clubes de maior tradição futebolística deste país.

Agora, no final da sua experiência como mandatário máximo do Verdão, além de uma nova visão e real dimensão de quem tenham sido seus reais inimigos mais próximos dentro, desta rápida e desiludida vivência no "esporte", Belluzzo ainda leva no seu currículo, muitas campanhas fracassadas, lamentavelmente.

Em 2009, por exemplo, ano em que assumiu a direção do clube, o time de futebol caiu na semifinal do Paulista, foi eliminado da Copa Libertadores da América e perdeu a chance de conquistar o Brasileirão e a vaga para o torneio continental, depois de liderar boa parte da competição. Fechou em apenas quinto lugar.

A saída do técnico Vanderlei Luxemburgo e a demora na chegada de Muricy Ramalho também dividiram opiniões no clube. O Alviverde investiu alto em treinadores, mas depois teve de arcar com os custos das indenizações nas suas saídas. Quem não obtém sucesso atuando no futebol pelos mais diversos fatores, não consegue pagar a conta no fim de sua gestão!

No campeonato nacional, Belluzzo ainda sofreu com uma dura punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Depois da vitória por 1 a 0 do Fluminense sobre o Alviverde no Macaranã, o presidente do time paulista disparou contra o árbitro Carlos Eugênio Simon, reclamando da anulação de um gol de Obina e dos critérios de arbitragem. Entre os xingamentos, Belluzzo chamou Simon de “vigarista, safado, sem vergonha e crápula”. Como punição, pegou 270 dias de gancho.

No campo financeiro, área que domina como professor e economista, problemas. Belluzzo diz que pagou mais de R$ 40 milhões em débitos fiscais. No entanto, os últimos balancetes do clube, em reuniões do Conselho de Orientação Fiscal (COF) foram reprovados. Sem falar nos problemas com os atletas, que alegavam não estarem recebendo os direitos de imagem no fim da temporada passada. O mandatário, porém, gaba-se de ter dado início às obras da Arena Palestra Itália.

Em todo o período em que esteve à frente do Palmeiras trombou com a oposição ferrenha e em alguns momentos até injustificada de Mustafá Contusi, homem forte nos bastidores do clube.

Que nada se diga contra a pessoa dele, no entanto, que ainda foi parar no hospital por causa das pressões de dirigentes e torcedores contra ele.

Talvez, esteja claro para muitos os que cobrem futebol, de maneira séria e responsável, qual é o tipo de homem que vence atualmente neste mercado específico do futebol brasileiro.

Onde conceitos como malandragem e esperteza se confundem sempre com a inteligência, Belluzzo (infelizmente) não podia mesmo dar certo!

Mesmo assim, digo obrigado... Por sua integridade e por sua coragem em vários momentos! Não foi em hipótese alguma, o pior presidente da história do Palmeiras como muitos querem fazer crer.

Nesta quarta-feira, 19 de janeiro, vamos conhecer o novo presidente do clube. Desejamos toda sorte e felicidade há quem for eleito.

Confira um breve perfil dos candidatos:

Arnaldo Tirone Filho - O candidato da oposição tem 60 anos e é associado ao clube desde 1955. Sua família sempre foi ligada à diretoria palmeirense - é filho de Arnaldo Tirone, famoso dirigente do Palmeiras nos tempos dos presidentes Delfino Facchina e Ferrucio Sandoli. Empresário do ramo imobiliário, Pituca, como é conhecido, é ligado aos ex-presidentes Mustafá Contursi, Afonso Della Monica e Carlos Facchina, Tirone faz parte do grupo de Roberto Frizzo, candidato derrotado nas eleições passadas por Luiz Gonzaga Belluzzo e nome forte para ser seu vice de futebol, se a oposição vencer as eleições.

Paulo Nobre - Aos 42 anos, o advogado e corredor de rali aparece como o candidato mais jovem dessas eleições. Apesar das ideias vistas como modernas, ele tem o apoio de figuras bem conhecidas do torcedor palmeirense, que já passaram por cargos importantes: Gilberto Cipullo, Seraphim Del Grande, Savério Orlandi e Genaro Marino, ex-membros da diretoria de Luiz Gonzaga Belluzzo. Nobre se coloca como uma "terceira via" dentro do clube. Nesta eleição, ele se negou a ser vice da chapa de Salvador Hugo Palaia, causando um racha na situação. Até por isso foi constantemente atacado pelo concorrente durante o período de campanha.

Salvador Hugo Palaia - Candidato mais experiente (tem 77 anos) e também mais conhecido dos torcedores, o empresário também do ramo imobiliário é visto como uma figura polêmica no clube. Palaia já ocupou diversos cargos de diretoria no Palmeiras há mais de três décadas. Na gestão Belluzzo, ele foi vice-presidente e chegou a assumir o comando do clube quando o mandatário passou por problemas de saúde e precisou se afastar por 45 dias. Apesar da idade mais avançada em relação aos demais concorrentes, Palaia acredita que sua experiência com os problemas que já enfrentou no Alviverde podem ajudá-lo a finalmente assumir como presidente.

Um comentário:

  1. Com o Tirone quem mandará de fato será o Mustafá Contursi, homem do bom e barato, que também nunca ganhou nada pelo Verdão! E nada me tira da cabeça que é uma marionete do São Paulo FC dentro da Sociedade Esportiva Palmeiras. Uma espécie de santinho do pau oco. Cruzes! Vamos de mal a pior com esta turma.

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